sábado, 15 de março de 2014

NOTÍCIAS E FATOS




* Um processo de renovação dos quadros políticos é possível e seria a melhor resposta a ser dada a esta "crise de representatividade" que vivemos, principalmente no legislativo. A grande maioria dos atuais parlamentares, EM QUALQUER ESFERA DO LEGISLATIVO, "esqueceu" que eles estão lá para nos "REPRESENTAR" e não para nos "SUBSTITUIR". Estão lá para refletirem nossas demandas e não os interesses pessoais ou dos grupos que fazem parte e bancam suas campanhas. Sem paternalismos, o eleitor também é culpado por esta crise quando não consegue identificar por motivos diversos, da falta de educação formal a consciência política, que o candidato em que ele vota não tem o perfil de representar suas expectativas. Um exemplo:
Quando um trabalhador vota num "candidato empresário" ele jamais vai defender as demandas específicas do trabalhador nas votações de projetos. Tem na maioria das vezes interesses contrários. Por isso não acabamos ainda com o fator previdenciário, o trabalho escravo, o baixo valor do salário mínimo, a redução da jornada de trabalho, a precarização da aposentadoria, além de outros de caráter mais geral.

* Este post do Deputado Federal Chico Alencar, via face, nos ajuda a refletir o atual estado das relações políticas no Congresso Nacional:

"Esta semana a gente abriu os jornais e leu: 'Rebelião em Brasília'... Olhando rápido, muitos devem ter pensado: rebelião do povo? Eu mesmo cheguei a pensar que estávamos revivendo junho de 2013, que a população estava novamente se levantando pra questionar os desmandos de poder.
"Mas o que está acontecendo não é rebelião, não, é 'arrumação'! É disputa e politicagem pra ver que fica melhor colocado nos espaços de poder.
"Com o PMDB à frente, um blocão da base, 'rebelado', foi pra cima do governo. Qual era a demanda, qual era a disputa, qual era a divergência?
"O blocão está rebelado contra os mais de 40% do orçamento gasto com os banqueiros, com o pagamento da dívida pública? Contra a situação da saúde pública? Dos transportes?
"Que nada! É por simples 'acertos' entre eles e o governo.
"Na disputa, saiu uma coisa bastante simples, elementar até: uma comissão externa de parlamentares para acompanhar denúncias graves de suborno na Petrobras - denúncias que, é bom que se diga, vêm desde os tempos do governo FHC.
"Em pouco tempo, esta comissão já aprovou a convocação de dez ministros. Sinal de eficiência? Não necessariamente. No Congresso, a lógica de criar dificuldades para vender facilidades costuma imperar.
"Essa 'rebelião' é uma queda de braço vergonhosa, porque não é feita com base na divergência de ideias, de propostas, de conteúdos."


* Estas relações políticas do tipo "toma lá, dá cá", também estão estabelecidas nas Assembleias Legislativas dos Estados e nas Câmaras de Vereadores dos Municípios. Daí a necessidade de um amplo processo de renovação dos quadros políticos, onde teremos que ter coragem, ousadia e uma certa radicalidade, além de assumir os riscos e as responsabilidades para a efetivação de um processo de mudanças. Vale a pena, mesmo que seja lento e gradual.
Fica sempre aquela pergunta : Será que este modelo de governabilidade e esta forma de fazer política são "imexiveis" ?????
Muitos acreditam e dizem que sim, mas é preciso considerar que esta situação é protagonizada por atores políticos, logo, se buscarmos a troca destes atores políticos podemos ter uma chance de avançar. Precisamos é apurar os critérios de escolha na hora do voto.
Apenas reclamar, anular o voto e "lavar as mãos" manterá estas quadrilhas no poder, e aí sim, a situação ficará imutável. Correr riscos é uma situação normal quando pensamos em mudanças, sejam elas de que natureza for.
INFORMAÇÃO E RENOVAÇÃO SERÃO PALAVRAS CHAVES PARA 2014 E 2016 !!!!!!!!!!!


