NOTÍCIAS, OPINIÕES E FATOS

* Pesquisa recente apontou que a saúde é a área de maior queixa da população de Cabo Frio. Com a queda da arrecadação o quadro está dramático. O fechamento da UPA, a falta de remédios e insumos básicos nos hospitais e postos de saúde,a dificuldade de realização de exames, inclusive os mais simples, a falta de profissionais da saúde em número suficiente para atender a população e a incompetência e má vontade política na gestão são fatos incontestáveis. O dever de casa eles até sabem, mas não o fazem por motivos diversos, principalmente pelos interesses privatistas e pelas possibilidades do assistencialismo em troca de votos.

* Investir prioritariamente na saúde básica, através do Programa Estratégia Saúde da Família, as ESF's. Cobrir 100% do município com os postos de UBS - Unidade Básica de Saúde. Tratar e prevenir as doenças crônicas ou de base, visando reduzir as demandas emergenciais que geram maiores custos ao município. Estes postos precisam estar informatizados e preparados para que ali sejam feitas as marcações de consultas e o atendimento multidisciplinar preventivo, eliminando esta famigerada Central de Marcação de Consultas que nunca vai funcionar adequadamente, pois é um erro conceitual na área.

* Construir uma estrutura própria, principalmente um Centro de Diagnóstico por Imagem e um Centro Ortopédico Municipal. Equipar os hospitais com UTI's próprias, uma Cardiológica, uma Pediátrica e uma Neo-Natal, que podem ser adquiridas por financiamento de longo prazo, reduzindo as terceirizações apenas aos exames de maior complexidade. São todas medidas imperativas.

* Acabar com a farra do assistencialismo e do derrame de recursos públicos para a iniciativa privada é possível, factível e viável, basta fechar os ralos da corrupção, fazer uma gestão técnica e competente, ter vontade política e espírito público de verdade. É um processo que precisa começar logo e que a médio prazo mudará a face da saúde do município.

* São lamentáveis as denúncias que chegam sobre a atual situação do Canil Municipal de Cabo Frio. As instalações inadequadas para cuidar dos animais e a falta de ração são as principais queixas dos protetores de animais. Tem várias campanhas de ajuda e doações rolando no face e outras redes sociais.

* Há um tempo atrás a prefeitura prometeu uma obra saneadora no Canil, mas novamente não cumpriu. Várias promessas já foram feitas neste sentido. O Canil vem sendo mau cuidado desde o governo de triste memória de Marcos Mendes.

* Impressiona também a quantidade de animais abandonados pelas ruas da cidade, principalmente cães e gatos. Tem alguns que tem aparência de estarem bem cuidados, sinalizando abandono recente. Como pode uma pessoa ter o convívio com o animal em sua casa, receber dele carinho e amor descompromissado e realizar um ato tão vil de abandonar ao acaso o seu animal de estimação ?

* Abaixo vai a minha "turminha". O labrador Lenin, homenagem óbvia, um cão carinhoso e alegre, mas problemático porque sofre de alergias diversas, inclusive de natureza alimentar. Sempre está exigindo um cuidado especial.

* Estes são o gato preto Bertoldo, homenagem a Bertolt Brecht, uma gato levado, folgado e brincalhão. A outra é a gata malhada Frida, homenagem a Frida Kallo, uma gata manhosa, comilona e preguiçosa.

* É necessário que a cidade tenha uma política pública especifica para esta situação. É um caso inclusive de saúde pública, em função das zoonoses que podem ser transmitidas. É preciso recuperar o Canil Municipal e implantar uma pequena clínica veterinária pública para atendimento e castração.

* Este papo de que a crise não deixa é para "boi dormir". Administraram mal a "fartura" e na primeira queda de arrecadação mergulharam a cidade, aí sim, numa "crise de gestão" que serve de desculpa para não realizar nada. Mas o que esperar de governos que estão aí há 20 anos e que não trataram decentemente da saúde da população. Como vão ter sensibilidade para cuidar dos animais abandonados ?

