domingo, 30 de março de 2014

NOTÍCIAS E FATOS




* Os representantes do Conselho do Fundeb no município, cumprindo seu papel constitucional, após minuciosa verificação das contas e utilização das verbas repassadas pelo governo federal que são "carimbadas", ou seja, devem ser usadas estritamente na educação e em rubricas específicas, detectaram uma série de irregularidades que mostram mais uma vez o despreparo e o descalabro administrativo deste "novo" velho governo com uma questão fundamental para a cidade que é a Educação. Confira:

- Inúmeras horas-extras pagas na folha que não constam nos pontos das escolas.
- Muitas divergências entre a/o função/cargo contratado e a/o função/cargo em que realmente estão atuando alguns servidores.
- Alguns servidores foram contratados e são pagos com salários abaixo do que determina suas entidades de classe.
- Servidores com pagamento de remuneração (e cargo comissionados) que NÃO estão atuando em escolas ou na rede municipal de ensino.
- Servidores com pagamento de comissão incompatível com a função que exercem.
- Servidores contratados com cargo inexistente (extinto) da PMCF.
- Mais de 500 servidores pagos com verba do FUNDEB e não constantes em nenhum dos pontos apresentados.

* O parecer do Conselho ainda não é conclusivo, já que o prefeito, diante de fatos tão graves, que podem levar a improbidade administrativa, "reconheceu" as irregularidades e "prometeu" repor as verbas que foram erradamente direcionadas para outras áreas e pagamentos indevidos.
O Conselho realizará nova reunião no dia 02 de abril, próxima quarta, as 14:30 horas, no Centro de Estudos Natália Caldonazzi.
Seria interessante a presença dos vereadores, "fiscais da aplicação do dinheiro público" na cidade para tomarem conhecimento deste fato. Já foram convidados pelos conselheiros.
Será que vão aparecer ?

* Uma irregularidade chama a atenção: "Mais de 500 servidores pagos com verba do Fundeb e não constantes em nenhum dos pontos apresentados".
Ou seja, "bocas", gente que não é funcionário da Educação mamando nesta "teta" a mando de alguém !!!
As outras falam por si, não precisa nem comentar.
A dita "experiência" que eles exaltam nas campanhas eleitorais é um grande falácia diante de fatos escabrosos como este. Aliás, a grande "experiência" destes "probos administradores" é bem outra e muita gente sabe qual é !!!

*

* Esta foto tirada ontem por ocasião da inauguração da Estrada da Integração é simbólica e deixa algumas indagações no ar:

- Num primeiro momento estão unidos devido a um ganho para a cidade com a inauguração de uma estrada bastante prometida em campanhas anteriores e que foi realizada pelo governo do Estado.

- Percebe-se no ar constrangimentos para alguns e "riso frouxo" para outros. Sinceridade é uma palavra que não estava presente no palanque.

- Pode se repetir na campanha eleitoral para governador, já que todos os partidos e seus respectivos representantes poderão estar no mesmo palanque neste ano. O PMDB de Pezão ( O Candidato), de Sergio Cabral, Paulo Melo e Marquinhos, O PDT de Jânio Mendes e o PP de Alair Correa integram a coalizão acertada.

- Os discursos foram vazios para alguns e eloquentes com certa agressividade para outros.

- Retrata fielmente a falta de renovação política no município e na região. Ali estavam os que se revezam no poder há quase 20 anos, ora como aliados, ora como adversários, segundo interesses pessoais ou de grupos.

- Baixa presença de público. Parece que estes "atores políticos" sem aquela "ajudazinha" já não conseguem atrair tanto a atenção da população.

* Agora cabe ao governo municipal finalizar as obras da estrada com sinalização, placas, acostamento, etc...
Porém, a comunidade local quer saber porque esta estrada não foi contemplada com uma ciclovia, tendo em vista que a grande maioria dos moradores daquele local usam diariamente a bicicleta como meio de transporte para o trabalho e a escola.

* Mas aí atender a comunidade já era pedir demais. Devem ser uns mal agradecidos !!


* A cidade passa por um péssimo momento no que se refere ao Ordenamento Urbano.
O trânsito está caótico na cidade, sem qualquer planejamento ou projeto de mudanças viárias que possam dar um pouco mais de organização e conforto aos motoristas.
Ruas estreitas com estacionamento permitido em ambos os lados o que congestiona o tráfego de veículos, principalmente no centro da cidade, São Cristovão e Jardim Esperança.
Os guardas municipais sumiram das ruas.
As ruas estão sem sinalização eficiente e com poucas placas de identificação.

* Não se houve falar em nenhum projeto novo de mobilidade urbana.
Nenhum projeto que contemple uma rede integrada de ciclovias que seria uma ótima opção numa cidade plana como Cabo Frio e de pequenas distâncias entre os principais bairros, além de garantir um ambiente de maior sustentabilidade.
A empresa concessionária de transporte coletivo "reina em berço esplêndido".

* As ruas estão sem sinalização eficiente e com poucas placas de identificação.

* Nenhum projeto novo ligado a acessibilidade na cidade. Os deficientes físicos e visuais continuam não sendo contemplados em suas demandas.

* Nenhum projeto voltado a construção de um parque parque público com amplas atividades de lazer, cultura e esportes que fazem parte de um estilo de vida mais saudável para a cidade.
Aquela orla e os quiosques são "verdadeiras brincadeiras" para os turistas de massa.

* A limpeza urbana funciona razoavelmente no Centrão da cidade, mas precariamente nos outros bairros antes da ponte e terrivelmente deficiente nos bairros de periferia, além da ponte.

* O patrimônio cultural da cidade carece de ações e interfaces com órgãos federais para manutenção e recuperação.

* As construções irregulares seguem seu ritmo na cidade, principalmente nas áreas periféricas. Em muitas, as autoridades incentivam ou são coniventes.
A iluminação pública nos bairros periféricos praticamente inexistem, apesar das repetidas queixas dos moradores. É fator agravante na falta de segurança pública.

* Segue sem fiscalização a ocupação indevida de calçadas e espaços públicos pelos estabelecimentos comerciais. Basta ser "amigo do homem".

* Por fim, é necessário fazer uma revisão do Plano Diretor do Município e adequá-lo aos novos tempos.
Para isso precisa da participação da Câmara dos Vereadores. Aí está um grande problema !!!!!


* A ocupação da Favela da Maré e comunidades paralelas. Um visão ou um lado desta história:

MARÉ: MORADOR NÃO É SUSPEITO NEM CRIMINOSO
Tá no jornal: um Juiz autorizou que a polícia civil invada e reviste TODAS as casas do Parque União e da Nova Holanda, duas das mais importantes áreas da Maré.
Sim, é isso mesmo que você acaba de ler.
Diz a matéria que o juiz - Ricardo Coronha Pinheiro, juiz da 39ª Vara Criminal da capital do Rio de Janeiro - concedeu um mandado "coletivo" de busca e apreensão. Diz também que se baseou em ações de inteligência da própria polícia.
É assunto, no mínimo, complicado. Primeiro porque, na questão jurídica, analistas afirmam que esse instrumento é uma invenção. Esperamos, inclusive, que a decisão do juiz seja publicizada, para que possa ser melhor analisada e avaliada.
Segundo, porque se a Justiça afirma que TODAS as casas de uma região podem ser invadidas e revistadas, parte do pressuposto que todas as famílias (centenas? milhares?) que ali moram são suspeitas de CRIME. Aquela história de presunção de inocência vai pras cucuias.
Isso é o que há muito se convencionou chamar de CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA. Um olhar que vê o pobre, o morador de rua, o favelado, o negro... como criminoso, ou suspeito de crime. E que, por extensão, vê a favela como território inimigo.
Quando esse olhar está nas pessoas 'comuns', costuma se traduzir simplesmente no ruim e velho "preconceito".
Quando contamina as instituições, os governantes, os parlamentos, os tribunais e, por consequência, as políticas públicas que regem a ação dos agentes públicos - quando contamina, enfim, o ESTADO - a coisa complica.
A formulação de políticas de (in)segurança pública que se baseiam de forma exclusiva e obcecada em soluções militares é um dos principais reflexos.
No Brasil, os policiais matam e morrem mais que em qualquer lugar do mundo. E nossa sensação de insegurança ainda assim é cada vez maior. Algo está errado, não?
MAS ATENÇÃO!
Levantar estas questões não significa defender que nada seja feito!
Há várias organizações e especialistas que debatem segurança pública que defendem, entre muitas outras coisas, que a criminalidade seja combatida de forma eficiente, cotidiana, inteligente, em todos os espaços da cidade.
Que defendem que o tráfico de armas - que possibilita a presença de armamento letal em comunidades pobres do Rio e de outros grandes centros - deve ser desmantelado através de especial atenção das forças de inteligência policial estaduais e federal.
Que defendem também que a presença do Estado em áreas historicamente desassistidas não pode ser uma presença militar, mas uma presença que garanta direitos e serviços públicos de qualidade.
Por que essas perspectivas nunca se refletem em nossas políticas públicas?
Esta pergunta nunca é respondida.


* Uma pesquisa realizada pelo Jornal Tribuna da Imprensa On Line esta semana apresentou resultados desanimadores.
PESQUISA

1 - Quem votaria para Presidente ?
Dilma(PT) 37%, Aécio(PSDB) 13%, Campos(PSB) 7%, Randolfe(PSOL) 1%, Ninguém 42%.

2 - 83% não têm de memória candidato ao senado. 78% não têm de memória candidato a governador. 71% não têm de cabeça candidato a presidente.

3 - Quem votaria para governador?
Garotinho(PR) 18%, Crivella(PRB) 16%, Lindberg(PT) 10%, Cesar Maia(DEM) 8%, Pezão(PMDB) 5%, Jandira(PCdoB) 4%, Bernardinho(PSDB) 3%, Miro(PROS) 1%, Sírkis(PV) 1%. Ninguém 32%.

4 - Quem votaria para senador?
Wagner Montes(PDS) 18%, Benedita(PT) 12%, Cabral(PMDB) 12%, Romário(PSB) 11%, Jandira(PCdoB) 7%, Dornelles(PP) 6%.

* No item 1, Ninguém com 42%, lidera para presidente.
O item 2 revela o voto sem convicção e inconsciente. O eleitor tem enorme dificuldade de lembrar quem são os candidatos. Na eleição para deputado estadual e federal estes números se assemelham, embora não estejam nesta publicação. Descolamento claro entre o político e a população.
No item 3, Ninguém com 32%, lidera para governador.

* Por isso muitos analistas e cientistas políticos acham que esta Eleição 2014 pode ser a eleição da Negatividade.
Entretanto, você pode mudar esta realidade transformando esta disputa na Eleição da Renovação Ampla e Irrestrita !!!


* Daqui a pouco mais informações tenebrosas sobre os recursos do FUNDEB !!

sábado, 29 de março de 2014

AS RECENTES CRÍTICAS AO PSOL




O PSOL está sofrendo pesados ataques em todas as esferas da mídia, inclusive na mídia local e redes sociais. Não se iludam, isso reflete o crescimento do partido que está sempre ao lado das lutas populares e das demandas dos trabalhadores das mais diferentes áreas. Isso incomoda e muito, daí os ataques com mentiras, falácias, calúnias e notícias tendenciosas.

