RAZÕES PARA CONTINUAR NA
MILITÂNCIA POLÍTICA
Alguns amigos e familiares me perguntam do por que insistir na
militância política por um partido pequeno, de esquerda e socialista, que tem a
pretensa proposta de romper com o modelo vigente, dada as condições pragmáticas
e pouco republicanas de se fazer política nos dias de hoje. Alegam também que a
população de uma maneira geral coloca todo mundo que participa do ambiente
político na vala comum e não reconhece nessa “geléia geral” pessoas que
realmente pretendem defender verdadeiramente o interesse público e coletivo. A
resposta que dou é sempre inspirada numa frase de um cidadão chamado Frei
Betto: “Posso não ficar para a colheita,
mas insisto em morrer semente.”
Este é o sentimento que me move. Compreendo a dificuldade da população
em acreditar que possa ter pessoas bem intencionadas participando do
enfrentamento político. Há várias pessoas sérias na luta política dando exemplo
todo dia. A grande mídia divulga pouco estas pessoas, por isso, requer por parte
dos cidadãos um esforço maior em busca destas informações. Há também pessoas
que preferem a crítica fácil, de que todos são iguais sem ter a mínima vontade
de antes de emitirem pareceres gerais se aprofundarem um pouco na análise e
conhecimento do histórico do postulante a cargo público eletivo. Toda
generalização é tremendamente reducionista e injusta.
Outros tentam ridicularizar tal militância, entendendo que só deve
participar do jogo político quem tiver a certeza de uma boa votação, reduzindo
o conteúdo político apenas a questão eleitoral. Não reconhecem que a provocação
de um debate mais amplo de temas pode favorecer e contribuir para a elevação da
cidadania e do nível de informação da sociedade. Se individualmente cada um acreditar a transformação coletiva acontece.
Exerço militância política por motivação
ideológica e movida por um profundo desejo de mudanças que possam alterar esta
triste realidade política que vivemos. A grande maioria das minhas demandas são
coletivas. Não vejo cargo público como profissão ou carreira e não dependo dele
para sobreviver. Falo isso para aqueles que me criticam sem me conhecer. Falo
isso para aqueles que querem me igualar a essas quadrilhas políticas, nas quais
eles costumam votar e reclamar depois.
Alguns me chamam de radical porque o PSOL não age pragmaticamente,
através das coligações de praxe para ter mais chances eleitorais. A vitória destas "alianças" representa a derrota de toda sociedade. Os fatos
sociais e políticos presentes no nosso dia a dia atestam isso.
São muros altos que normalmente fazem muitos desistirem. Tenho
presenciado a capitulação de vários companheiros nesta luta. Lamento muito
estas perdas, entretanto, quero dizer a estas pessoas que tais muros e
dificuldades jamais me impediram de continuar minha luta por mudanças. Quer
acreditem ou não vão me encontrar participando da vida política da cidade que
escolhi para viver, independente das “armas e instrumentos” que estiverem
disponíveis para esta atuação.
Resultados negativos sob o ponto de vista eleitoral não vão me abater.
Gozações, piadinhas, maledicências, calunias e mentiras, menos ainda. Não tenho pretensão de
realização pessoal na política. Repito: o que me move é o sentimento coletivo.
Se quisesse trilhar um caminho fácil e convites não faltaram para isso,
não estaria no PSOL, na trincheira de luta ao lado dos trabalhadores. Cargo
público para mim tem que estar associado a um processo de avanços e
transformações que possam trazer melhoras para a sociedade de maneira geral,
mas preferencialmente ao conjunto da classe trabalhadora.
Não me vejo militando na estrutura conservadora dos grandes partidos,
onde a subserviência à manutenção do status quo é total. Eles não querem mudar nada. Prometem e não
cumprem. A população “anestesiada”, os reelegem para mandatos sucessivos de
obediência ao grande capital e interesses privados. Isto sem contar os inúmeros
casos de corrupção e desvios de dinheiro público.
O eleitor é co-responsável por
tudo isso e não pode ser paternalizado. Grande parte dos que reclamam, votam
sistematicamente no político corrupto e seu respectivo grupo ou quadrilha. A
falta de consciência política aliada à deficiência na formação escolar e da
cidadania contribui para a manutenção deste quadro dantesco que compromete
nosso futuro como também de nossos filhos e netos.
Não vejo nos nomes que venceram
as últimas eleições nenhuma sumidade. Pelo contrário, alguns são contumazes
frequentadores de tribunais por desvios éticos e de malversação do dinheiro
público. Alguns estão envolvidos em escândalos de corrupção recentes. Outros
votam sistematicamente contra demandas legítimas dos trabalhadores. Estou
pronto para debater com qualquer um deles, em qualquer lugar e sobre qualquer tema.