* Em assembleia realizada ontem, os profissionais da educação de Cabo Frio votaram pela manutenção da greve. Suspenderam a ocupação e o acampamento em frente a prefeitura e saíram em passeata pela cidade, no trajeto compreendido entre a sede da prefeitura e a Ponte Feliciano Sodré. Ali foi realizado um ato de protesto, pois apesar do pagamento dos salários com mais de 15 dias de atraso, restam ainda pendentes outros direitos.

* Um impasse está criado. O governo em sua postura arrogante e autoritária não recebe a direção do sindicato para negociar e os professores, evidentemente, não podem abrir mão de suas justas reivindicações. É impressionante a falta de sensibilidade social deste "novo" velho governo Alair. Isso sem falar do claro descumprimento de leis trabalhistas.

* Para completar, com um pouco de humor diante do terror, os professores resolveram criar um bloco de carnaval denominado "Alair pede para sair. Sem negociação, não há solução", que vai ter a seguinte marchinha:

Explode meu cartão
Meu talão
Isso é maldade
A culpa é do Alair
Que o povo pede pra sair dessa cidade

Lá vou eu
Riala pros amigos
Mas eu não sou não
Sou mais um trabalhador
Vou chegar em fevereiro
Como o maior devedor

O Lanche do Operário
O genro até que gostou
O Córrego é Rico
O bucho é ouro
Isso não pode não
Alair é a vergonha da nação

Quero pagar minhas contas
Eu vou
Prefeito é muito covarde
Surtou
A culpa sempre é do hacker
Isso não vale
Vai com seus genros bem pra longe da cidade.

* Agora é seguir o bloco e manter a luta viva durante a folia !!

* Eu sou um atento observador das redes sociais na internet. Acho que é um dos grandes movimentos de comunicação de massas no mundo. A velocidade com que a informação circula é impressionante. O Brasil está entre os cinco países com maior número de assinantes no facebook, talvez o mais importante veículo das redes sociais. Os blogs também ganharam uma dimensão muito maior. Tem blogs mais lidos do que jornais.

* Discute-se de tudo, de religião a política. Posta-se de tudo, inclusive vídeos íntimos. Tem mensagens e várias notícias positivas, mas tem também muita agressão verbal e atitudes de ódio e intolerância. No fim, acaba sendo representativo do que tem de bom e ruim em nossa sociedade.

* No campo político começa a ser percebida como um ótimo instrumento de propaganda pessoal, partidária e institucional. Entretanto, funciona muitas vezes como “uma faca de dois gumes”, pois quando a informação postada é falsa e enganadora, o retorno negativo é devastador para o político.

* Muitos já ganharam eleição com uma ajuda importante da internet. O exemplo mais evidente foi o de Barak Obama nos EUA. Muitos já perderam muitos votos a partir de veiculação de notícias pela internet.

* Aqui no Brasil também cresceu muito o uso político das redes sociais. Existem verdadeiros “exércitos de gente” conectada fazendo propaganda e batendo nos adversários. É uma “guerra” muito louca, as vezes leal e as vezes nem tanto. Atinge a todas as classes sociais, embora os efeitos das informações tenham impactos, interesses e interpretações diferentes.

* Este ano com a redução do tempo de campanha eleitoral, tanto nas ruas quanto nas TV’s e rádios, ganhará uma importância ainda maior. Batalhas de informações serão travadas pelas redes sociais. Hoje, até doações podem ser feitas via internet. O seu poder de informação e convencimento chegou para ficar. Devemos todos ficar atentos.

* Reforma na Previdência para quem?
Especialistas afirmam que estabelecer idade mínima para aposentadoria é desnecessária e injusta: sistema opera com superávit e mudança prejudica quem começou a trabalhar mais cedo.

São Paulo – "Não precisa de reforma na Previdência, mas se o governo acha que politicamente tem que dar resposta ao mercado e fazer reforma, que faça, mas que não dê a justificativa que é por falta de recurso, porque a Previdência tem superávit." A afirmação é professora e pesquisadora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Gentil.
Ela sustenta que o cálculo do déficit previdenciário do governo e divulgado pela mídia não está correto, e sob um argumento difícil de refutar, já que se baseia na Constituição Federal. O artigo 195 determina as fontes de receita do sistema de seguridade social, que além da Previdência abrange o Sistema Único de Saúde e os programas sociais, como o Bolsa Família. Segundo o artigo 195, são quatro as fontes de receita para a seguridade social: tributações sobre a folha salarial, sobre o faturamento e lucro das empresas, sobre as importações e sobre as receitas de concursos de prognósticos (as loterias).
"O governo isola e retira a Previdência de dentro desse sistema de seguridade social, pega uma só fonte de receita, que é a tributação sobre a folha de pagamento e faz a conta 'receita menos despesa', que dá déficit, mas esse cálculo não está previsto na Constituição Federal", reforça.
Segundo Denise, se for calculado como rege a Constituição, o sistema de seguridade social como um todo apresentou superávit de R$ 56 bilhões em 2014.