Nunca ninguém do PSOL disse que o partido é formado por "vestais e anjos de sacristia". Temos e teremos nossos problemas e pessoas que vão cometer atos ilícitos. Um partido político é formado por pessoas e pessoas cometem erros e irregularidades, mas nesta "geleia geral" que se tornou a política brasileira com verdadeiras quadrilhas políticas instaladas no poder, o PSOL é uma alternativa de práticas políticas corretas e de enfrentamento ao "establishment".
Tem críticas corretas contra o PSOL, como no caso da deputada Janira Rocha, que efetuou "cotização" dos salários de assessores contra a orientação do partido e que cometeu um ato antiético, mas não ilegal sob o ponto de vista jurídico brasileiro. Não atenua, mas não pode ser comparado ao verdadeiro roubo de dinheiro público efetuado pelos grandes partidos conservadores que querem colocar todo mundo na "vala comum". Um grande parte do partido, inclusive nosso diretório e o diretório estadual RJ, pediram sua expulsão, mas a Direção Nacional não entendeu como caso de expulsão, pois a deputada alegou em sua defesa que as contribuições foram voluntárias e os funcionários não tiveram elementos para provar que eram compulsórias.

O partido é plural e composto por várias correntes políticas que divergem em alguns aspectos. O ato cometido pela Janira, como frisei, errado e antiético na minha modesta opinião, parece coisa de "jardim da infância" perto das falcatruas que vemos nesta cidade, neste estado e neste país, onde se enriquece da noite para o dia de forma escancarada, sob o silencio de grande parte da população.
Tivemos a coragem e a independência de condenar o erro da deputada Janira Rocha.
Quem aqui nesta cidade tem a coragem de "bater de frente" com o cacique político que apóia quando ele comete uma irregularidade e um desvio de dinheiro público. E olha que não são poucos os desvios e irregularidades !!

É uma questão para você refletir quando for criticar o PSOL.

O partido na cidade é formado por trabalhadores e pessoas da classe média, de vida reta e postura cidadã e que participam das mais variadas lutas populares que são travadas na cidade. Temos sim, problemas de estrutura e falta de recursos que dificultam muitas vezes uma luta mais ativa, mas fomos o único partido através das minhas candidaturas a prefeito em 2008 e 2012 a ter a coragem de enfrentar estas "oligarquias" que se revezam no poder "fingindo serem diferentes", apontando os descasos históricos cometidos contra a população ao longo dos últimos 20 anos, onde tiveram a disposição mais de 6 bilhões de reais que não contemplam a realidade que vivemos hoje.

Nada vai nos intimidar e a luta vai seguir.

Sou novamente pré-candidato a Deputado Estadual. Me considero preparado tanto técnica quanto politicamente para exercer qualquer mandato público. Sou economista e um cara que trabalhou honestamente a vida inteira, e neste momento, estou cursando História para trabalhar ainda mais, agora como professor. Desafio aqueles que me caluniam a provarem algo contra mim. Por que aqui em Cabo Frio é assim, estes grupos governantes quando não conseguem desqualificar a crítica política por falta de argumentos, tentam apelar para questões pessoais, visando desqualificar o crítico.
Em outras situações tentar desviar o foco para outras cidades e outros políticos do partido, abordando situações sem nenhuma ilegalidade, tentando jogar todo mundo na “vala comum da política”. É uma tática antiga.
Triste é ver gente séria e honesta, de bons princípios, aliados a verdadeiros quadrilheiros da política local, alguns notórios desviadores de dinheiro público, cuja evolução patrimonial está diretamente ligada ao exercício do poder ou mandato público.
Outros são mais sujos do que pau de galinheiro !!

A população que faça as suas escolhas !!




Claudio Leitão é economista e membro da Executiva Municipal do PSOL Cabo Frio/RJ

sexta-feira, 28 de março de 2014

RAPIDINHAS...............................




* A propaganda do "novo" velho governo na InterTV mostrando uma cidade que não existe na realidade cumpre dois papéis importantes. Primeiro, o esquema de sempre, passar para a população que o governo está trabalhando, tentando "mascarar" a triste realidade que vivemos na cidade em termos de políticas públicas, principalmente, na saúde, educação, emprego, habitação popular e segurança pública.

* O segundo objetivo é alimentar a "boa relação com a Globo local", através destas gordas verbas publicitárias para que os fatos negativos que ocorrem na cidade não sejam mostrados, ou pelo menos, sejam minimizados pela "reportagem jornalística". É uma tática antiga, repetitiva, que o governo anterior também usava.
Como digo sempre aqui: É o mestre e o pupilo em suas táticas de enganação e embuste !!!

* Parece que nem o "bicho gordo" bancado pela prefeitura com nosso dinheiro foi capaz de fazer o fraco time da Cabofriense enfrentar o Flamengo de "igual para igual". A derrota que infelizmente entristeceu parte da torcida cabofriense tem um aspecto positivo: Vamos economizar uma boa grana !!!
Quem sabe vai para a Saúde !!

* Cadê o peixão, o tal "Marlin de Ouro" que ficava ali no Boulevard Canal e servia de "pano de fundo" para os turistas tirarem fotos de lembrança daquela bela paisagem de Cabo Frio?
Um espião gaiato me contou que nem Marquinhos e nem Alair se sentiram contemplados com aquela espécie de peixe.
Preferem um "Robalo de Ouro"!!
Dizem que tem mais a ver !!

* Esta história do não repasse ao Banco do Brasil e ao BMG dos valores descontados nos contra cheques dos funcionários públicos, referente aos empréstimos consignados não é novo. Aconteceu também no governo Marcos Mendes. A memória de muita gente anda "encurtando". Isso configura crime de apropriação indébita e é caso para o MP.
E novamente, sem querer ser repetitivo, mas obrigado pelos fatos, tenho que dizer que estes últimos "probos administradores" parecem "cópias" mal acabadas em termos de gestão pública e falta de respeito ao funcionalismo.
Mas parece que parte desse mesmo funcionalismo adora !!!!

* Hoje acontece a inauguração da "prometida" Estrada da Integração. Vai ter muito discurso de "pais da criança".
Você que vai prestigiar esta inauguração, recomendo um cuidado a mais: Tendo em vista alguns presentes não levem suas carteiras !!!

* A aprovação pelo Congresso da CPI da Petrobrás pode trazer desgastes políticos ao governo Dilma. Ela era a presidente do Conselho da empresa quando foi aprovada a compra da refinaria de Pasadena, EUA, de forma "estranha e perdulária". Isso abalou um pouco aquela sua fama de "gerentona". A sorte é que esta oposição PSDB/DEM não tem moral e nem legitimidade para questionar nada diante dos escândalos ocorridos nas privatizações fraudulentas à época FHC.
Vamos aguardar os desdobramentos, já que o governo já se mobiliza para "aparelhar" a CPI e impedir que a verdade venha a tona.
Esse é o NeoPT de hoje !!!

* O ruim desta CPI é que este fato vai "aumentar o passe" do PMDB para o governo.
E viva a governabilidade !!!!!!!

* A informação referente aos desvios do Fundeb vão ficar para o "Notícias e Fatos". Não cabem nas rapidinhas.
Tem lambanças demais !!

* Uma frase satírica para fechar as rapidinhas de hoje:

"Os ladrões mais perigosos andam de terno e gravata. Cuidado com eles."
Marcinho LHP

quinta-feira, 27 de março de 2014

NOTÍCIAS E FATOS




* A prefeitura de Itaocara, governada pela prefeito Gelsimar Gonzaga do PSOL, segue enfrentando a "sanha" oportunista e oposicionista da Câmara de Vereadores que perdeu as benesses e privilégios ilegais que tinham no governo passado. Com isso tentam de todas as formas retaliar o governo e atentar contra as necessidades da população, querendo com isso desgastar políticamente o prefeito, mas no fundo acaba prejudicando a população, que fica sem os serviços essenciais pela falta ou protelação de votações importantes. Não querem conviver com uma relação republicana onde cada poder desempenha seu papel. Como o prefeito faz um governo limpo e transparente, sem irregularidades nos procedimentos administrativos, ficam buscando motivos fúteis e mesquinhos para atrapalhar um governo voltado para as demandas populares. A mais recente e inclusive repetição de um caso anterior é a recusa em votar uma suplementação orçamentária para pagar salários dos médicos do hospital da cidade que estão em greve.

* O prefeito Gelsimar faz um resumo da situação e esclarece os fatos. Confira abaixo:

"Os médicos de Itaocara entraram em greve na última sexta-feira (21/03), por causa do atraso de 11 dias nos seus salários. A administração da Prefeitura de Itaocara reconhece como legítima essa paralisação e apoia a greve dos médicos. As cirurgias e exames eletivos, assim como os atendimentos ambulatoriais estão paralisados. Já as demandas de urgência e emergência, inclusive cirurgias, estão mantidas.
A Prefeitura tem o dinheiro e quer pagar, mas depende de autorização da Câmara de Vereadores.
O motivo do atraso no pagamento dos salários é a não aprovação de suplementação de verbas que o Executivo requereu à Câmara de Vereadores. Nesta terça-feira (dia 25/03), completa-se 30 dias que a Mensagem do Executivo aguarda apreciação no legislativo, e este é o prazo máximo que a Câmara tem para votar a mensagem. Basta a Câmara aprovar a Mensagem do executivo que a Prefeitura realizará o pagamento e a greve terá fim, e essa é a expectativa do conjunto da cidade.
Vale ressaltar, que nesta mesma mensagem consta suplementação de verbas para a própria Câmara de Vereadores, que também tem salários de assessores em atraso.
Na Lei Orçamentária Anual de 2014 os vereadores deram 0% (zero) de suplementação para o Executivo. A média dos últimos 14 anos foi de 35 a 40% de suplementação. Portanto, se toda vez que o Executivo necessitar de suplementação autorizada pelo legislativo o trâmite se der dessa forma, a cidade será prejudicada, o que preocupa a administração.
Por fim, o Prefeito Gelsimar Gonzaga declara que espera sensibilidade dos vereadores de Itaocara e que é um grande erro fazer disputas políticas utilizando os assuntos públicos, em especial a delicada área da saúde."

* O prefeito Gelsimar teve a coragem de romper com a "velha política" de cooptar o legislativo com cargos, empreiteiras e benesses ( Como acontece aqui em Cabo Frio com o silêncio de muitos que criticam o prefeito do PSOL) e buscar um novo padrão nas relações políticas com a Câmara em moldes republicanos. Não adianta a "pirraça" dos vereadores pelas benesses cortadas, pois o prefeito não vai recuar na sua conduta correta de conduzir a coisa pública de forma transparente para a população. Percalços como esses vão ocorrer, mas a administração vai seguir avançando na condução das políticas sociais da cidade.
Resta a população perceber e tomar posição. Coragem na política é realmente para poucos !!!!