Vivemos dias difíceis, de divisões e intolerâncias, tempos de análises generalizantes, tempos de
conformismos e de opiniões que pregam que não adianta enfrentar o “sistema”
porque ele é forte demais e está enraizado na sociedade. Análises que dizem que não adianta abrir as
“porteiras” porque o gado e as ovelhas não querem sair. Gente que afirma com uma certeza absoluta que
quem se manifesta e luta é baderneiro e está lá porque recebe dinheiro de
“subversivos”.
Voltando a frase do Frei Betto, alegra-me saber que já deixei algumas
sementes. Na minha família e filhos, no
sindicato regional da minha categoria profissional que fundei e dirigi, na
federação nacional que fui presidente, no partido que ajudei a fundar em Cabo
Frio e que vai formando novas lideranças e também em algumas pessoas que ajudei
e encaminhei.
Espero também deixar alguma semente no campo político. Voltei até a
estudar, me formando em História na Universidade Estácio de Sá, e em breve,
estarei exercendo o Magistério, realizando um antigo sonho.
Por todas estas coisas me recuso a abandonar meus sonhos e minhas
utopias a despeito da opinião e da descrença de muitos. Por todas essas coisas estarei participando do
processo eleitoral em 2016, atendendo a
um chamado do partido, da nossa militância e até de muitas pessoas que
acreditam em meus propósitos. Sou
novamente pré-candidato a prefeito pelo PSOL.
Vamos a luta com as “armas e ferramentas” possíveis para o bom combate,
apesar de enfrentarmos uma conjuntura política desfavorável, onde o poder
econômico domina, compra votos e consciências, reduzindo as possibilidades de
avanços e mudanças no campo político. Já
dizia Gramsci no século passado: “Pessimismo da razão, mas otimismo e prática
da vontade”.
Quem está satisfeito com o quadro político deve manter os mesmos no
poder, mas quem não está, tem que ter a coragem e a ousadia dos fortes para
renovar, assumindo os riscos e as
responsabilidades que o atual momento requer.
Anular o voto e se omitir neste processo vai ajudar a manter este modelo ou este “velho
esquemão quadrilheiro” que oprime os
trabalhadores e os excluídos da cidade.
"Aquele que não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o futuro que vier."
Autor desconhecido
Cláudio Leitão é economista, professor de história e membro da
executiva municipal do PSOL em Cabo Frio.
Vai fundo Leitão, é dificil mas não impossivel. Esses políticos mais antigos tão todo comprometidos. Apareça mais, vá nos bairros mais afastados, converse com as pessoas mais pobres que precisam de mais informações. Tamo junto !
ResponderExcluirValeu a força. Vamos melhorar estas ações !!
ExcluirBelo desabafo leitão. A luta do Psol vem frutificando em todo o Brasil. Foi o partido que mais cresceu proporcionalmente em filiações. A cada eleição elegemos mais vereadores e deputados, e agora está no hora de também crescermos nos cargos executivos. Surpresas boas surgirão esse ano. Como diz nosso amigo Temer, não o Michel, mas o grande jornalista militante Milton Temer: Luta que segue !!
ResponderExcluirPaulo Campos.
É isso aí meu caro, luta que segue !!
ExcluirE isso leitão,não desiste a cada dia q passa as pessoas vão se informando mais,não sou militante do psol,mas assim como eu ,mts veem a diferenca entre os candidatos do psol e dos outros partidos,segue firme nao desista.
ResponderExcluirObrigado meu caro pelas palavras de força e incentivo. Vamos seguir com certeza !!
ExcluirBLA BLA BLA, O QUE VOCE E O PSOL FIZERAM POR CABO FRIO. BLA BLA BLA.
ResponderExcluirVocê de novo ? então vamos lá.
ExcluirPrimeiro vou te responder com um trecho do texto:
Este é o sentimento que me move. Compreendo a dificuldade da população em acreditar que possa ter pessoas bem intencionadas participando do enfrentamento político. Há várias pessoas sérias na luta política dando exemplo todo dia. A grande mídia divulga pouco estas pessoas, por isso, requer por parte dos cidadãos um esforço maior em busca destas informações. Há também pessoas que preferem a crítica fácil, de que todos são iguais sem ter a mínima vontade de antes de emitirem pareceres gerais se aprofundarem um pouco na análise e conhecimento do histórico do postulante a cargo público eletivo. Toda generalização é tremendamente reducionista e injusta.
Segundo, antes de cobrar do PSOL que não tem nenhum mandato na cidade, cobre dos políticos que você elegeu. Alguns são notórios ladrões do dinheiro público e outros são omissos, por isso, vivemos o caos de hoje.
Vote no partido e depois cobre. No modelo político de hoje quem está fora da estrutura formal de poder contribui denunciando as mutretas e apontando outros caminhos e alternativas. É o que temos feito.
Leitao vc ainda perde tempo de responder essa anta,ele so pode ta de gozação,ta na cara q é pau mandado de MM ou AC.
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