* Idade mínima

Para Rosa Maria Marques, professora titular de economia da PUC São Paulo, a discussão sobre a introdução de idade mínima para aposentadoria se dá porque a população brasileira está envelhecendo, e isso pode criar um problema financeiro, caso não se altere nada. Mas ela salienta que a idade já é considerada, tanto no fator previdenciário – criado na gestão de Fernando Henrique Cardoso e que diminui o valor das pensões por tempo de contribuição – quanto na fórmula 85/95. O que está sendo pensando, no entanto, vai além disso: a introdução de uma idade mínima igual para todos.
"A discussão da idade mínima não é a solução mais adequada, porque prejudica quem entrou no mercado de trabalho mais cedo. Além disso, se a realidade mudou, por que não se pensar em outros tipos de contribuição, taxando o capital financeiro, por exemplo?"
A professora da PUC ressalta ainda que por meio do mecanismo chamado Desvinculação de Receitas da União (DRU), cerca de 20% do orçamento da seguridade social são destinados para outros fins, sobretudo para o pagamento dos juros da dívida pública. O governo pretende aumentar para 30% esse montante. Rosa ainda alerta para o fato de que setores políticos, sobretudo dentro do PMDB e do PSDB, pretendem a total desvinculação dos recursos destinados à seguridade social.
Para ela, o mais justo é manter a combinação entre idade e tempo de contribuição, como ocorre atualmente, com a fórmula 85/95.

Pilares

A Previdência Social do Brasil completa 93 anos e é, atualmente, uma das principais indutoras do combate à desigualdade no país.
Entre 2001 e 2012, o total de benefícios diretos do segmento urbano cresceu 48% (passando de 11,6 milhões para 17,2 milhões de beneficiários), enquanto na Previdência Rural o acréscimo foi de 38% (de 6,3 milhões para 8,7 milhões). Segundo a Pnad (Pesquisa por Amostra de Domicílio) de 2001, do IBGE, para cada beneficiário direto há 2,5 indiretos (membros da família). Em 2012, a Previdência Social beneficiou, direta e indiretamente, mais de 90 milhões de brasileiros.
A maior parte desses benefícios corresponde ao piso do salário mínimo. Em dezembro de 2012, 46% dos benefícios pagos aos segurados urbanos (7,9 milhões de beneficiários diretos) e a totalidade paga aos rurais (8,7 milhões) tinham valor equivalente ao piso. A expressiva política de valorização do salário mínimo elevou a renda desse contingente em mais de 70% acima da inflação.
Os dados da Pnad 2011 revelam que 82,1% dos idosos brasileiros estavam protegidos pela Previdência Social (a média dos países da América Latina gira em torno de 30% da sua população).
Estudos do Ipea mostram ainda que, entre 2001 e 2011, a Previdência Social contribuiu com 17% para a queda da desigualdade medida pelo índice de Gini. No entanto, no subperíodo 2009-2011, pela primeira vez, os rendimentos da Previdência apresentaram a maior contribuição (55%) para a queda da desigualdade, superior à contribuição do mercado de trabalho (Ipea, 2012).

