* O início das aulas em Cabo Frio repete em 2015 o mesmo que acontece há 20 anos. Total falta de estrutura. Não é um problema apenas dos governos de Alair Correa, mas também dos 8 anos do ex-prefeito Marcos Mendes. Falta planejamento na alocação dos profissionais de educação, climatização das escolas, regularização da merenda escolar, além de várias outras ações e obras de infraestrutura que sempre ficam faltando, impedindo os professores, principalmente, de realizar um bom trabalho.
* É impressionante como estes fatos são repetitivos e revelam um total descaso com a Educação por parte destes "ditos experientes" administradores. Na verdade, são incompetentes e os fatos atestam isso. A grande experiência que eles tem é de frequentar as barras dos tribunais e as instâncias do Ministério Público. Neste caso, também as suas respectivas e longas "folha corrida" de processos não deixam dúvidas a razão.
* Mas como dizem alguns, a vida tem sempre um mas, grande parte da população não se importa com estas "pequenas falhas" e continua prestigiando estes "brilhantes" agentes públicos com o seu voto. Todos se merecem !!
* A desculpa e a forma como o prefeito Alair Correa e seus respectivos apoiadores e bajuladores explicam a recente condenação sofrida junto ao STJ por mais um processo de improbidade administrativa é reveladora do escárnio de como são tratadas as finanças públicas da cidade. Dizer que não é nada, é apenas "uma multazinha" é que não impede sua nova candidatura, comemorando que a decisão não contém possibilidade de inelegibilidade é zombar da cara de milhares de cabofrienses. Uma condenação, no mínimo, deveria ser motivo para um pedido de desculpas a população, mas aqui é comemorada com extrema arrogância como algo menor. É uma total inversão de valores, inclusive de natureza política. Novamente, grande parte da população não se importa, está preocupada apenas com os desvios em Brasília. Aqui é o "vale tudo". O ideal é ser esperto e ter bons advogados. Vamos acabar tendo pudor e vergonha de sermos honestos !!
* Um recado do Conselho Nacional de Justiça:
Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
Nepotismo é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. Em 18 de outubro de 2005, o CNJ editou a Resolução n. 7, que baniu práticas de nepotismo do Poder Judiciário brasileiro. Entenda melhor o que é nepotismo no Portal CNJ: http://bit.ly/1FurGAO.
* O nepotismo e as nomeações políticas de aliados pouco probos é um traço comum nas administrações da cidade nos últimos 20 anos e também nos quase 5.700 municípios do Brasil. Este atual "novo" velho governo, de fato, é campeão neste assunto. Entretanto, os segmentos políticos ligados ao ex-prefeito Marcos Mendes e seu neo-aliado deputado estadual Jânio Mendes, não tem nenhuma legitimidade para contestar tais práticas, visto que elas se repetiam de igual forma. É só lembrar e analisar a composição do governo anterior. A única vantagem era que a família do ex-prefeito Marquinhos é bem menor do que a do atual !!
* O inchaço da máquina pública é um dos entraves ao desenvolvimento do município e também responsável pela precarização das condições de trabalho dos verdadeiros funcionários públicos. Temos denunciado este fato, desde 2008 em todas as nossas participações em campanhas políticas e espaços de entrevistas e debates. Isto só reforça o argumento de que ambos são "farinhas do mesmo saco político" e as críticas pontuais de lado a lado, apenas representam "picuinhas" e interesses pessoais contrariados. Ninguém pode esquecer que caminharam juntos durante mais de 10 anos.
A nomeação de pessoas sem a devida qualificação técnica para integrar alguns postos chaves da administração pública determina a péssima qualidade das políticas públicas que vêm sendo apresentadas para a população nos últimos anos, principalmente,no turismo, na educação, saúde, habitação popular e políticas de geração de emprego e renda.
* Já dizia o ínclito Jose Sarney (ex-tudo na política): "Parente em governo sempre cria problema. Para o governo ou para o parente."
Este sabe tudo sobre nepotismo e apesar da frase nunca deixou de praticá-lo com maestria.
* Imagine se apenas 6 famílias controlassem toda a mídia televisiva no Brasil ?