* Aliás, por falar em governabilidade, vale ressaltar aqui os 5 princípios básicos da administração pública, segundo o Artigo 37 da nossa Constituição, o famoso "LIMPE":
LEGALIDADE
IMPESSOALIDADE
MORALIDADE
PUBLICIDADE
EFICIÊNCIA
Estes princípios tem sido praticado na primeira cidade administrada pelo PSOL no Brasil, caso de Itaocara, e tem incomodado muita gente que acha não deve-se buscar rupturas com a conduta contrária a estes princípios em nome da tal "governabilidade viciada", que ocorre aqui na nossa cidade há vinte anos e em praticamente todo o país, inclusive no governo federal, onde o PT vive sendo chantageado pelos PMDB, PP e afins para a busca de cargos e privilégios que não trazem nenhum benefício a população. Sobre o tema vale destacar o comentário do companheiro Moacyr de Souza, via facebook:
"A reforma agrária deveria ser o grande programa social de um governo realmente de esquerda. Os programas sociais do governo foram um avanço real para a classe mais pobre, entretanto estão no campo da conciliação do capital. Uma verdadeira redistribuição de renda tem que passar pela ruptura com o capital. Isso obrigaria um conflito político que esse modelo não seria capaz de suportar. O governo não tem o interesse nesse conflito em nome da governabilidade. Tudo em nome da estratégia política de governabilidade. Outro exemplo que uso para ilustrar isso é a regulamentação dos meios de comunicação. Com mais de 11 anos no poder, o governo não travou a luta da democratização da mídia porque não quer bancar o desgaste político decorrente disso, tb em nome da governabilidade."

* Só uma profunda renovação dos quadros políticos, principalmente no legislativo, pode romper esta questão da "governabilidade viciada", onde o executivo "compra" e o legislativo "se vende" !!
Você eleitor é peça fundamental para executar esta necessária mudança.
INFORMAÇÃO E RENOVAÇÃO PRECISAM SER PALAVRAS CHAVES PARA 2014 E 2016 !!!


* A sociedade brasileira precisa cada vez mais compreender a importância e a função da participação e da mobilização popular como forma de reivindicar seus direitos. Não temos ainda, infelizmente, este "cacoete". Precisa ser trabalhado e incentivado. Tem muitos que vão dizer que não vai dar certo. São aqueles que não querem que nada mude. Estão firmes em suas mamatas. A grande maioria dos governantes não estimula e nem "convidam" a população a tomarem parte das decisões políticas que impactam seu cotidiano e o futuro de suas vidas. Governam sempre de forma autocrática, de "cima para baixo" e sem quase nenhuma consulta popular.

* Este é um outro campo de mudanças que precisamos estar atentos na hora do voto. O político tem que nos "representar" e não nos "substituir". Parece uma tênue diferença, mas não é, pois a maioria, após investida no cargo público se afasta das demandas populares e do trabalhador para defender interesses dos grandes empresários e donos do capital que financiaram suas campanhas políticas.
Tenho certeza que cada um de nós reconhece vários políticos que fazem isso e que tem este perfil. Daí a pergunta:

Porque então reelegê-los para mandatos sucessivos?

* Este é outro ponto importante da renovação. Pior do que estes só aqueles contumazes ladrões do dinheiro público, que também por nossa inércia e certa cumplicidade, ingênua ou não, também vêm sendo eleitos e reeleitos.

Será que não está na hora de acabarmos com isso e assumirmos a responsabilidade e os riscos de um processo renovador dos quadros políticos já nesta eleição 2014?

A resposta está dentro de cada um de nós !!!


* Por falar nisso, participe de nossa enquete:
COMO VOCÊ VAI VOTAR EM 2014?
A enquete está logo ao lado direito do blog num primeiro quadro.
Expresse sua intenção. Participem !!!


* PSOL está sofrendo pesados ataques em todas as esferas da mídia, inclusive na mídia local e redes sociais. Não se iludam, isso reflete o crescimento do partido que está sempre ao lado das lutas populares e das demandas dos trabalhadores das mais diferentes áreas. Isso incomoda e muito, daí os ataques com mentiras, falácias, calúnias e notícias tendenciosas.
Nunca ninguém do PSOL disse que o partido é formado por "vestais e anjos de sacristia". Temos e teremos nossos problemas e pessoas que vão cometer atos ilícitos. Um partido político é formado por pessoas e pessoas cometem erros e irregularidades, mas nesta "geleia geral" que se tornou a política brasileira com verdadeiras quadrilhas políticas instaladas no poder, o PSOL é uma alternativa de práticas políticas corretas e de enfrentamento ao "establishment".

* Tem críticas corretas contra o PSOL, como no caso da deputada Janira Rocha, que efetuou "cotização" dos salários de assessores contra a orientação do partido e que cometeu um ato antiético, mas não ilegal sob o ponto de vista jurídico brasileiro. Não atenua, mas não pode ser comparado ao verdadeiro roubo de dinheiro público efetuado pelos grandes partidos conservadores que querem colocar todo mundo na "vala comum". Um grande parte do partido, inclusive nosso diretório e o diretório estadual RJ, pediram sua expulsão, mas a Direção Nacional não entendeu como caso de expulsão. O partido é plural e composto por várias correntes políticas que divergem em alguns aspectos. O ato cometido pela Janira parece coisa de "jardim da infância" perto das falcatruas que vemos nesta cidade, neste estado e neste país.

* Tivemos a coragem e a independência de condenar sua atitude. Quem aqui nesta cidade tem a coragem de "bater de frente" com o cacique político que apoia quando ele comete uma irregularidade?
É uma questão para você refletir quando for criticar o PSOL.
O partido na cidade é formado por trabalhadores e pessoas da classe média, de vida reta e postura cidadã e que participa das mais variadas lutas populares que são travadas na cidade. Temos sim, problemas de estrutura e falta de recursos que dificultam muitas vezes uma luta mais ativa, mas fomos o único partido através da minhas candidaturas a prefeito em 2008 e 2012 a ter coragem de enfrentar estas "oligarquias" que se revezam no poder "fingindo serem diferentes", apontando os descasos históricos cometidos contra a população ao longo dos últimos 20 anos.
Nada vai nos intimidar e a luta vai seguir.
Sou novamente pré-candidato a Deputado Estadual. Me considero preparado tanto técnica quanto politicamente, além dos meus valores humanísticos para exercer qualquer mandato público. Sou uma cara que trabalhei honestamente minha vida inteira e continuo estudando História para trabalhar ainda mais, agora como professor. Desafio aqueles que me caluniam a provarem algo contra mim. Por que aqui em Cabo Frio é assim, estes grupos governantes quando não conseguem desqualificar a crítica política por falta de argumentos, tentam apelar para questões pessoais, visando desqualificar o crítico. Alguns são mais sujos do que "pau de galinheiro" !!
A população que faça suas escolhas !!!!


* O SINDICAF - Sindicato dos funcionários públicos de Cabo Frio obteve importante vitória jurídica, na linha do Sepe Lagos, para a chamada dos guardas municipais concursados em 2009. Confirma abaixo parte da sentença:

"DETERMINO a imediata investidura dos aprovados no concurso público nº 001/2009 dentro do número real de vagas existentes, determinando que sejam cumpridos no prazo de 72(setenta e duas) horas sob pena das medidas judiciais cabíveis, devendo ser comprovado em Juízo o cumprimento da decisão, com a respectiva planilha contendo o número de todos os contratos temporários firmados e o correspondente chamamento de concursados aprovados. Determino ainda que o Município carreie aos autos a vigência das contratações temporárias. Intime-se o Ministério Público. Intimem-se da presente decisão. Cite-se e Intime-se o Município de Cabo Frio na pessoa de seu representante legal, o Procurador Geral e o Secretário Municipal de Ordem Pública. Cumpra-se."

* DETALHE: "Eles" detestam este final assim : Cumpra-se !!
Repito: O única reclamação pertinente, mas que não justifica, para este "novo" velho governo Alair não cumprir a determinação judicial é que o governo anterior do ex-prefeito Marquinhos também poderia ter chamado os concursados, pois o concurso foi em 2009.
Isto só reafirma o que digo sempre: São iguais na conduta e na prática política. Preferem os contratados para exercerem aquela velha "dominação política", embora os contratados também sejam bons trabalhadores.


* Foi aprovado pelo Congresso o novo Marco Civil para a Internet. Vitória da democracia contra alguns reacionários que até a última hora ainda defendiam interesses privados ligados ao grande capital. Pela face, o Deputado Federal Chico Alencar(PSOL-RJ) resume a importância desta decisão que beneficia toda a sociedade:

"LIBERDADE DE EXPRESSÃO É INTERNET PRO POVÃO!", cantam as galerias, comemorando a aprovação da lei que "estabelece princípios , garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil". As resistências dos que preferem os interesses privados ao controle público foram vencidas, depois de meses de 'empate'. Quem virou o jogo foi a pressão dos movimentos!
A pressão valeu: o Marco Civil da internet foi aprovado esta noite na Câmara. Mesmo o PMDB, que mais resistia, retirou todas as suas emendas, deixando órfãos os interesses das teles, ao menos aparentemente. É estranha esta súbita conversão, mas o fundamental é termos uma regulação da internet que favoreça sua democratização, amplie seu acesso, não crie faixas elitizadas de usuários, garanta a privacidade e o direito de resposta. Alô, alô, internautas, aquele abraço!"

* É mais uma prova para você ver quem defende o quê e de que lado se posicionam alguns partidos e alguns parlamentares eleitos com seu voto. É mais uma forma de você analisar quem representa suas demandas políticas.
Fica a dica !!!


* Mais uma vez o TRE vêm a público esclarecer a questão do voto nulo e seu efeito real numa eleição. Não anula a eleição e no final, na prática, vai favorecer sempre ao político picareta, detentor de poder econômico, que vai comprar a consciência e o voto do "eleitor carente", abandonado pela ausência do Estado.

"Eleições 2014: voto nulo não provoca nova eleição.

Com a proximidade da eleição, é frequente a circulação de e-mails e mensagens nas redes sociais com a falsa informação de que, se a maioria dos eleitores votar nulo, a eleição é anulada. Na verdade, só há convocação de nova eleição quando mais de 50% dos votos válidos são declarados nulos em processo judicial, fraude ou cassação de um candidato. O equívoco ocorre por uma interpretação literal do artigo 224 do Código Eleitoral, que dispõe: "Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país (...) o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias". A Justiça Eleitoral, no entanto, entende que essa anulação decorre apenas de uma decisão judicial.
Os votos anulados pela Justiça Eleitoral, portanto, não se confundem com os nulos digitados nas urnas como protesto político. Nesse caso, os votos nulos sequer são considerados na apuração do resultado da eleição. Por exemplo: um candidato A recebe 30% do total de votos e o candidato B, 10%, enquanto 60% dos eleitores votam nulo. Nesse caso, a eleição não é anulada. Os votos nulos serão descartados e o candidato A será declarado eleito com 75% dos votos válidos. Posteriormente, caso a Justiça Eleitoral venha a cassar o diploma de A por crime eleitoral, os 75% dos votos dele serão declarados nulos. Haverá então um novo pleito, pois a votação de A havia superado 50% dos votos válidos."

* Daqui a pouco as rapidinhas locais...................inclusive este nebuloso caso das verbas do FUNDEB. Vem chumbo grosso aí !!!

terça-feira, 25 de março de 2014

ABAIXO A DITADURA !!




