domingo, 30 de outubro de 2011

UPAs administradas por OS custam mais caro.

A exemplo do que já havia sido comprovado em São Paulo, as unidades públicas de saúde do Rio privatizadas através das chamadas Organizações Sociais (OS) também pagam mais caro por serviços, medicamentos e produtos do que aquelas que continuam sendo administradas pelo poder público. De acordo com matéria publicada pelo jornal O DIA, nesta terça-feira (25/10) relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) mostrou que as UPAs da Prefeitura do Rio, que estão sendo administradas por Organizações Sociais (OSs), pagam por serviços, medicamentos e produtos preços muito maiores do que as unidades administradas pelo município.
Os preços para serviços de limpeza, por exemplo, são 56% mais caro nas OSs; os de remédios chegam ao exorbitante percentual de 168% a mais do que nos centros de saúde da prefeitura. O relatório do TCM foi solicitado pelo vereador Paulo Pinheiro (PSOL). De acordo com o documento, em um ano poderiam ser economizados pelo menos R$ 411 mil, caso os preços fossem iguais aos dos produtos e serviços adquiridos pela Secretaria Municipal de Saúde.
Para a deputada Janira Rocha (PSOL) os dados não surpreendem, porque já é de conhecimento de todos que a privatização da saúde pública através das OSs sai mais caro para o poder público. O Tribunal de Contas (TCE) de São Paulo já havia comprovado este fato. Relatório do órgão, em 2010, mostrou que os hospitais administrados por Organizações Sociais tem um custo maior do que os de administração direta estadual. Segundo o TCE, somados, os serviços prestados por três hospitais administrados pelo estado custaram aos cofres públicos R$ 193.918.557,53 em 2009, e R$ 198.645.891,00 em 2010. Já os três hospitais administrados pelas OSs realizaram procedimentos e compra de materiais 14,58% e 17,40% mais caros nos mesmos anos. O custo dos serviços das três OSs foi de R$ 222.201.351,64 em 2009, e R$ 233.229.999,00 no ano seguinte. Para Janira, estes números comprovam que o projeto de entrega da rede pública estadual para as OSs não passa de "um grande negócio", para favorecer grupos privados da saúde. "O atendimento parea a população não vai melhorar e ainda vai custar mais caro para o bolso do contribuinte", afirma a deputada.

Nenhum comentário :

Postar um comentário