Você acha que teríamos liberdade real de imprensa ?
Poderíamos chamar isso de liberdade de informação?
É claro que não. Pois é, isso é o que já acontece no Brasil hoje.
* As 6 famílias, Civita (Grupo Abril), Marinho (Grupo Globo), Frias (Grupo Folha), Saad (Grupo Bandeirantes), Abravanel (Grupo Silvio Santos) e Sirotsky (RBS), são os clãs que comandam o oligopólio midiático no Brasil. Segundo estudo concluído em 2005 pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), só os grupos Globo, SBT, Record, Bandeirantes, Rede TV e CNT controlam cerca de 80% do sistema brasileiro de televisão, e isso ocorre porque o Estado (em todos os governos, inclusive o PT) sempre privilegiou os mesmos grupos os presenteando com várias outorgas, ao invés de fiscaliza-los e distribuir melhor as concessões de radiodifusão.
* Dá pra dizer que isso é democrático?
Vivemos uma verdadeira ditadura na mídia, onde algumas famílias decidem a linha editorial, cultural e política de tudo o que vemos na TV. Isso acontece porque não há, no Brasil, nenhuma lei que regulamente nosso sistema de radiodifusão, distribuindo melhor essas concessões, para impedir esse tipo de monopólio e tornar a mídia mais democrática. Isso jamais pode ser confundido com censura, é democratização.
* A concentração dos meios de comunicação impede a diversidade informativa e cultural e afeta a democracia. O controle remoto em si não dá liberdade se do outro lado não houver pluralidade. Pensando em mudar essa situação, entidades da sociedade civil e dos movimentos sociais se organizaram para encaminhar um Projeto de Iniciativa Popular pela Democratização das Comunicações, para estabelecer regras que inibam qualquer forma de concentração, regulamentando o artigo 220 da Constituição Federal, que proíbe monopólios e oligopólios diretos e indiretos. A marca de 1 milhão e 300 mil assinaturas colocará o projeto em debate no Congresso Nacional. Já foi obtido mais de 100 mil e agora o projeto poderá ser assinado pelo site oficial da campanha.
ASSINE!!
Se você apoia e quer que a mídia seja mais democrática, assine o projeto no link abaixo, compartilhe com seus amigos, converse sobre o tema com sua família e espalhe nas redes sociais. Vamos pressionar o Congresso Nacional a democratizar a comunicação em nosso país.
» http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/assina.php
#ParaExpressarALiberdade #DemocratizaJá #LeiDaMídiaDemocrática
* O patrocínio do ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, ao enredo de carnaval da Beija Flor, continua rendendo comentários diversos na grande mídia e redes sociais, inclusive no plano internacional. É uma situação diferente do que ocorre habitualmente no ambiente do samba carioca, onde o patrocínio as escolas em grande parte vem da contravenção. Não há termos de comparação entre o que ocorreu com a Beija Flor e as outras escolas, conforme querem provar as análises reducionistas. Este dinheiro que a Beija Flor recebeu de forma direta da fortuna pessoal de Obiang e não como patrocínio oficial do governo guineense, é dinheiro roubado da população da Guiné Equatorial, fruto da corrupção e opressão de seus mais de 900 mil habitantes. O IDH do país é o 144º do mundo.
* O valor doado equivale a cerca de 2.100 bilhões de francos guineenses e é superior ao que o ditador gastou em 10 anos no ensino público do pais. Não há justificativa plausível para aceitar uma doação desta natureza, a não ser a tradicional alienação do mundo do samba. Uma vergonha !!
Abaixo reproduzimos uma carta do escritor guineense Juan Tomás Ávila que vive atualmente exilado no México. Por delito de pensamento não pode viver livremente no seu país, a Guiné Equatorial, onde o presidente Teodor Obiang é ditador desde 1979. A Guiné Equatorial é uma antiga colónia espanhola na África Ocidental que se tornou independente em 1968 e desde então só conheceu dois presidentes: Francisco Nguema, um ditador que mandou matar milhares de opositores, e Teodor Obiang Nguema, o seu sobrinho, que o derrubou e matou.