Os idos de 64 vão se distanciando no tempo e a ditadura ali gestada, até para aqueles que sofreram na carne a sua truculência, vai adquirindo a feição inevitável de um “objeto da história”. No entanto, percorrido meio século, observa-se uma súbita reativação, nos fluxos da memória coletiva, da crônica apaixonada sobre os acontecimentos que compuseram aquela “página infeliz da nossa história”.
Em tal fato, curioso e paradoxal, o retorno ao passado se realiza como demanda do presente, agora marcado pela irrupção desordenada de um novo “fim de ciclo”. A data redonda propicia reflexões. Sobre o sentido do que houve no período das trevas e, principalmente, sobre a matriz autoritária que seguiu ativa nas conjunturas subsequentes. Afinal, é impossível se afastar de uma “página” que não foi virada.
O golpe de l964 não foi uma simples quartelada. E a ditadura que ele suscitou não foi uma experiência que possa ser encerrada entre parêntesis. A dominação prolongada dos militares sobre a política decorreu da secular tradição autoritária que a precedeu e, ao mesmo tempo, desencadeou processos que não acabam quando ela termina.
O “constructo” autoritário de 64 foi expressão de uma matriz que continua viva. Assim como continua vivo, no polo oposto, o contraponto radical da resistência democrática ao autoritarismo. São duas realidades que, de certa forma, continuam presentes ainda hoje. Sobrevivências. Espinhos cravados na ferida mal cicatrizada. Camadas geológicas da formação política brasileira.

As rupturas na “noite veloz”

A primeira dimensão desta sobrevivência diz respeito ao impacto estrutural produzido pelo regime autoritário. Ele emerge como mera reação política contra as demandas por reformas de base, mas só se afirma e dura longamente na medida em que se configura como um projeto para o Brasil. O projeto do “Brasil Grande Potência”, a modernização autoritária protagonizada pelos militares, mexeu profundamente na estrutura do país real. As mudanças ocorridas “dentro da noite veloz” alteraram a escala da economia e o perfil da nossa sociedade.
A ditadura, ao seu modo torto, produziu rupturas e desencadeou significativas alterações estruturais. Altas taxas de crescimento, expansão do produto industrial, ampliação da malha viária, mudanças na estrutura do emprego, fortalecimento do monopólio estatal na infraestrutura de serviços básicos, nas áreas das telecomunicações, energia elétrica, combustíveis. Em decorrência, patrocinou uma acelerada urbanização que provocou, em curto espaço de tempo, um imenso deslocamento de massas humanas, de uma ordem de grandeza pouco comum nos períodos normais da história.
Uma restauração gigantesca que, realizada no interior da camisa de força do autoritarismo tecnocrático-militar, reproduziu de forma ampliada o domínio oligárquico e, com ele, o agravamento de todos os nossos grandes problemas sociais. A modernização autoritária provocou uma metamorfose que acentuou, ampliando o seu grau de complexidade, o quebra-cabeças de peças desencontradas da política brasileira. Muitas estruturas empresariais e aparatos de poder, que estiveram no cerne da modernização autoritária e sobreviveram a ela, adquiriram feição madura no contexto da colaboração estreita com o regime militar. Depois, conseguiram transitar para o período pós-ditatorial apagando as marcas mais evidentes deste pecado original.
Tais estruturas seguem atuantes em várias áreas. Nos anéis tecno-burocráticos que articulam as alavancas de poder político com os pontos fortes do poder privado, nas grandes empreiteiras, no agronegócio, no sistema financeiro, na indústria cultural de massas, nas forças armadas, nas polícias. Nunca se conseguiu, por exemplo, desmilitarizar as polícias, que continuam espancando a democracia no espaço livre das ruas e matando Amarildos na calada da noite. Outro exemplo é o cerne televisivo da mídia grande. Com seu suntuoso padrão global gerado no ventre da ditadura, opera fora de qualquer controle democrático e manipula mais do que informa. Cada qual destas estruturas experimentou um tipo particular de adaptação ao novo quadro político. Todas, no entanto, carregam o autoritarismo como propriedade constitutiva do seu próprio ser.

A vitalidade do princípio-esperança

Mas há, também, sobrevivências de outro tipo, no contraponto salvífico da resistência democrática. O regime militar foi ponto culminante da tradição autoritária do Estado brasileiro. A cidadania, afastada do grande debate político e acossada na livre manifestação de seus anseios, se viu obrigada a retroceder até os limites mais elementares do tecido societário. Esse recuo compulsório terminou por se constituir em espaço de muitas descobertas. Nele, a sociedade civil desarticulada e “gelatinosa” se percebe como reverso do autoritarismo. A partir deste ponto, começa um processo no qual se resgata o sentido da construção de instrumentos de autoafirmação de uma sociedade civil renovada.
A reorganização da sociedade civil, neste quadro, se deu em torno de valores marcados pelo rechaço visceral ao autoritarismo. Não foi casual que os novos movimentos sociais tenham surgido "de costas para o Estado e longe do Parlamento”. Ainda quando embrionários, tais movimentos se constituíram como agentes ativos das promessas de mudança, dotados de alto poder de contágio. Como portadores de muitas virtualidades, o pluralismo, a transparência e a autonomia com relação ao Estado e aos partidos políticos, todas em choque aberto, não apenas com o concreto da ditadura, mas, igualmente, com a arraigada tradição autoritária da sociedade brasileira.
Os novos agentes sociais subversivos, aos poucos, passaram da negação e resistência para o impulso positivo que projetou sua influência sobre o conjunto das práticas políticas. O sindicalismo, por certo tempo, se renovou a partir das comissões de fábrica. As associações de moradores se organizaram a partir da pracinha e adjacências, revelando dimensões novas da cidadania. O feminismo deu os ares de sua graça, como expressão de uma presença distinta da mulher na sociedade. As associações de docentes provocaram metamorfoses na estrutura de poder no interior das universidades. Um surto de associativismo, cultural, ecológico, antidiscriminatório, de luta por direitos dos sem-teto, sem-terra e tantos outros. Enfim, uma miríade de novos movimentos de variada natureza que reconfiguraram a morfologia da estrutura social brasileira.
Para além das entidades novas, cuja lista pode ser interminável, o impulso renovador se projetou também sobre as estruturas prevalecentes da sociedade. Os cientistas da SBPC, os leigos das Comunidades Eclesiais de Base e os bispos da CNBB, os advogados da OAB e os jornalistas da ABI, além das siglas que se tornaram luminosas na luta de resistência democrática, foram expressão concreta da chamada "politização das estruturas intermediárias de poder".
Foi de tal monta o impacto deste conjunto de lutas que, com o esgotamento do regime autoritário, mudou o eixo do debate sobe a questão democrática. Democracia de massas, democracia direta, democracia de base, leituras diferentes para um mesmo fenômeno: a emergência do que se chamou, na época, de “nova cidadania”. No bojo da resistência democrática, a construção de antídotos ao autoritarismo em geral também prosperou “dentro da noite veloz”.

A “transição intransitiva” e a “cidadania desencarnada”

A pré-história da chamada transição democrática foi o projeto de liberalização do próprio regime militar. Boa parte da agenda de mudanças (anistia, alterações na censura, pluripartidarismo, eleições diretas para governador) foi conquistada ainda durante a vigência da ditadura. Diante das pressões da sociedade, o projeto de abertura “lenta, gradual, porém segura", ao mesmo tempo em que almejava a sobrevida do “constructo” autoritário, abriu espaços para a rearticulação das elites dominantes, sempre versadas na arte de controlar a partir de cima os processos de mudança.
O movimento das "Diretas-Já", com suas gigantescas manifestações de massas, apressou a derrocada da ditadura e conduziu o quadro político para um patamar novo. A emenda das diretas, no entanto, foi derrotada no Congresso. As diretas não foram “já”, assim como a anistia não foi "ampla, geral e irrestrita". O vetor resultante foi a escolha indireta de Tancredo Neves, que, por sua vez, agonizou e morreu antes da posse. Com isso, a ampla coalizão de veto ao regime militar foi hegemonizada, no governo Sarney, pela Aliança Democrática, no cerne da qual se articulavam os setores mais moderados da oposição e os segmentos recém-descolados do campo ditatorial.
Esse hiato entre o impulso gerador da nova conjuntura e a solução negociada que prevaleceu terminou por aprisionar o novo quadro à mesma lógica da situação anterior. A substituição da abertura “lenta e gradual” da ditadura pelo projeto da Aliança Democrática reafirma o padrão conservador da mudança controlada de cima. Ou seja, o rearranjo no interior das elites foi o que definiu o perfil da chamada "Nova República". Como o espírito da “nova cidadania” não logrou se apossar, em plenitude, do corpo político da transição, a polarização mudança-permanência continuará remetida para além da linha do horizonte. A luta por mudança sobrevive nas demandas irrealizadas, e a transição se legitima a título precário pela execução de mudanças parciais.
A ditadura foi afastada como presença física. Houve uma adesão repentina e generalizada à “nova ordem”. A máxima clássica de Lampedusa (“para que tudo fique como está é preciso que tudo mude”) orientou a conversão súbita de antigos sustentáculos da ditadura. Todos passaram a ser, da noite paro dia, democratas desde criancinha. Como o "outro" da transição deixou de se fazer visível, todos são por ela, o jogo da política volta a ter suas cartas embaralhadas. A Assembleia Constituinte, a grande miragem que estaria destinada a passar o Brasil a limpo, foi convocada. Mas, no imbróglio da transição negociada “de cima”, ela não foi exclusiva. Elegeu-se, numa mescla com a escolha dos novos governadores, um Congresso ordinário com funções constituintes. A nova Constituição foi escrita com "ódio e nojo da ditadura", mas o Brasil continuou no rascunho.
A forte presença de um desejo de mudança não logrou fechar o circuito de uma mudança qualitativa no quadro da política. A demanda por democratização substantiva da sociedade não conseguiu se apropriar dos aparelhos políticos do Estado. Com isso, a transição se definiu como "intransitiva" e seu ponto de chegada, remetido para além da linha do horizonte, é uma maratona sem fim. A “nova cidadania”, que foi protagonista de acontecimentos grandiosos, envelhece aos poucos como uma realidade apenas virtual. Uma espécie de espírito desencarnado. Opera por surtos, combina fulgurações e fugas, mas não consegue lugar no corpo degradado da política.
Na “irrupção contestatória” de junho do ano passado, a presença massiva do povo nas ruas voltou a assustar os “donos do poder”. A aspiração difusa por mudança, na forma de um fantasma ameaçador, recoloca o debate da política sob o signo da incerteza. Neste quadro, a data redonda, meio século de uma “viagem redonda”, atualiza a reflexão sobre o conflito entre autoritarismo de matriz oligárquica e presença ativa do povo política. O padrão de mudança que restaura o domínio das oligarquias, que gerou a ditadura e, depois, aprisionou tucanos e petistas na lógica conservadora, volta a ser reposta como questão essencial pelas demandas do presente. E é, também, uma das razões do retorno apaixonado aos idos de março e aos acontecimentos que marcaram os tempos do “Abaixo a Ditadura!”.

Léo Lince é sociólogo.

domingo, 23 de março de 2014

RAPIDINHAS............................