* Outra questão importante para depurarmos o quadro político é tomar a firme decisão de não votar mais em candidatos envolvidos com desvio de dinheiro público. Já passou da hora de tomarmos vergonha na cara e impedir de sermos roubados todo ano. Não precisa esperar a justiça cassar o candidato. Vamos fazer isso com o nosso voto e banir " o mau político" da vida pública. Num artigo abaixo, entitulado "SÓ ENRIQUECE NA POLÍTICA QUEM É LADRÃO", abordo este tema e sugiro a abertura de um debate sobre isso. Confira um trecho:

"Até quando a sociedade brasileira vai tolerar este quadro dantesco?
Quantos serão capazes de verbalizar sua indignação e buscar o enfrentamento com estas estruturas corrompidas de poder?
Até quando estas gangues políticas vão conjugar o verbo roubar de todas as formas possíveis, e mesmo assim, vão continuar sendo eleitas para mandatos sucessivos com a cumplicidade de grande parte dos eleitores que aceitam esta vilania de forma passiva e natural?
Até quando vamos assistir a este triste espetáculo político, sem nenhuma reação, achando que é impossível mudar esta dramática realidade que hoje esta nos impactando, mas que se nada for feito, inviabilizará o futuro dos nossos filhos e netos?"


* Os servidores públicos de Cabo Frio farão novo encontro para a unificação das pautas de reivindicações na próxima segunda, dia 17 de março, as 17 horas, na Escola São Cristóvão. Este é o caminho, unir os trabalhadores e defender interesses comuns. Isso faz o movimento ganhar força e exercer uma pressão maior em cima dos governantes, principalmente, aqui em Cabo Frio, onde os dois últimos "administradores", Marcos Mendes e Alair Correa, têm enormes dificuldades de dialogar com a categoria. Possuem estilo autocrático e gostam de impor decisões de "cima para baixo".
TODA FORÇA AO MOVIMENTO !!!!!!!!


* Como se dizia antigamente fiquei "encafifado" com uma declaração estranha do atual Secretário de Saúde, Dirlei Pereira, numa entrevista em uma rádio local. Disse o secretário:

" A Saúde para o governo Alair é prioridade ZERO"

Se alguém aí entendeu, por favor me explique !!
Eu já ouvi vários secretários dizerem que a Saúde é a prioridade nº1. Mas prioridade zero...........
Zero em que ???
Será que é a nota que a população vem dando para a saúde na cidade?
Seria cômico se não fosse trágico !!!!


* Como sou um "cara chato e lembrador", continuo junto com a população, aguardando que o "novo" velho governo Alair responda a estas perguntas que continuam sem respostas. O tempo vai passando, mas..............................

1- Quais as providências efetuadas para solucionar o caso Bené, onde o secretário Dirlei foi acusado de falsificar assinaturas e prometeu provar ser vítima de calúnia?
2- Qual a posição do governo municipal sobre a devastação das Dunas do Peró?
3- Quando será criada a Codestam?
4- Quando será tornado público os desvios de dinheiro público efetuados pelo governo anterior que fizeram fechar a Secaf?
5- Quando vai acabar esta faraônica e perdulária obra da Orla da Praia do Forte?
6- Quando será reaberto o HCE?
7- Quando começará o projeto habitacional do governo?
8- Quando será iniciada a construção do Centro de Convenções?
9- Quando será criada a Comissão Popular de Transporte prometida no ano passado?
10- Quando será finalizada esta famigerada Central de Marcação de Consultas, conforme prometido em campanha, com os exames e consultas sendo marcados nos ESF's informatizados?
11- Quando serão chamados os concursados de 2009, que Marquinhos também não chamou?

* Tem muito mais, mas parei no 11 que é o "número da sorte" do governo, o tal que "vai dar certo" !!!


* O Deputado Estadual do PSOL, Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, fez uma boa reflexão sobre mais uma morte de um policial militar ocorrida esta semana no enfrentamento ao tráfico de drogas em "áreas pacificadas".

"As mortes não podem ser naturalizadas.
A lamentável morte de mais um policial militar em área de UPP mostra que a política de segurança pública do Rio de Janeiro vive uma crise aguda e evidente. No lado da PM, o tenente Leidson Acácio Alves, 27 anos, é a 11ª vítima da escalada de violência desde a instalação da primeira UPP, em 2008. Nos últimos seis meses, cinco policiais foram assassinados em áreas pacificadas.
Este cenário é extremamente grave e não pode ser naturalizado. A absurda quantidade de óbitos, de ambos os lados, não pode ser encarada como algo normal. É preciso que a sociedade e o Estado reflitam sobre o problema, repensem suas estratégias e busquem soluções para a crise.
É preciso garantir melhores condições de trabalho e segurança para os policiais, valorizar esses profissionais - principalmente os praças, grande maioria das vítimas militares -, rever nosso modelo de policiamento e enfrentar de forma efetiva o tráfico de armas e munições.
Para colaborar com esse debate e com o poder público na busca de respostas, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, que eu presido, vai organizar uma audiência pública para discutir, com policiais, governo e membros da sociedade civil, a política de segurança do Estado, as condições de trabalho dos profissionais e as altas taxas de letalidade no Rio de Janeiro."