Confira:
"Queridos cariocas:
Lemos através de certo meio de informação do Sudão do Sul que o ditador-presidente da Guiné Equatorial fez uma doação de USD 3,5 milhões a uma associação carnavalesca da vossa cidade, em concreto, à Beija-Flor. Uma doação tão oportuna que a afortunada associação carnavalesca arrecadou o primeiro prêmio.
Como engenheiro em letras que somos, os números representados não davam muita informação e resolvemos traduzi-los a francos CFA, a unidade monetária vigente no país que o mencionado ditador controla totalmente desde 3 de Agosto de 1979. Num câmbio rápido, USD 3.500.000×575=2.012.500.000 Francos CFA. Uma quantidade que, por agora, e como mostra do escândalo, superior ao que gastou o mesmo nos últimos dez anos no ensino médio e superior do seu país, que por coincidência é o mesmo dos equato-guineenses.
Como sabemos que em dez longos anos o sátrapa guineense não gastou essa quantidade no ensino médio e superior do seu país se não temos dados?
Porque no seu país apesar do medo aos números, para este caso não são precisos dados. Conhecemos o estado das escolas do país, sabemos que as bibliotecas da sua única universidade carecem de fundos bibliográficos e vimos como todas têm até falta de lâmpadas, que no seu país custam um dólar cada, tão somente um, e não cremos que seja barato, apenas acessível.
Das escolas primárias da Guiné Equatorial não falaremos porque, sinceramente, o aluvião de lágrimas que inundariam os nossos olhos nos impediriam de continuar a escrever.
E que coincidência impressionante que o clamor tenha aparecido, há bastantes meses, em torno do nome de um filho predileto do Brasil.
Se nesse artigo mencionamos o gosto doentio que todos os membros da família Obiang têm por rabos, entenderão os cariocas que há um intento escondido de debilitar a vossa muito colorida cultura, reduzindo-a a uma mostra de nalgas que põe em pé os abastados do mundo inteiro e aviva as paixões apagadas do mundo puritano. Não vamos fazê-lo.
Porém, temos de dizer duas coisas para que tenham ideia do furor que causa este acontecimento no corpo político do país: se o ditador-em-chefe tivesse dado uma quinta parte desse dinheiro a qualquer associação já teria sido um desperdício enorme. Saibam que aos jogos carnavalescos robustecidos pelo dinheiro guineense acudiu uma delegação de 30 membros, todos eles altos funcionários que não estavam de férias, encabeçada pelo segundo vice-presidente, a pessoa que, hoje, e por ser o filho mimado do casal governante, tem mais papéis para lhe suceder e assim perpetuar as desgraças que nos assaltam, sendo nós apenas uns 900 mil habitantes.
Então, não é a obsessão doentia que faz mover o ditador guineense, o que o faz mover é o espírito do mecenato de que fica possuído cada vez que vislumbra a possibilidade de ajudar os negros espalhados pelo mundo, esses negros que sofrem a pobreza e a opressão do mundo colonial, branco, racista e xenófobo. Houve aqui algum interesse em destacar o país onde lemos a notícia? Porque qualquer alma mais ingênua acreditaria que a entrega de um décimo do que a Guiné Equatorial gastou em danças seria suficiente para salvar centenas de vidas no maltratado Sudão do Sul, um país que também é de negros.
Francamente, cariocas, são as múltiplas necessidades das pessoas mais próximas de Obiang que fazem com que o fato de terem aceitado este patrocínio implica que para sempre tenham o vosso nome ligado a esta demência.
México DF, 19 de Fevereiro de 2015."
(Tradução de Antonio Rodrigues)
* É de arrepiar, ou não ?
* O Brasil vai enfrentar a Argentina pela primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis. A Davis é a mais importante competição entre países do tênis mundial. Tem grande tradição no esporte. Ao contrário do futebol, no tênis estamos em desvantagem frente aos hermanos. Em 11 jogos realizados a Argentina lidera por 9x2. O confronto será na casa do adversário, em quadras de saibro, nos dias 6, 7 e 8 de março. O canal Sportv vai transmitir os jogos.