* Nosso blog tinha conhecimento das irregularidades com a aplicação dos recursos do Fundeb, mas a pedido de companheiros do Sepe Lagos não divulgamos, já que uma reunião com o Prefeito e a Procuradoria estava marcada. Como agora o assunto se tornou público e as irregularidades provadas, podemos emitir opinião. O próprio prefeito reconheceu o desvio e prometeu fazer "as devidas correções", inclusive com a reposição dos valores utilizados em outras rubricas.

* Não nos causa surpresa a destinação de recursos do Fundeb, ligados a educação, sendo utilizados para "pagamentos dobrados" e também utilizados fora de sua área de destinação. Não é novidade para este governo e nem para o anterior.
Revela um histórico de falta de zelo e transparência com as contas públicas. Eles tem a "sensação" quando vencem a eleição que o dinheiro público e o "estado" em geral pertencem a eles. É a prática de um velho vício da política brasileira: O patrimonialismo.

* O Conselho de Fiscalização do Fundeb tem a obrigação de dar um parecer desaprovador, apesar da promessa do prefeito em corrigir. Se os desvios não fossem descobertos pelos bravos companheiros que fiscalizaram, aí sim, com zelo as contas públicas, o governo teria se calado e nada seria corrigido. Em breve, daremos mais detalhes específicos de como aconteceram os desvios, respeitando neste momento o trabalho da Comissão. O assunto tem que ser de domínio público, pois é o nosso dinheiro que está em jogo e nada pode ser escondido da população.

* Fatos como esse e a volta de várias notícias de condenação em processos judiciais, tanto de Marcos Mendes quanto de Alair Correa, publicados recentemente pela mídia local, mas principalmente pelas mídias das redes sociais, já não deveriam causar surpresas em ninguém. Revelam a semelhança da forma de gestão, baseadas no clientelismo, no fisiologismo, no nepotismo e na falta de transparência no trato com a coisa pública, que tanto denunciamos aqui no blog e no meu Programa Cidadania e Socialismo, que no momento, infelizmente, está fora do ar. Para confessar, falta de recursos mesmo.

* Como satirizamos aqui no blog há algum tempo atrás, através de uma enquete, Marcos Mendes e Alair Correa, seguem travando um intenso "campeonato de processos" que parece que o "empate" é o resultado mais provável. Aliás, a enquete perguntava qual o tipo de troféu seria adequado entregar ao ganhador. Venceu o nome "MInha Cobertura Minha Vida" e apenas por coincidência ambos moram em coberturas na Praia do Forte. Lindo né !!!!!!!!
O problema é que eles também "empatam" a nossa vida, pois a cidade não se desenvolve na medida das necessidades e expectativas da população e permanece com problemas crônicos em áreas essenciais, como saúde e educação, apesar de todo este tempo em que estão no poder e de todo o potencial orçamentário que desfrutaram.
Fazendo um trocadilho, foi de fato, um "desfrute" de verdade para estes "probos admini$$tradores !!

* Ambos possuem grande histórico de irregularidades no trato como o dinheiro público. É notório e a população sabe disso, mas como também já disse, os reelege para mandatos sucessivos com uma "estranha" naturalidade e cumplicidade. As "fichas corridas" dos dois não deixam dúvidas a razão. A evolução patrimonial que ostentam, sempre diretamente proporcional a exercício de mandatos é escancarada na cara da população que assiste a isso há décadas de forma inerte. Alguns até acham normal e elogiam esta "esperteza".

* Só aqui você vê a crítica independente a qualquer um dos dois. Nesta cidade há jornais e blogs criados para atacar um e defender o outro. Estimulam este embuste e esta empulhação, alimentando uma falsa polarização que não existe, porque suas condutas e práticas políticas se resumem a "mesma farinha armazenada no mesmo saco".
Sempre é bom lembrar que nos últimos 17 anos passaram pelos cofres públicos municipais a "bagatela" de 6 bilhões de reais, e ao olharmos para as realizações efetuadas na cidade não é possível identificar nada que possa corresponder a este incrível montante de recursos. Nem em obras realizadas e nem em políticas públicas essenciais implementadas.
O que foi realizado na cidade nestes últimos 17 anos está muito aquém das nossas possibilidades e expectativas. A própria população quando questionada reconhece isso.

* Enquanto tudo isso a nossa "valorosa" Câmara de Vereadores permanece em seu silêncio sepulcral, dentro do papel de subalternidade que lhe foi atribuído pelo prefeito. No governo anterior era rigorosamente a mesma coisa. Mas parece que a população gosta, pois vários ali presentes são eleitos e reeleitos defendendo os interesses dos mesmos !!

* Disse aqui no blog há algumas postagens atrás que esta "Marcha da Família" seria uma verdadeira "bagaça" e que temer estes "reacionários de meia pataca" era uma grande bobagem. O retumbante fracasso do movimento realizado ontem deixa isso muito claro.
Não vale mais comentários !!!

* Tem vários "reacinhas" fazendo comentários ofensivos em meu blog contestando algumas postagens. Alguns publiquei, alguns até respondi, outros não, dado ao caráter de insultos grosseiros que contém e que não vale a pena responder.
Aviso: Vou continuar escrevendo o quero e o que penso. Ninguém é obrigado a ler. Criem suas páginas e blogs e defendam suas posições políticas e visão de mundo.
O espaço da blogosfera é democrático e aceita quase tudo. É simples assim !!!!

* E a Dilma, hem. Se enrolou nesta compra "estranha" efetuada pela Petrobrás da refinaria em Pasadena, EUA, por valores bem maiores que o mercado estabelecia. Está fazendo uma "mea culpa" dizendo que foi vítima de um parecer equivocado dos especialistas "espertalhões", alguns que ganharam uma grana no processo. Na época, Dilma era Presidente do Conselho da Estatal.
A reeleição está quase garantida, mas não pode dar mole para o imponderável !!
Comentei isso aqui ontem, analisando a recente pesquisa do IBOPE.

* Por falar em Dilma, os bastidores em Brasília deixam transparecer que Lula não "está morto", pelo contrário, está atento a todos os fatos políticos, atuando "por baixos dos panos" e cogita voltar em 2018 !!!
E o homem é ainda muito forte politicamente. Não se pode negar isso !!!!

* Para fechar as rapidinhas, uma frase inspiradora:

“Algo só é impossível até que alguém duvide e resolva provar ao contrário.”
Albert Einstein

sábado, 22 de março de 2014

NOTÍCIAS E FATOS




* Esta obra realizada na Avenida Joaquim Nogueira é de uma inutilidade a toda prova. Só atende e satisfaz aos empreiteiros que a realizaram. Não teve placa explicitando o valor gasto, nem o prazo de entrega. Aliás, transparência nunca é a prática nas obras públicas nesta cidade, nem neste e nem no governo anterior.
Retiraram-se as árvores e ficou uma paisagem feia, concretada, com material de padrão inferior. O estacionamento no canteiro central não impediu que os caros continuem estacionando ao lado da avenida. Logo, não houve nenhum ganho em relação a mobilidade urbana, pois o transito continuou tremendamente caótico no local. Acabaram com a pequena ciclovia central, colocando em maior risco os ciclistas.
Nenhuma ação efetiva de ordenamento urbano ocorreu no local, onde o "vale tudo" continua imperando.

* Enfim, qual o ganho para o cidadão ?
Milhares de reais foram "enterrados" em mais uma obra não prioritária, perdulária, deixando "na mão" inúmeras áreas de políticas públicas essenciais, como educação, saúde e habitação popular, relegadas ao "quinto plano".
Tenho dito: Esses "caras" nunca ouviram falar em um trinômio básico da administração: Planejamento, investimento e
gestão !!


* Chegou o período eleitoral e os políticos eleitos começam novamente a falar em Universidade Pública aqui em Cabo Frio. O factóide da hora é da Deputada Estadual Clarissa Garotinho(PR) que nem é desta região. Tanto Marquinhos como Alair fizeram clara opção pelas universidades privadas, inclusive com cessão de terreno público como é o caso da UVA. Usam as bolsas de estudo parciais ou integrais concedidas pela mesmas, "em agradecimento", como moeda de troca eleitoral, embora este procedimento venha diminuindo por motivos econômicos de sobrevivência das próprias universidades. Tanto a Estácio quanto a UVA cumprem seu papel e não tem nenhuma culpa por isso, pois a convivência entre o ensino universitário público e privado é comum em todo o país.

* Entretanto, são mensalidades caras para o filho do trabalhador que fica privado de uma chance maior de ascensão social ao se graduar e obter melhores condições de entrar no mercado de trabalho. Existe também por parte destes últimos "visionários administradores" um certo medo da politização e senso crítico que traz um ambiente universitário de caráter público.
É primordial para a cidade buscar a atração de um polo universitário público e socialmente referenciado, mas tem que ser uma ação séria, discutida com a comunidade escolar e com a população para que se estabeleça os cursos adequados as necessidades de nossa cidade e região.


* A política de segurança pública do governo Cabral "começa a fazer água" ao mostrar o seu caráter simplista e reducionista de ocupar as comunidades pobres com tráfico de drogas presente, apenas baseada na repressão policial violenta e sem os contrapontos compensatórios de outras políticas sociais. As ações violentas dos bandidos matando e ferindo vários polícias, incendiando as sedes das UPP's e também as inúmeras mortes e desaparecimentos de pessoas da comunidade, fruto da ação policial ao arrepio da lei, desnudam este quadro. O jornalista Milton Temer, via face, faz uma precisa análise do tema:
"Se alguma dúvida havia quanto à falências de uma política de segurança do governo Cabralfilho, ela acaba com esse reconhecimento de incapacidade no exercício de defesa da cidadania. A não ser, é claro, para aqueles que acreditam que a razão de todos os males do Rio está na existência de uma população pobre, vivendo em comunidades precárias, onde o governo tem que registrar presença presença através de ações repressivas com alto índice de violência indiscriminada. Afinal, senso comum imbecil também é sintoma de definição de uma sociedade, e estão aí algumas cabeças coroadas da crônica mundana dos jornalões para comprovar isso.
Um governo que tem Julio Lopes como secretário de transportes - e todos sabemos o papel que o dito exerce, não como controlador, mas, como advogado incondicional dos concessionários em sua área (supervia, metro, barcas), a despeito de todas as irregularidades constantemente cometidas, e agora premiadas com um aumento de tarifa, para saber o que isso significa.
Um governo que navegou na maionese de Cavendish e Eike Batista, com tudo o que isso implicou em compartilhar tenebrosas transações, e que agora recorre ao governo da União pedindo a intervenção inconstitucional e inaceitável das forças armadas na ocupação da cidade; esse governo não merece outra coisa que o desprezo e um processo de impeachment.
Um processo de impeachment, senão pelos processos legislativos, pelo menos pela dignidade de uma cidadania ultrajada em seu momento de colocar o voto na urna que vai eleger um novo governante e a nova presidente da República.
Presidente da República, a ser mantida a atual, como revelam as pesquisas não merecendo tratamento de menor rejeição, principalmente se aceitar as demandas de Cabralfilho para mais essa afirmação de violência discriminatória contra as favelas e comunidades carentes das obrigações políticas e sociais que seu desgoverno não cumpre, a não ser quando pretenda produzir factóides para usar em propaganda enganosa na Tv.
Forças Armadas são instrumento de defesa da soberania nacional contra a intervenção estrangeira. Recolocá-las na substituição das polícias - e para uma política repressiva indigna - é celebrar o golpe de 64, restabelecendo o conceito de “inimigo interno” da famigerada Lei de Segurança Nacional, instrumento simbólico do período ditatorial que, hoje, todos dizem abominar. Inclusive alguns dos que dele se locupletaram e sempre cobriram de apoio ostensivo"

* Detalhe para você pensar : Tem vários políticos nesta cidade, como Marcos Mendes e Janio Mendes, que defendem este governo e todo este descalabro de forma incondicional. Em 2014 vão pedir o seu voto para a manutenção desta ordem estabelecida !!


