NOTÍCIAS E FATOS

* O descalabro e a inversão das prioridades sociais são marcas da "nova" administração Alair Correa. O desperdício do dinheiro público em shows, eventos e obras faraônicas e perdulárias, em detrimento dos investimentos em áreas essenciais e necessárias, como na saúde, educação, habitação popular, geração de empregos e outras, já começa a ser notado pela população, através dos debates nas redes sociais. A mídia local, "domesticada" pela publicidade oficial, só noticia as boas realizações do governo, que são poucas, mas existem.

* Só para ter uma ideia dos montantes, foram 35 milhões na orla, até agora inacabada e que vai consumir mais alguns milhões em aditivos; 15 milhões com shows e suas respectivas estruturas no Reveillon; cerca de 5 milhões com o Carnaval, e recentemente, pasmem, 1,5 milhão com um pista de skate. Na outra ponta, os hospitais públicos estão "desequipados" e sem medicação básica, o ano letivo na educação começou com deficiências estruturais nas escolas e falta de professores e profissionais de apoio, nenhuma iniciativa efetiva na capacitação dos jovens e na geração de empregos, a não ser aqueles gerados pela sazonalidade do verão, em sua maioria sem carteira assinada, além de nenhuma iniciativa efetiva de projetos habitacionais. Fez apenas duas praças na periferia e asfaltou algumas ruas em Tamoios. É muito pouco para um orçamento que chegou perto de 800 milhões/ano, embora tenha comprometido cerca de 48% disto com a folha de pagamentos e o cumprimento do PCCR.

* O país pede mudanças na política, mas não define exatamente que tipo de mudança e qual a sua profundidade. A maioria da população é conservadora e teme mudar radicalmente a governabilidade. Teme não sabe o que !
Nada muda se não tivermos informação, coragem, ousadia e radicalidade. É preciso assumir os riscos e as responsabilidades. "Caras novas" que representam interesses de velhos caciques é trocar "seis por meia dúzia". A mudança ou renovação nos quadros políticos não pode ser apenas uma questão de nomes, mas também de práticas políticas, projetos e ideias. O texto que postei abaixo, "RADICALIDADE E MUDANÇAS", procura refletir sobre isso e dar uma contribuição ao debate. Confira um trecho abaixo:

"O mais engraçado de tudo isso é que grande parte dessas pessoas que fazem críticas, quando perguntadas sobre o atual estado das coisas, principalmente, no campo político, reclamam e pedem mudanças.
Fica a pergunta : Que tipo de mudanças se fazem necessárias ?
É aquela “cara nova” que representa interesses de velhos caciques políticos?
Será que basta uma mudança “meia boca”. Uma “melhorazinha “ aqui e outra ali. Isso atende as nossas necessidades ? Qual a profundidade das mudanças que seriam realmente transformadoras ?
Quem se atreve a responder ?
Ser radical não é ser negativo. É lutar por mudanças que possam atingir a raiz do problema. Encontrar soluções que possam mudar a vida das pessoas para melhor, de forma a impedir retrocessos."

* A esculhambação no quadro político é grande. O caminho da mudança só é possível pela via democrática, via institucional do voto. Devemos repudiar as ideias autoritárias de um "suposto" golpe militar, até porque não existe nenhuma condição objetiva para tal. É um devaneio daqueles que desconhecem a história e o retrato sombrio que foi a ditadura civil militar de 64. É preciso mudar o modelo da governabilidade implantado pelo PSDB e pelo PT, baseado em alianças clientelistas e fisiológicas com o parlamento. Idem nos estados e municípios. Não podemos mais aceitar que este é o único modo de administrar e conduzir o governo. A insatisfação das ruas mostra que este modelo está se esgotando. Precisamos do protagonismo popular e uma reforma profunda também no legislativo para construir novas formas de relações republicanas com o executivo.

* Temos que continuar pressionando por uma reforma política e eleitoral para evitar situações como ocorre hoje no plano federal, onde o PMDB chantageia o governo Dilma por mais cargos e benesses. Esta notícia publicada no blog do jornalista Ilmar Franco, mostra um exemplo de como são construídas estas alianças e o baixo nível das "tratativas políticas":
"Dona do tempo.
Em reunião com líderes aliados, o ministro Aloizio Mercadante falava no tempo de TV da presidente Dilma à reeleição. "Ela tem 13 minutos, hegemonia e o governo", dizia, até ser interrompido por um deputado que atravessou: "Dilma não tem 13 minutos, tem quatro. Quem tem 13 minutos somos nós, o conjunto da base, e não o PT".

* Vamos continuar endossando este modelo com o nosso voto ou vamos buscar alternativas fora desta "velha ordem" estabelecida ?
Renovar de verdade é varrer da vida pública quem a trata como "privada" !!
Até quando vamos ser cúmplices deste modelo que só nos explora e oprime?
Nesta mudança a classe trabalhadora não tem nada a perder, a não ser as correntes que as prendem, parafraseando Rosa Luxemburgo !!

* Daquela série "Ninguém Merece" foi a resposta da assessoria do prefeito Eduardo Paes, flagrado pelas câmaras de TV jogando um resto de fruta que acabara de comer na rua, revelando todo o cinismo e desfaçatez característicos de sua prática política:
"O vídeo em questão, efetivamente, não mostra Paes jogando ao chão um pedaço de fruta. Mas ele acredita que, conforme o próprio vídeo indica, tenha lançado o resto de fruta na direção de uma lixeira mais afastada, ou para que um de seus assessores fizesse o descarte em local adequado. O prefeito pediu para que emitissem multa contra ele."
É o cúmulo da enganação !!

* Esta foi uma boa medida do TSE para as próximas eleições. Muitos candidatos abusavam de sua função ou cargo público para obter dividendos eleitorais, oferendo "serviços assistencialistas", principalmente na área da saúde. Qualquer semelhança com Cabo Frio é mera coincidência, ou não !!

Eleições 2014.
Candidato não poderá associar nome a órgão público
Os candidatos nestas eleições gerais não poderão se apresentar durante a campanha ou na urna eletrônica com nome associado à administração pública, como "João da UnB" ou "Mário do INSS". A novidade está prevista na resolução sobre escolha e registro de candidatura, aprovada na quinta (27) pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O TSE também decidiu reduzir o prazo de substituição do candidato com pedido de registro indeferido, cancelado, cassado ou, ainda, que renunciar ou falecer após o fim do prazo do registro, em 5 de julho. Agora, a coligação ou partido político poderá substituí-lo até 20 dias antes das eleições, ao contrário de 2012, quando a mudança podia ocorrer até a véspera da votação. A alteração no prazo tem o objetivo de dar tempo à Justiça Eleitoral de substituir a foto e o nome do candidato na urna eletrônica.

* Daqui a pouco as rapidinhas .................