* Ainda falando sobre direitos humanos, Freixo abordou também o dramático quadro do sistema prisional brasileiro e o segregacionismo praticado pela justiça, mostrando, inclusive, "um corte de classe" nas decisões de encarceramento. Confira abaixo:

"Pesquisa mostra banalização do encarceramento.
O sociólogo e professor Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da UERJ, divulgou pesquisa sobre a banalização das prisões provisórias no Rio de Janeiro em 2011, na audiência pública realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania nesta quinta-feira (13). O estudo, intitulado "Poder punitivo: a prisão cautelar com regra", foi escrito com Julita Lemgruber, Marcia Fernandes e Leonarda Musumeci.
O objetivo foi avaliar os impactos da Lei 12.403/2011, que criou medidas alternativas à prisão provisória - o encarceramento anterior à sentença -, como a obrigação de comparecer em juízo; proibição de frequentar determinados locais ou manter contato com alguém; recolhimento domiciliar; internação provisória; e monitoração eletrônica, por exemplo.
"Na primeira medida tomada pelo juiz após a prisão em flagrante, 79% dos réus foram mantidos em prisão provisória
(o estudo analisou o caso de 6.084 pessoas). Ou seja, a prisão provisória é a medida cautelar imposta no Rio de Janeiro", explicou. Após a aprovação da nova lei, em julho daquele ano, pouco mudou em 2011.
O grave é que, apesar da banalização do encarceramento no Poder Judiciário, apenas 30% dos réus são sentenciados à reclusão em regime fechado ao fim do processo. Isso significa que em 70% dos casos as pessoas são mantidas num regime mais duro durante a instrução processual do que o previsto pela condenação.
Os pesquisadores reuniram sentenças judiciais para mostrar o abuso do aprisionamento e o viés racista das decisões. Como mostra a declaração de um dos juízes entrevistados: "No meu juízo eles (réus) ficam presos. Até que a gente vá para a audiência e descubra o que realmente aconteceu na situação". Bom enfatizar que a prisão provisória deveria ser uma exceção.
Outra entrevista mostra como as condições sociais influenciam a avaliação dos magistrados. Um dos juízes citou os bens e a escolaridade de uma mulher ao não decretar sua prisão cautelar: "Ressalto aqui que a ré possui terceiro grau completo e profissão definida - diga-se arquiteta (...). Ademais, (...) a res furtiva foi encontrada dentro do carro da denunciada, um Fiat Palio Flex 2007, o que demonstra as condições econômicas favoráveis da acusada".

* Isso nos dá a impressão que "todo camburão tem um quê de navio negreiro"
Não é apenas uma questão humanitária. É também pragmática, pois este "cara" encarcerado e submetido a esta situação sub-humana, sai de lá pior e vai fazer aumentar mais ainda os índices de criminalidade. As autoridades e toda a sociedade tem que fazer uma profunda reflexão sobre isso e não ficar reproduzindo frases feitas do tipo "Bandido bom é Bandido morto", que como provam todos os estudos sobre a violência urbana não nos levam para lugar algum.
Revelam apenas o reacionarismo e a intolerância de alguns, que pedem a eliminação do "bandido pobre, preto e favelado", mas poupam e as vezes até votam no político corrupto que é muito mais "nocivo e mortal" para toda a sociedade.

* Daqui a pouco as rapidinhas ..............................

3 comentários :

  1. Não sei de voce notou mas tinha um monte de branquinho preso também na cadeia, ahahaha

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    1. O "corte de classe" não é apenas na questão racial. É também na questão da renda.

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  2. Leitão, a coisa esta feia. Está difícil acreditar em alguém. Mas voce está certo temos que pesquisar, do jeito que está com esses políticos atuais não dá.
    Mauro.

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