* A recente pesquisa Ibope para a eleição presidencial mostra um quadro que vem se consolidando já a algum tempo. Marca a liderança folgada de Dilma frente aos demais. Historicamente no Brasil quem tem o domínio da máquina publica se reelege numa proporção de 80% dos casos. O uso descarado da máquina favorece as mais estapafúrdias alianças e compra votos e consciências. Isto se repete nas três esferas de poder: federal, estadual e municipal. Caso não ocorra nenhum fato novo, penso que dificilmente Dilma deixará de vencer a eleição. Entretanto, eleição não é matemática e o imponderável pode ocorrer e embaralhar o quadro.

* Um fato que chama a atenção nesta pesquisa é a enorme quantidade de pessoas que vão votar nulo ou ainda não sabem em quem irão votar, 24% e 12%, respectivamente. É um contingente enorme e que mostra a insatisfação da população com o ambiente político, trazendo uma carga de negatividade na sua representação. Vivenciamos uma política dominada pelo poder econômico e manipulada pela grande mídia que não dá espaços para partidos pequenos com propostas alternativas que confrontem o "status quo" estabelecido, fazendo com que o cidadão comum, aquele que não acompanha o cotidiano das ações políticas, não consiga enxergar estas vias alternativas.
O "sistema" se fecha naqueles candidatos "das melhorazinhas", que não pretendem fazer nenhuma reforma estrutural neste país, mantendo o privilégio de nossas seculares elites dirigentes.

* Tenho dito: É preciso ousar para fazer mudanças com uma certa radicalidade, não no sentido pejorativo que dão a palavra, mas no sentido de mudança pela raiz, em função dos problemas crônicos que afligem a população há décadas. É preciso ter a coragem necessária e assumir os riscos e a responsabilidade por essa ação. O povo precisa "perder o medo" do novo, abrir mão daquele conservadorismo preguiçoso que não tem trazido avanços significativos para resolver a profunda desigualdade social que existe neste país.
"Nada deve parecer impossível de mudar", já dia Bertolt Brecht no século passado.


* Toda esta insatisfação e indignação servem de "caldo de cultura" para o voto nulo como forma de protesto. É um tema polêmico, pois democraticamente, o cidadão tem todo o direito de rejeitar as alternativas que são propostas como candidatas.
Mas é inegável que o voto nulo não muda nada, pelo contrário, acaba favorecendo aqueles políticos que já estão estabelecidos no poder, que através de seu poderio econômico, podem massificar suas campanhas e obter os votos dos não esclarecidos, utilizando-se, inclusive, de todos aqueles meios escusos que sabemos. O voto nulo não anula a eleição. O que vale, em qualquer proporção, são os votos válidos.

* O voto nulo, na maioria das vezes, vem acompanhado de um raciocínio generalizante que político é tudo igual e que partidos políticos representam a mesma coisa, o que não é verdade. Toda generalização em qualquer área, inclusive na política, é injusta e equivocada. As pesquisas mostram que a maioria dos que anula o voto são cidadãos com formação escolar e cidadania acima da média e com informações da atualidade.
Daí pode se concluir que com um pouco mais de critério e senso crítico, o voto consciente pode obter avanços na representação política, principalmente nos legislativos que são, em tese, as "Casas do Povo".
As últimas eleições que também foram recheadas de votos brancos e nulos, não produziram nenhuma mudança efetiva e nem podem ser encaradas como um protesto, porque não trouxeram resultados práticos. Muita gente "ruim" se elegeu na força do poder econômico em cima daqueles mais humildes e sem formação cidadã, que nesta época, são fortemente pressionados pelo "jogo sujo" da política.

* Fica a pergunta: "Lavar as mãos", se omitir e não participar do processo eleitoral através do voto é o caminho para mudar esta realidade?

* Sempre é bom lembrar que muitos "deram o sangue" no passado para obtermos este direito de interferir na vida política do país.
Acertar e errar faz parte do processo. Não está escrito na testa de nenhuma "cara nova" que ela respeitará nossa escolha, mas também há inúmeras formas de minimizarmos os riscos de erro. Por exemplo : Votar numa "cara nova" ligada e "bancada" por velhos caciques da política não é sinal de renovação.
Uma análise criteriosa do posicionamento político de cada um, o que diz, o que escreve, se tem ficha limpa, se tem independência, além de outros critérios peculiares a cada cargo, pode fazer a diferença e produzir avanços.
A resposta da pergunta acima está dentro de cada um de nós !!!


* Por falar em formas de votar, participe da nossa enquete:

COMO VOCÊ VAI VOTAR EM 2014 ?

Expresse sua opinião.
Faço o seu comentário.


* Daqui a pouco as rapidinhas ................

sexta-feira, 21 de março de 2014

POESIA NUMA HORA DESSA !!




“Hoje as torturas são chamadas de “procedimento legal”,
a traição se chama “realismo”,
o oportunismo se chama “pragmatismo”,
o imperialismo se chama “globalização”
e as vítimas do imperialismo se chamam “países em via de desenvolvimento”.
O dicionário também foi assassinado pela organização criminosa do mundo.
As palavras já não dizem o que dizem ou não sabemos o que dizem.”

Eduardo Galeano

HUMOR NUMA HORA DESSA !!



ENQUETE DO BLOG - COMO VOCÊ VAI VOTAR EM 2014 ?




* NOVA ENQUETE: COMO VOCÊ VAI VOTAR EM 2014 ?

O objetivo é verificar a sua expectativa mais geral sobre as Eleições em 2014.

A enquete está localizada na margem direita do blog. É logo o primeiro quadro.

Vote e participe. Expresse sua intenção.
Obrigado antecipadamente pela participação !

quinta-feira, 20 de março de 2014

PONTUALIDADE COM A DÍVIDA PÚBLICA E O CALOTE NA DÍVIDA SOCIAL




Caros leitores, fugindo um pouco das questões políticas locais, até mesmo porque a mesmice impera em nossa cidade, falta de transparência, nepotismo, violência urbana crescente, sinalização de continuidade de políticas públicas conservadoras, etc, enfim, nota-se que houve uma mudança de seis por meia dúzia.

Nesta oportunidade quero novamente forçar um debate esquecido (de propósito) pela grande mídia e por setores importantes da nossa sociedade civil organizada.

A Dívida Pública Brasileira.
A análise de alguns dados obtidos através da Auditoria Cidadã da Dívida:

1. A dívida externa paga por Lula restringiu-se à dívida de US$ 15,5 bilhões ao FMI. Todo o restante da dívida externa continua aí, aumentando velozmente. O pagamento ao FMI rendeu muitos frutos políticos, apesar de ter sido uma medida danosa às finanças do país, pois a dívida com o FMI era pactuada a juros de 4% ao ano. Para pagá-la, o governo emitiu dívida interna que na época pagava juros de 19% ao ano. E o pior, apesar de quitar a dívida financeira com o FMI, continuamos atrelados às suas imposições de realização de reformas neoliberais.

2. A dívida interna já ultrapassou a casa dos R$ 2.9 trilhões, e está em grande parte, nas mãos de estrangeiros que trazem seus dólares para aplicar em títulos da dívida interna, que pagam uma das maiores taxas de juros do mundo. O Banco Central fica com os dólares e os aplica em reservas internacionais, especialmente em títulos da dívida norte-americana, que não rendem quase nada ao país. É por isso que o prejuízo operacional do Banco Central em 2013 foi da ordem de R$ 129 bilhões!

3. O pagamento de juros e amortizações da dívida pública (interna e externa) em 2013 consumiu cerca de 800 bilhões de reais, à custa da subtração de recursos de todas as demais rubricas, inclusive nas áreas sociais, além de emissão de nova dívida.

4. AMEAÇAS EM ANDAMENTO: O atual governo federal continua aplicando medidas para restringir gastos sociais para possibilitar o pagamento dos juros dessa monstruosa dívida pública. Algumas medidas já estão em fase de aprovação no Congresso:
a. PLP 549/2009, que congela os salários dos servidores públicos por 10 anos, enquanto a dívida pública recebe remuneração garantida todos os anos pelos maiores juros do mundo;
b. Anúncio pelo Ministério da Previdência, da “necessidade” de nova Reforma da Previdência dos servidores e regime geral, aumentando ainda mais a idade para aposentadoria e redução de benefícios ( importante ressaltar que o Presidente Lula vetou no dia da estréia do Brasil na Copa do Mundo em 2010 o fim do fator previdenciário que havia sido aprovado no Congresso Nacional);
c. PEC 233/2008, que propõe uma reforma tributária que altera o financiamento da Seguridade Social (na medida em que transforma as contribuições sociais, que tem destinação vinculada por determinação constitucional , em impostos);
d. Limitação dos “gastos primários”, ou seja, limitação de todos os gastos sociais, enquanto para os gastos com a dívida não são estabelecidos quaisquer limites.

5. CPI DA DÍVIDA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS: A CPI da Dívida Pública realizada na Câmara dos Deputados em 2010 ( Vocês ouviram falar dela ?) foi completamente “abafada” pela imprensa, mas realizou importantes descobertas, tendo apontado uma série de graves indícios de ilegalidades e ilegitimidades no processo de endividamento brasileiro. O Relatório Final da CPI reconheceu em seu diagnóstico:
a. As elevadíssimas taxas de juros (não-civilizadas) foi o fator mais importante para o crescimento da dívida, inclusive dos estados e municípios;
b. A dívida interna cresceu nos últimos anos para financiar a compra de dólares das reservas internacionais, com grande custo para as contas públicas;
c. O Senado Federal renunciou a sua competência, pois permitiu emissões de títulos sem especificar suas características;
d. Falta de transparência na divulgação dos números da dívida, bem como falta de informações e documentos à CPI.

6. GRAVE DIAGNÓSTICO DA CPI: Apesar do grave diagnóstico, contraditoriamente o Relatório Final não admitiu ter encontrado irregularidades no endividamento, não recomendou a auditoria da dívida (prevista na Constituição) e também não recomendou acionar o Ministério Público para o aprofundamento das investigações. Porém, a pressão de entidades da sociedade civil que acompanharam os trabalhos da CPI, fez com que somente 1/3 dos 24 membros da CPI votassem a favor deste “Relatório-Pizza”, que foi aprovado pelo apertado placar de 8 a 5.

