sábado, 22 de março de 2014

NOTÍCIAS E FATOS




* Esta obra realizada na Avenida Joaquim Nogueira é de uma inutilidade a toda prova. Só atende e satisfaz aos empreiteiros que a realizaram. Não teve placa explicitando o valor gasto, nem o prazo de entrega. Aliás, transparência nunca é a prática nas obras públicas nesta cidade, nem neste e nem no governo anterior.
Retiraram-se as árvores e ficou uma paisagem feia, concretada, com material de padrão inferior. O estacionamento no canteiro central não impediu que os caros continuem estacionando ao lado da avenida. Logo, não houve nenhum ganho em relação a mobilidade urbana, pois o transito continuou tremendamente caótico no local. Acabaram com a pequena ciclovia central, colocando em maior risco os ciclistas.
Nenhuma ação efetiva de ordenamento urbano ocorreu no local, onde o "vale tudo" continua imperando.

* Enfim, qual o ganho para o cidadão ?
Milhares de reais foram "enterrados" em mais uma obra não prioritária, perdulária, deixando "na mão" inúmeras áreas de políticas públicas essenciais, como educação, saúde e habitação popular, relegadas ao "quinto plano".
Tenho dito: Esses "caras" nunca ouviram falar em um trinômio básico da administração: Planejamento, investimento e
gestão !!


* Chegou o período eleitoral e os políticos eleitos começam novamente a falar em Universidade Pública aqui em Cabo Frio. O factóide da hora é da Deputada Estadual Clarissa Garotinho(PR) que nem é desta região. Tanto Marquinhos como Alair fizeram clara opção pelas universidades privadas, inclusive com cessão de terreno público como é o caso da UVA. Usam as bolsas de estudo parciais ou integrais concedidas pela mesmas, "em agradecimento", como moeda de troca eleitoral, embora este procedimento venha diminuindo por motivos econômicos de sobrevivência das próprias universidades. Tanto a Estácio quanto a UVA cumprem seu papel e não tem nenhuma culpa por isso, pois a convivência entre o ensino universitário público e privado é comum em todo o país.

* Entretanto, são mensalidades caras para o filho do trabalhador que fica privado de uma chance maior de ascensão social ao se graduar e obter melhores condições de entrar no mercado de trabalho. Existe também por parte destes últimos "visionários administradores" um certo medo da politização e senso crítico que traz um ambiente universitário de caráter público.
É primordial para a cidade buscar a atração de um polo universitário público e socialmente referenciado, mas tem que ser uma ação séria, discutida com a comunidade escolar e com a população para que se estabeleça os cursos adequados as necessidades de nossa cidade e região.


* A política de segurança pública do governo Cabral "começa a fazer água" ao mostrar o seu caráter simplista e reducionista de ocupar as comunidades pobres com tráfico de drogas presente, apenas baseada na repressão policial violenta e sem os contrapontos compensatórios de outras políticas sociais. As ações violentas dos bandidos matando e ferindo vários polícias, incendiando as sedes das UPP's e também as inúmeras mortes e desaparecimentos de pessoas da comunidade, fruto da ação policial ao arrepio da lei, desnudam este quadro. O jornalista Milton Temer, via face, faz uma precisa análise do tema:
"Se alguma dúvida havia quanto à falências de uma política de segurança do governo Cabralfilho, ela acaba com esse reconhecimento de incapacidade no exercício de defesa da cidadania. A não ser, é claro, para aqueles que acreditam que a razão de todos os males do Rio está na existência de uma população pobre, vivendo em comunidades precárias, onde o governo tem que registrar presença presença através de ações repressivas com alto índice de violência indiscriminada. Afinal, senso comum imbecil também é sintoma de definição de uma sociedade, e estão aí algumas cabeças coroadas da crônica mundana dos jornalões para comprovar isso.
Um governo que tem Julio Lopes como secretário de transportes - e todos sabemos o papel que o dito exerce, não como controlador, mas, como advogado incondicional dos concessionários em sua área (supervia, metro, barcas), a despeito de todas as irregularidades constantemente cometidas, e agora premiadas com um aumento de tarifa, para saber o que isso significa.
Um governo que navegou na maionese de Cavendish e Eike Batista, com tudo o que isso implicou em compartilhar tenebrosas transações, e que agora recorre ao governo da União pedindo a intervenção inconstitucional e inaceitável das forças armadas na ocupação da cidade; esse governo não merece outra coisa que o desprezo e um processo de impeachment.
Um processo de impeachment, senão pelos processos legislativos, pelo menos pela dignidade de uma cidadania ultrajada em seu momento de colocar o voto na urna que vai eleger um novo governante e a nova presidente da República.
Presidente da República, a ser mantida a atual, como revelam as pesquisas não merecendo tratamento de menor rejeição, principalmente se aceitar as demandas de Cabralfilho para mais essa afirmação de violência discriminatória contra as favelas e comunidades carentes das obrigações políticas e sociais que seu desgoverno não cumpre, a não ser quando pretenda produzir factóides para usar em propaganda enganosa na Tv.
Forças Armadas são instrumento de defesa da soberania nacional contra a intervenção estrangeira. Recolocá-las na substituição das polícias - e para uma política repressiva indigna - é celebrar o golpe de 64, restabelecendo o conceito de “inimigo interno” da famigerada Lei de Segurança Nacional, instrumento simbólico do período ditatorial que, hoje, todos dizem abominar. Inclusive alguns dos que dele se locupletaram e sempre cobriram de apoio ostensivo"

* Detalhe para você pensar : Tem vários políticos nesta cidade, como Marcos Mendes e Janio Mendes, que defendem este governo e todo este descalabro de forma incondicional. Em 2014 vão pedir o seu voto para a manutenção desta ordem estabelecida !!