* Fonte: Rede Brasil Atual

SESSÃO DESABAFO

* Será sempre um post de desabafo sobre qualquer assunto publicado pelos internautas através das redes sociais. Nesta oportunidade, um comentário postado no blog pelo Cesar Mondaini Coutinho:

"Dispersar os votos conscientes sempre foi uma estratégia de governantes, o que não é ilegal, mas manter o povo desinformado e faminto isso sim é ilegal, é imoral e não engorda.
Subjugar pessoas condenando-as à miséria, à fome e ao abandono é desumano, cruel e torpe.
Mantidos assim, o voto dessa parte da população é um voto de gratidão àquele último que lhes matar a última fome antes das eleições. Mantê-los assim faz parte da tática eleitoral mais suja e nojenta de que se tem notícia, pois são presas fáceis de políticos predadores que fomentam o assistencialismo e o clientelismo, fornecendo-lhes alimentos, remédios e subempregos. É, pois, uma prática vil e mórbida de "arrebanhar" votos, sobretudo aqueles de última hora.
De nada adianta as pessoas acharem este ou aquele político gente boa, legal, certinho e que fala tudo o que se quer ouvir, se seus votos vão afinal para a escória da política."

UMA PITADA DE MARX".

* Continuidade também do espaço destinado a aqueles que acreditam no socialismo. Sempre buscando uma forma resumida de explicar sua teoria, lembrando sempre aos "apressados" que devem considerar o "homem no seu tempo" !

Karl Marx nasceu em 5 de Maio de 1818 em Trier, (Prússia renana). O pai, advogado israelita, converteu-se em 1824 ao protestantismo. A família, abastada e culta, não era revolucionária. Depois de ter terminado os seus estudos no liceu de Trier, Marx entrou na Universidade de Bonn e depois na de Berlim, ali estudou direito, e sobretudo, história e filosofia. Marx desenvolveu numa série de trabalhos históricos a sua teoria materialista, dedicando-se sobretudo, ao estudo da economia política. Revolucionou esta ciência nas suas obras Contribuição para a Crítica da Economia Política (1859) e O Capital (1867). Em 14 de Março de 1883, Marx adormecia pacificamente na sua poltrona para o último sono.

MARX POR DAVID HARVEY

Harvey fala o seguinte para explicar este parágrafo de Marx, que é sua primeira citação à luta de classes em O Capital:

"A aceitação, por ambos os lados, de uma noção de "direitos" é uma declaração de fato que diz respeito à hegemonia das noções burguesas de direitos. Marx, porém, mostra imediatamente que o problema da duração da jornada de trabalho não pode ser resolvido com um apelo a direitos, às leis e legalidades da troca (um argumento paralelo a seu ataque contra o conceito proudhoniano de justiça eterna). Questões deste tipo só podem ser resolvidas por meio da luta de classes, na qual a "força" decide entre "direitos iguais". Essa descoberta tem ramificações no entendimento da política do capitalismo contemporâneo. Em tempos recentes, houve um aumento considerável de rights talk [conversas sobre direitos] e investiu-se uma quantidade enorme de energia na ideia de que a promoção de direitos humanos individuais é um caminho para moldar um sistema capitalista mais humano. O que Marx mostra aqui é que muitas questões importantes, postas em termos de direitos, não podem ser resolvidas se não forem reformuladas em termos de luta de classes. A Anistia Internacional, por exemplo, lida suficientemente bem com direitos políticos e civis, mas tem dificuldade para estender seus interesses à esfera dos direitos econômicos, porque não há como resolvê-los sem tomar partido, ou a favor do capital, ou a favor do trabalho. Percebemos aqui o cerne do argumento de Marx. Não há como julgar "imparcialmente" entre direitos iguais (ambos com a chancela da lei da troca). A única coisa que podemos fazer é lutar pelo nosso lado do argumento. Por isso, esse capítulo termina com uma observação bastante cética sobre um "pomposo catálogo dos 'direitos humanos inalienáveis'", em oposição ao que podemos conseguir com a luta de classes."

Referência: HARVEY, David. Para entender O Capital: livro 1. São Paulo: Boitempo, 2013. p. 137-138

"Para Entender O Capital", de David Harvey, disponível para download em nosso grupo:https://www.facebook.com/groups/557711580977919/865180453564362/

HUMOR DA HORA

* Sempre uma "tirada" bem humorada e inteligente satirizando o cotidiano, a política e a sociedade.
Na continuidade, mais uma do impagável José Simão:

"São Paulo parece a capital do Líbano: Maluf, Kassab, Haddad, Skaf, Alckmin e o Sírio Libanês!"


* Mais tarde um novo texto sobre o momento político nacional e municipal !!