7. RELATÓRIO ALTERNATIVO DA CPI JÁ ENTREGUE AO MINISTÉRIO PÚBLICO: A pressão das entidades também fez com que 8 deputados da CPI assinassem o “Voto em Separado” do Dep. Ivan Valente (PSOL/SP), que pede a auditoria da dívida, e o encaminhamento ao Ministério Público de diversos indícios de ilegalidades apuradas, dentre eles:
• Juros sobre Juros (Anatocismo), ilegal segundo o STF;
• Juros flutuantes na dívida externa – ilegais segundo a Convenção de Viena
• Ausência de contratos e documentos; ausência de conciliação de cifras; clausulas ilegítimas;
• A grande destinação dos recursos orçamentários para o pagamento da dívida viola os direitos humanos e sociais;
• O Banco Central faz reuniões com os bancos e outros rentistas para definir as previsões de inflação, que definem as taxas de juros.
* Este Voto em Separado já foi entregue ao Ministério Público para que sejam aprofundadas as investigações e elaboradas as ações judiciais cabíveis.

8. PRIVILÉGIO DOS PAGAMENTOS DA DÍVIDA: A despeito das diversas ilicitudes apontadas pela CPI, o pagamento do serviço da dívida goza de imenso privilégio, em detrimento do sacrifício do povo brasileiro, que arca com elevada carga tributária e não recebe o devido retorno em serviços públicos, tendo em vista, os crescentes contingenciamentos efetuados para produzir o superávit primário. Merece ser lembrada a denúncia do Professor da UNB, Adriano Benayon, no seu livro “Anatomia de uma fraude à Constituição”, onde cita a ação fraudulenta do ex-deputado e ex-ministro Nelson Jobim, na época da Constituinte, sub-relator da Comissão de Sistematização, que à serviço da banca financeira, introduziu um inciso não aprovado e não votado, garantindo o pagamento do serviço da dívida como uma obrigação do Orçamento, no mesmo nível da dotação de pessoal e transferência de recursos a Estados e Municípios.
Diversas outras fontes alimentam o pagamento dos juros e amortizações da dívida, principalmente os seguintes:
a- Lucros das estatais (por isso é que elas se endividam para realizar investimentos, apesar de altamente lucrativas, pois seus lucros não são destinados a reinvestimentos, mas sim para pagar dívida);
b- Lucro do Banco Central quando há lucro, esse vai para pagar dívida; quando dá prejuízo, o Tesouro Nacional cobre com recursos decorrentes de excesso de arrecadação ou emissão de novos títulos da dívida;
c- Recebimento de juros e amortizações da questionável dívida dos estados e municípios com a União (todo sacrifício dos entes federados, cerca de 13% de sua receita é destinado para o pagamento da dívida);
d- Emissão de novos títulos;
e- As Medidas Provisórias 435 e 450 (já foram transformadas em lei) determinam que toda sobra de recursos orçamentários vinculados por lei a áreas sociais, que não chegaram a ser executados, podem ser destinados ao pagamento da dívida, ou seja, ao final do ano, há uma “limpa geral” no caixa e os recursos vão para pagar juros e amortizações;

9. SANGRIA DE RECURSOS PARA O PAGAMENTO DA DÍVIDA: Apesar da sangria anual de recursos para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, esta não para de crescer, tendo ultrapassado a marca histórica dos R$ 2.9 trilhões ao final de 2013, enquanto a dívida externa ultrapassou a também marca histórica dos US$ 300 bilhões. É evidente que quanto maior o estoque da dívida, maior será a exigência de recursos para cumprir com os pagamentos de juros e amortizações.

Em 2013, os juros e amortizações da dívida consumiram 47% dos recursos do Orçamento Geral da União. Enquanto isso, para a Saúde foram destinados apenas 4,24%, para a Educação apenas 3,18% e para Saneamento somente 0,08%! Não é a toa que mais da metade dos brasileiros sequer tem acesso a saneamento básico.
Para que se compreenda a lógica (sic !) deste “cassino”, o governo Lula recebeu a dívida pública do FHC em 600 bilhões, pagou ao longo dos oito anos, 1.3 trilhões só de juros e deixou como herança para o governo Dilma a estratosférica cifra de 1.8 trilhões. Nestes 03 anos de governo a dívida já ultrapassa 2.9 trilhões.

É impagável.

Peço desculpas pelo excesso de números, mas acredito que eles possam fazer a gente pensar um pouco, até porque este ano teremos eleições presidenciais e os ditos “principais candidatos”, Dilma, Aécio e Campos, não querem nem passar perto deste debate.

“UFA !!!! Ninguém agüenta!
Povo brasileiro

Cláudio Leitão é economista e membro da executiva municipal do PSOL em Cabo Frio.

quarta-feira, 19 de março de 2014

RAPIDINHAS.................................




* Um estranho "fenômeno político" ocorre na Região dos Lagos. Em Araruama, o prefeito Miguel Jeovani(PR) está afastado pela justica por fraude na merenda escolar. Em Rio das Ostras, o prefeito Alcebíades Sabino(PSC) também foi afastado pela justiça por fraude em licitações. Em Búzios, o prefeito André Granado(PSC), enrolado em denúncias de licitação fraudulenta, suspendeu uma CPI com uma liminar, sem contar que o ex-prefeito Mirinho(PDT) também saiu da prefeitura todo"enrolado". Em Arraial do Cabo, o prefeito Andinho(PMDB) também sofre acusações de irregularidades. Em Cabo Frio, o ex-prefeito Marcos Mendes deixou a prefeitura "rifado" de processos judiciais de quase todos os "cardápios". O atual prefeito Alair Correa também tem uma "ficha corrida" considerável, e já já, aparece alguma.....

* Sabe qual o nome desse sucesso: "Poder econômico". Ele tem definido as eleições na região com a passividade e a cumplicidade de uma parte considerável da população. O voto para essas pessoas virou apenas "moeda de troca".
Como sair desta armadilha ????

* O poder econômico dos doadores de campanha é o pano de fundo para todo tipo de alianças. Adversários viram aliados da noite para o dia. Alianças estapafúrdias entre partidos e candidatos sem nenhuma identidade política-ideológica. Estas situações criam um arco de alianças tão grande que não cabe no governo, daí a criação de uma imensidão de cargos de confiança para abrigar todo mundo, em prejuízo da população que sofre com uma máquina pública inchada, ineficiente e perdulária. Logo, faltam recursos para as áreas mais essenciais. Sem contar que "os eleitos" tem que atender prioritariamente os interesses destes doadores, e aí, toma obra faraônica para lá e para cá. Toma empreiteiras para quase tudo, terceirizações diversas e outras "coisitas" mais.

* Daí a necessidade de uma reforma política e eleitoral que pelo menos termine com o financiamento privado de campanhas políticas ( a maior fonte de corrupção na política) e proíba as coligações partidárias nas eleições proporcionais para evitar os inúmeros casuísmos políticos motivados por estas alianças.

* Talvez o voto da renovação esteja na mãos dos jovens.
O TRE determina o prazo final até o dia 07 de maio para o jovem de mais de 16 anos tirar seu título eleitoral.
Vamos lá moçada, a força está com vocês !!!!!!!!!!

* Em Itaocara, cidade governada pelo PSOL, o prefeito Gelsimar Gonzaga sofre ferrenha oposição na Câmara, exatamente por se recusar a "jogar o tal jogo" da governabilidade. Quer ter uma relação republicana com o legislativo, respeitando seu espaço e abrindo as contas públicas para a devida fiscalização. Mas os vereadores não querem isso. Querem a volta dos cargos e das benesses que tinham com o governo anterior do PMDB e tentam o tempo todo, em retaliação aos privilégios perdidos, "cassar" o mandato do prefeito eleito.

* Como não encontram nenhuma irregularidade na administração, que é limpa e transparente, inclusive com prestação pública das contas municipais, inventam motivos inverossímeis para a tal cassação, sempre barrados pela justiça por inépcia no pedido.
É luta. Não se enfrenta o "esquema da governabilidade viciada" que toma conta do país, que gera vários escândalos de corrupção, sem que aconteça percalços durante o mandato. Apesar disso, a administração segue avançando nas causas sociais, embora de forma lenta e gradual, até porque Itaocara é uma cidade pobre com parcos 42 milhões anuais de orçamento.
Não podemos nos conformar que as relações políticas entre os poderes sejam resumidas a este "jogo sujo", que foi devidamente repudiado nas grandes manifestações de junho do ano passado, mas que ainda trazem repercussões até hoje.

* Até que enfim o nosso nobre Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo(PCdoB), deu uma "bola dentro" ao dar uma resposta impecável a chatice das reclamações dos ingleses por jogar no calor de Manaus durante a Copa:

"O clima de Manaus não é tão estranho assim aos ingleses, afinal, quando o império de sua majestade era tão grande que o sol nunca se punha, durante séculos os ingleses estavam lá na Guiana inglesa, em Georgetow, clima da mesma região do norte do Brasil."

* Mas como no PCdoB é uma no cravo outra na ferradura, o partido não se entende sobre quem vai apoiar na disputa eleitoral para governador no Estado do Rio de Janeiro, conforme publica o Blog do Noblat:
"Rasga coração.
Divisão no PCdoB do Rio. A líder na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali, defende o apoio à candidatura de Lindbergh Farias (PT) ao governo. O ex-deputado Edmilson Valentim está fechado com o vice Luiz Fernando Pezão (PMDB)."
O partido tem cargos ainda no governo Cabral.

* Participe e vote na nossa ENQUETE: Como você vai votar em 2014?
Expresse sua intenção. A pesquisa está logo a direita do blog como o primeiro quadro !!

* Para fechar as rapidinhas uma "piadinha" futebolística, rodando na net:
" O Menguinho perdeu para o fraco Bolivar, agora só falta o "É meleca" acabar de cortar as asas do Urubu."

* Daqui a pouco humor e poesia, se não ninguém aguenta !!!

terça-feira, 18 de março de 2014

NOTÍCIAS E FATOS




* E o vice-prefeito Silas Bento falou, após mais de um ano de silêncio profundo. Deu uma entrevista polêmica numa rádio evangélica e num blog local, fazendo críticas ao governo Alair. A análise do fato permite várias nuances. Existe a insatisfação de Silas e seu grupo que estão visivelmente sem espaço na administração do município. O silêncio anterior era justificado pela manutenção de cargos e benesses que tem no governo. A "rebeldia" pode estar associada a perda de alguns desses "mimos". Silas nunca fez oposição a ninguém nesta cidade. Está sempre "amarrado" a quem está no poder.

* Mas a grande questão é aquela que temos abordado insistentemente aqui no blog. A forma como se definem as alianças para a tal "governabilidade". Nenhuma discussão de projetos para a cidade. Discute-se apenas ocupação de cargos e espaços políticos, inclusive com adversários de ocasião, que assim são cooptados. Na hora de governar, este "jogo sujo" da política começa a mostrar as suas "cartas". A população, pelo menos uma grande parte dela, percebe isso, e aceita os fatos com uma "estranha" passividade e cumplicidade.