* A recente pesquisa Ibope para a eleição presidencial mostra um quadro que vem se consolidando já a algum tempo. Marca a liderança folgada de Dilma frente aos demais. Historicamente no Brasil quem tem o domínio da máquina publica se reelege numa proporção de 80% dos casos. O uso descarado da máquina favorece as mais estapafúrdias alianças e compra votos e consciências. Isto se repete nas três esferas de poder: federal, estadual e municipal. Caso não ocorra nenhum fato novo, penso que dificilmente Dilma deixará de vencer a eleição. Entretanto, eleição não é matemática e o imponderável pode ocorrer e embaralhar o quadro.

* Um fato que chama a atenção nesta pesquisa é a enorme quantidade de pessoas que vão votar nulo ou ainda não sabem em quem irão votar, 24% e 12%, respectivamente. É um contingente enorme e que mostra a insatisfação da população com o ambiente político, trazendo uma carga de negatividade na sua representação. Vivenciamos uma política dominada pelo poder econômico e manipulada pela grande mídia que não dá espaços para partidos pequenos com propostas alternativas que confrontem o "status quo" estabelecido, fazendo com que o cidadão comum, aquele que não acompanha o cotidiano das ações políticas, não consiga enxergar estas vias alternativas.
O "sistema" se fecha naqueles candidatos "das melhorazinhas", que não pretendem fazer nenhuma reforma estrutural neste país, mantendo o privilégio de nossas seculares elites dirigentes.

* Tenho dito: É preciso ousar para fazer mudanças com uma certa radicalidade, não no sentido pejorativo que dão a palavra, mas no sentido de mudança pela raiz, em função dos problemas crônicos que afligem a população há décadas. É preciso ter a coragem necessária e assumir os riscos e a responsabilidade por essa ação. O povo precisa "perder o medo" do novo, abrir mão daquele conservadorismo preguiçoso que não tem trazido avanços significativos para resolver a profunda desigualdade social que existe neste país.
"Nada deve parecer impossível de mudar", já dia Bertolt Brecht no século passado.


* Toda esta insatisfação e indignação servem de "caldo de cultura" para o voto nulo como forma de protesto. É um tema polêmico, pois democraticamente, o cidadão tem todo o direito de rejeitar as alternativas que são propostas como candidatas.
Mas é inegável que o voto nulo não muda nada, pelo contrário, acaba favorecendo aqueles políticos que já estão estabelecidos no poder, que através de seu poderio econômico, podem massificar suas campanhas e obter os votos dos não esclarecidos, utilizando-se, inclusive, de todos aqueles meios escusos que sabemos. O voto nulo não anula a eleição. O que vale, em qualquer proporção, são os votos válidos.

* O voto nulo, na maioria das vezes, vem acompanhado de um raciocínio generalizante que político é tudo igual e que partidos políticos representam a mesma coisa, o que não é verdade. Toda generalização em qualquer área, inclusive na política, é injusta e equivocada. As pesquisas mostram que a maioria dos que anula o voto são cidadãos com formação escolar e cidadania acima da média e com informações da atualidade.
Daí pode se concluir que com um pouco mais de critério e senso crítico, o voto consciente pode obter avanços na representação política, principalmente nos legislativos que são, em tese, as "Casas do Povo".
As últimas eleições que também foram recheadas de votos brancos e nulos, não produziram nenhuma mudança efetiva e nem podem ser encaradas como um protesto, porque não trouxeram resultados práticos. Muita gente "ruim" se elegeu na força do poder econômico em cima daqueles mais humildes e sem formação cidadã, que nesta época, são fortemente pressionados pelo "jogo sujo" da política.

* Fica a pergunta: "Lavar as mãos", se omitir e não participar do processo eleitoral através do voto é o caminho para mudar esta realidade?

* Sempre é bom lembrar que muitos "deram o sangue" no passado para obtermos este direito de interferir na vida política do país.
Acertar e errar faz parte do processo. Não está escrito na testa de nenhuma "cara nova" que ela respeitará nossa escolha, mas também há inúmeras formas de minimizarmos os riscos de erro. Por exemplo : Votar numa "cara nova" ligada e "bancada" por velhos caciques da política não é sinal de renovação.
Uma análise criteriosa do posicionamento político de cada um, o que diz, o que escreve, se tem ficha limpa, se tem independência, além de outros critérios peculiares a cada cargo, pode fazer a diferença e produzir avanços.
A resposta da pergunta acima está dentro de cada um de nós !!!


* Por falar em formas de votar, participe da nossa enquete:

COMO VOCÊ VAI VOTAR EM 2014 ?

Expresse sua opinião.
Faço o seu comentário.


* Daqui a pouco as rapidinhas ................

4 comentários :

  1. Leitão, lembra do Collor, ele era o novo e o povo se furnicou. É muito dificil acreditar em um pessoa nos dias de hoje.
    Mauro.

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    1. Meu caro, o Collor não era novo coisa nenhuma. Era filho de uma elite coronelista de Alagoas. Quem acompanha a política sabia disso. A Globo o projetou e "formatou" uma nova imagem para ele que iludiu milhões de brasileiros, daí o cuidado com a mídia.

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  2. Conversa fiada. Se 50% + 1 dos eleitores anularem ou votarem em branco, as eleições são canceladas. Abre-se uma nova eleição com outros candidatos. Os rejeitados ficam sem inelegíveis.

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    1. Não meu caro anônimo, você está equivocado. Verifique a legislação junto ao TSE que você verá que a minha afirmação é verdadeira. Jogue no google para te facilitar a pesquisa.

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