* Desta vez o time brasileiro tem grandes chances de passar a segunda rodada, pois a Argentina vai para o confronto desfalcada dos seus dois principais jogadores na atualidade. Juan Martin Del Potro(top 10) contundido e Juan Mônaco em péssima forma física e técnica. O time argentino: Leonardo Mayer, Frederico Delbonis, Carlos Berlocq e Diego Schwartzman. Exceto Mayer, 26º do mundo, todos os outros possuem ranking comparável aos brasileiros.
* Time brasileiro: Thomas Bellucci (76º), João Souza, o Feijão (73º) e os dois duplistas top 20, Marcelo Melo e Bruno Soares. Nas duplas o Brasil é favoritíssimo. Vamos torcer !!
* Continuidade aqui no blog da "Sessão Desabafo" !!
Será sempre um post de desabafo sobre qualquer assunto publicado pelos internautas através das redes sociais. Nesta oportunidade, um comentário postado no face do jornalista Milton Temer:
"O Jornal das 6 da Globonews não informa sobre política. Faz avaliação de como está o apoio empresarial (só esses são ouvidos, junto com os consultores da especulação no "livre mercado") em relação à aprovação das propostas de Joaquim Levy.
Faz sentido.
GloboNews não informa. Faz campanha. Distorce o eixo do noticiário transformando seus repórteres (principalmente os medíocres da área econômica) em editorialistas auxiliares da linha emissora - pró austeridade severa e corte de investimentos públicos e consumo interno.
E ainda há quem defenda esses mequetrefes, exercendo tarefa ilegal em mídia que opera por concessão de direito público, em nome da liberdade de expressão. E está aí o governo lulopragmático a encher-lhes as burras, a despeito da campanha brutal contra a Petrobras, com a publicidade de estatais, garantidora dessa farsa jornalística."
* Continuidade também do espaço destinado a aqueles que acreditam no socialismo: "UMA PITADA DE MARX".
Sempre buscando uma forma resumida de explicar sua teoria, lembrando sempre aos "apressados" que devem considerar o "homem no seu tempo" !!
Karl Marx nasceu em 5 de Maio de 1818 em Trier, (Prússia renana). O pai, advogado, israelita, converteu-se em 1824 ao protestantismo. A família, abastada e culta, não era revolucionária. Depois de ter terminado os seus estudos no liceu de Trier, Marx entrou na Universidade de Bona e depois na de Berlim; aí estudou direito e, sobretudo história e filosofia. Em 1841 terminava o curso defendendo uma tese de doutoramento sobre a filosofia de Epicuro. Eram, então, as concepções de Marx as de um idealista hegeliano. Em Berlim, aderiu ao círculo dos “hegelianos de esquerda”(Bruno Bauer e outros) que procuravam tirar da filosofia de Hegel conclusões ateias e revolucionárias. Marx desenvolveu numa série de trabalhos históricos a sua teoria materialista, dedicando-se, sobretudo ao estudo da economia política. Revolucionou esta ciência, nas suas obras Contribuição para a Crítica da Economia Política (1859) e O Capital (1867). Em 14 de Março de 1883, Marx adormecia pacificamente, na sua poltrona, para o último sono.
ANTES, BURGUESIA E PROLETARIADO, AGORA, CAPITALISTAS E TRABALHADORES
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes.
Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.
Nas primeiras épocas históricas, verificamos, quase por toda parte, uma completa divisão da sociedade em classes distintas, uma escala graduada de condições sociais. Na Roma antiga encontramos patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média, senhores, vassalos, mestres, companheiros, servos; e, em quase que em cada uma destas classes, novas divisões hierárquicas.
A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não suplantou os velhos antagonismos de classe. Ela colocou no lugar novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta.
A descoberta da América e a circunavegação da África ofereceram à burguesia em ascensão um novo campo de ação. Os mercados da Índia e da China, a colonização da América, o comércio colonial, o incremento dos meios de troca e, em geral, das mercadorias imprimiram um impulso, desconhecido até então, ao comércio, à indústria, à navegação, e, por conseguinte, desenvolveram rapidamente o elemento revolucionário da sociedade feudal em decomposição.