* Só para refrescar algumas memórias, antes da campanha, Alair e Silas protagonizaram cenas lastimáveis na política local, com acusações mútuas, inclusive no plano pessoal, que devem ser sempre evitadas. Quem não lembra Silas dizer que Alair gostava tanto de família que tinha mais de uma, e na outra ponta, Alair dizer que Silas era um "crente enganador" e o vereador "mais caro da cidade". Mesmo com uma "relação política" neste nível firmaram aliança para a campanha.
Pergunta para você responder: Esta aliança era para o "bem de Cabo Frio" ou para atender interesses pessoais?

* Enquanto continuarmos votando e endossando este tipo de "política rasa e rasteira" nada vai mudar. Vamos continuar apenas reclamando nos cafés, nos bares, nas filas do banco e nas conversas de coxias. Parodiando Marx, a história sempre se repete na cidade, na primeira vez como tragédia, mas em todas as outras como farsa.
Repudiar esta "velha política", inclusive no voto, é o único caminho que nos resta. O contrário disso é a mesmice política de que todos reclamam, que saqueia os cofres públicos e empobrece a maioria da população.


* É impressionante a quantidade de processos que está respondendo o ex-prefeito Marcos Mendes ao deixar o governo municipal. São multas, fraudes em licitação, improbidade administrativa, fraudes eleitorais, etc. São desvios e irregularidades de todo o tipo. Está conseguindo realizar a "proeza" de superar a também quilométrica "ficha corrida" de Alair Correa, seu "mestre" em mandatos anteriores.

* O engraçado de tudo isso é que tem "um monte de gente" defendendo sua volta ao poder, em função do péssimo início da "nova" gestão Alair. Seria cômico se não fosse trágico. Como defender a volta ao poder de alguém com uma ficha dessa?
Novamente te pergunto: Você acha que é para "o bem da população" ou para a volta dos privilégios daqueles que ficaram sem "as bocas e migalhas"?
Porque a "parte do leão" sempre ficou com os dois "visionários admini$$$tradores" !!!!!

* E olha que tem muita gente que se diz a favor da " moralidade e transparência na política" também defendendo a volta do ex-prefeito, estimulando este embuste e esta falsa polarização. Fazendo um balanço dos últimos 17 anos, vale a pena parodiar o brilhante escritor gaúcho, Luiz Fernando Veríssimo:
" A diferença entre a República Tcheca e Cabo Frio é que o governo deles fica em Praga e a gente tem esta praga de governos"


* Outra coisa que impressiona é a falta de capacidade deste "novo" velho governo de gerir as coisas mais simples na educação pública. Este caso da "cobrança de uniformes" é um erro de gestão bobo que provoca um desgaste político inteiramente desnecessário. Um completo e total absurdo. Um governo que gasta "rios de dinheiro público" em obras caras e perdulárias para embelezar um orla de praia e não contempla com a gratuidade o uniforme das crianças das escolas do município.
Sinceramente, não dá nem para comentar mais !!!!!!!!!


* Reafirmando o viés autoritário do governo, a Secretaria de Transportes e o secretário Vitor Moreira, além da Procuradoria Geral do Município, seguem sem querer dar satisfações a respeito da promessa feita pelo prefeito, da criação de uma Comissão Municipal para discutir de forma mais democrática os problemas do transporte público no município. Pelo face, Victor Davidovich, um dos membros da comissão, representando os estudantes, atualiza como está esta "tratativa" não cumprida, durante reunião ocorrida no Tamoios, no ano passado:

"O governo ALAIR CORRÊA mais uma vez mostra suas principais características: autoritarismo, centralização e ignorância da soberania popular e da opinião pública.
Por pior que pareça, as frases assinaladas com o sinal verde (não estão transcritas exatamente, mas preservam o sentido, a agressividade e as palavras usadas) foram ditas pelo secretário de transportes de Cabo Frio, VICTOR MOREIRA DOS SANTOS, quando o GRÊMIO SÍNTESE foi mais uma vez atrás da engavetada Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana. O outro grande responsável pelo engavetamento da Comissão é o procurador geral do município, MARCOS MENEZES."


* O caso da violência policial que vitimou a mãe e dona de casa, Claudia Ferreira, moradora do Morro da Congonha, em Madureira, ficará por muito tempo na memória dos cariocas e também de todo o Brasil. Foi estarrecedora a forma como os PMs entraram na comunidade atirando, atingindo a moradora e depois a forma como ela foi socorrida, sem zelo e respeito pela vida humana.
Revela o caráter discriminatório da política de segurança pública do Estado que permite que policiais despreparados entrem com extrema violência nas comunidades mais pobres como "leões" e como "cordeirinhos" nos ricos condomínios da alta classe média carioca.
É para isso que servem os direitos humanos e não para "defender bandidos" como costumam deturpar aqueles que defendem as ações violentas de policiais.
E agora, vão também pedir a pena de morte e o "justiciamento" para os PMs envolvidos?
Outro detalhe que chama a atenção: Nenhuma autoridade pública teve a coragem de comparecer ao enterro.
COVARDES !!!!!!


* A mídia, principalmente a Rede Globo, cobriu o evento com a parcialidade e a tendenciosidade de sempre, conforme mostra o jornalista Milton Temer, que foi preciso na análise, via facebook:

"A GloboNews sempre se refere à morte de policiais em ação repressiva como "assassinato" embora seja uma contingência da função. No caso desse trucidamento de uma mulher inocente, ficou limitada ao anúncio frio de "morte", a despeito de ser fato com decido que dois dos monstros da viatura policial já terem sido anteriormente acusados de homicídio. O que comprova como os meios de comunicação comprometidos com os desprezíveis podres poderes operam para gerar ideologia e senso comum a favor do status quo que os privilegia. Limitar-se a noticiar a eliminação de uma favelada, sem nenhum toque de dramaticidade daqueles empregados no anúncio da morte de uma miss Venezuela em confronto de rua em Caracas, esse é o preço previsto para proteger em impunidade a operação de guerra permanente do Estado contra as comunidades desfavorecidas, exigida pela "maioria silenciosa" conservadora, fundamentalista, reacionária que o grande capital faz questão de manter desligada, numa permanente e supostamente confortável alienação social.
É a bestializarão coletiva trabalhada cientificamente. Goebbels já tinha posto isso em prática na década de 30, na construção do mito Hitler, e na produção dos seus milhões de seguidores em todo o mundo. E que estão aí, por seus descendentes, se reproduzindo em toda parte.
A desconstrução do regime capitalista não resulta obrigatoriamente em algo progressista; em uma sociedade melhor. Dependendo dos agentes hegemônicos do processo, pode se transformar numa auto-liquidação pela barbárie."


* Aliás, por falar em "justiciamento" um caso ocorrido em Minas Gerais, onde um homem foi espancado em "nome da justiça", mostra o perigo deste tipo de procedimento. O homem não tinha feito nada demais e foi agredido injustamente por esta "sanha justiceira" que tomou conta das pessoas, que não percebem que o caminho para a barbárie fica logo ali adiante disso. Observe o post, via face do Antonio Claret, narrando a situação:

"Há 40 minutos, quando saia de casa para o trabalho, deparei-me como uma situação absolutamente perturbadora, mas que se tornou rotina no Brasil. Um grupo de justiceiros aplicando a pena capital a um suposto criminoso.
Era um homem, em seus 40 anos, deitado no chão e com as mãos amarradas para trás. Muita gente o cercava e foi possível notar, imediatamente, que se tratava de mais um episódio de linchamento público. O homem apanhava, apanhava muito! Principalmente eram chutes no rosto, com o intuito de fazer com que a sua cabeça se chocasse com a parede. O sangue jorrava e a pancadaria continuava.
Quem eram os justiceiros? O justiceiros eram as pessoas que passava pela MG10 na manhã de hoje. O mundo parou ali, naquele momento. Os carros, motos, vans, bicicletas, tudo parou. As pessoas se aproximavam primeiro por curiosidade, mas, em seguida, era só ouvirem a senha “estuprador” para darem a sua parcela de contribuição (um chute, um soco, uma pesada, um cusparada) com a “justiça” que estava sendo realizada, ao vivo e a cores. Bizarro como as pessoas paravam, desciam, batiam e voltavam para sua rota e sua rotina, em uma espécie de drive through da vingança. E a pergunta permanece: quem eram os justiceiros? Eram padeiros, motoristas, entregadores de materiais de construção, pais de família, funcionários públicos, desempregados, empresários...
Chamei a polícia e ela chegou rapidamente. Com a aproximação da viatura, os vingadores residuais foram embora e o linchamento cessou. Os policiais desamarraram o espancado - a essa altura já completamente desfigurado - e chamaram o Samu. Para todos os que sobraram na cena não restava dúvida: apanhou porque mereceu.
Pronto. Só restava agora entender o que exatamente havia acontecido. O espancado, com o que lhe restou de dentes na boca, argumentava: “eu só estava fazendo xixi”. A versão não convencia. Foi quando chegou uma testemunha ocular do fato e o confrontou: “deixa de ser mentiroso, você não estava só fazendo xixi, você estava fazendo xixi virado de frente para uma moça”. Agora sim, depois da pena aplicada, o caso solucionado.
A Alemanha hitlerista é aqui e agora. É o fim do mundo todo dia da semana."


* A propaganda do Governo petista que a Copa do Mundo é um evento para o povo é desmentida facilmente quando se observa os valores dos ingressos para os jogos. É uma Copa elitizada como queria a FIFA e só será assistida de dentro dos estádios pelas camadas mais altas da sociedade. O povão vai ver a Copa pela televisão, como veria também se fosse realizada em outro país. Os interesses para a realização da Copa no Brasil são outros e estão "recheados" de irregularidades, conforme a boa análise do companheiro socialista Moacyr de Souza, via face:

"Remoções forçadas , indenizações injustas, falta de transparência e participação popular, desrespeito às leis trabalhistas, legislação de exceção, elitização do espaço urbano, repressão a ambulantes, maquiagem de favelas, truculência policial, remapeamento imobiliário, superfaturamento, indícios de corrupção, leis de segurança, leis de isenção fiscal, leis de restrição territorial, leis de potencial construtivo, lei antiterrorismo, apoio do arbítrio das polícias estaduais, federalização da repressão às manifestações... Para fechar o pacote de maldades, o Ministério da Defesa editou portaria que regula o uso da milicada nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) – famigerado termo que especifica situações em que as Forças Armadas poderão atuar como a truculenta poliçada nas manifestações contra a Copa. Esse novo AI-5 da ex-guerrilheria Dilma incluiu os "movimentos ou organizações" na lista de "forças oponentes", ao lado de "organizações criminosas, quadrilhas de traficantes de drogas, contrabandistas de armas e grupos armados".
Quase todos celebraremos a seleção, evidentemente. Mas poderia ser totalmente diferente."


* Por falar em necessidade de transparência, aí vai uma boa dica para você que quer estar a par dos repasses de recursos federais que são destinados ao seu município. Entre no site da CGU - Controladoria Geral da União, se cadastre e receba as informações do seu interesse.
Lembrem-se, o dinheiro é nosso e não "deles", logo, é importante também fazermos nossa própria fiscalização.
Aqui em Cabo Frio se esperarmos pela nossa "ativa e participante" Câmara de Vereadores e seu trabalho fiscalizador, estamos na M................... !!

* Daqui a pouco as rapidinhas...................