A antiga organização feudal da indústria, em que esta era circunscrita a corporações fechadas, já não podia satisfazer às necessidades que cresciam com a abertura de novos mercados. A manufatura a substituiu. A pequena burguesia industrial suplantou os mestres das corporações; a divisão do trabalho entre as diferentes corporações desapareceu diante da divisão do trabalho dentro da própria oficina.
Vemos, pois, que a própria burguesia moderna é o produto de um longo processo de desenvolvimento, de uma série de revoluções no modo de produção e de troca. Cada etapa da evolução percorrida, pela burguesia era acompanhada de um progresso político correspondente. Classe oprimida pelo despotismo feudal, associação armada administrando-se a si própria na comuna; aqui, república urbana independente, ali, terceiro estado, tributário da monarquia; depois, durante o período manufatureiro, contrapeso da nobreza na monarquia feudal ou absoluta, pedra angular das grandes monarquias, a burguesia, desde o estabelecimento da grande indústria e do mercado mundial, conquistou, finalmente, a soberania política exclusiva no Estado representativo moderno. O governo moderno não é senão um comitê para gerir os negócios comuns de toda a classe burguesa.
A burguesia desempenhou na história um papel eminentemente revolucionário.
A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias.
Impelida pela necessidade de mercados sempre novos, a burguesia invade todo o globo. Necessita estabelecer-se em toda parte, explorar em toda parte e criar vínculos em toda parte. Pela exploração do mercado mundial a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reacionários, ela retirou à indústria sua base nacional. As velhas indústrias nacionais foram destruídas e continuam a sê-lo diariamente. São suplantadas por novas indústrias, cuja introdução se torna uma questão vital para todas as nações civilizadas, indústrias que não empregam mais matérias-primas autóctones, mas sim matérias-primas vindas das regiões mais distantes, e cujos produtos se consomem não somente no próprio país mas em todas as partes do globo. Em lugar das antigas necessidades, satisfeitas pelos produtos nacionais, nascem novas necessidades, que reclamam para sua satisfação os produtos das regiões mais longínquas e dos climas mais diversos. Em lugar do antigo isolamento de regiões e nações que se bastavam a si próprias, desenvolvem-se um intercâmbio universal, uma universal interdependência das nações. E isto se refere tanto à produção material como à produção intelectual.
A burguesia submeteu o campo à cidade. Criou grandes centros urbanos; aumentou prodigiosamente. a população das cidades em relação à dos campos e, com isso, arrancou uma grande parte da população do embrutecimento da vida rural. Do mesmo modo que subordinou o campo à cidade, os países bárbaros ou semi-bárbaros aos países civilizados, subordinou os povos camponeses aos povos burgueses, o Oriente ao Ocidente. A burguesia suprime cada vez mais a dispersão dos meios de produção, da propriedade e da população. Aglomerou as populações, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos. A consequência necessária dessas transformações foi a centralização política. Províncias independentes, apenas ligadas por débeis laços federativos, possuindo interesses, leis, governos e tarifas aduaneiras diferentes, foram reunidas em uma só nação, com um só governo, uma só lei, um só interesse nacional de classe, uma só barreira alfandegária.
Todos os movimentos históricos têm sido, até hoje, movimentos de minorias ou em proveito de minorias. O movimento proletário é o movimento independente da imensa maioria em proveito da imensa maioria. O proletariado, a camada inferior da sociedade atual, não pode erguer-se, por-se de pé, sem fazer saltar todos os estratos superpostos que constituem a sociedade oficial.
A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos dos particulares, a formação e o crescimento do capital a condição de existência do capital é o trabalho assalariado. Este baseia-se exclusivamente na concorrência dos operários entre si. O progresso da indústria de que a burguesia é agente passivo e inconsciente, substitui o isolamento dos operários, resultante de sua competição, por sua união revolucionária mediante a associação. Assim, o desenvolvimento da grande indústria socava o terreno em que a burguesia assentou o seu regime de produção e de apropriação dos produtos. A burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis.
* Mais tarde mais um texto polêmico sobre o atual momento político nacional !!
