* As eleições municipais serão realizadas em outubro de 2016, mas já tem pesquisas
circulando em Cabo Frio para todos os gostos e todos os preços. A maioria destas pesquisas tem caráter arrecadatório para a campanha, tentando
convencer os possíveis doadores da viabilidade de candidaturas. Outras
querem influir na cabeça do eleitor para mostrar "força política".
* Este bombardeio de pesquisas eleitorais disseminadas pela mídia e
também pelas redes sociais tem um claro objetivo de direcionar votos.
Influencia, principalmente, aquele eleitor que quer praticar o voto
útil. Atua também naquele eleitor despolitizado que quer votar "em quem
vai ganhar", achando que assim não "perde o seu voto". Não caia nesta esparrela !!
* Eleição não é disputa de campeonato e nem desfile de celebridades.
Aliás, tratar político como celebridade é um grande equívoco. Ele é um
servidor público que conseguiu seu cargo através do voto e deve ser
cobrado por suas ações. Ele não te substitui, ele te representa. Parece
uma sutil diferença, mas não é. É essencial que o eleitor compreenda
esta relação.
* Vote em quem possa te representar de verdade. Em quem tenha
similaridades e afinidades com as suas demandas. Um trabalhador não pode
votar num empresário rico. Ele tem interesses e demandas diferentes e
não vai representar as suas demandas de classe. Vote de acordo com sua
consciência e esqueça as pesquisas. Talvez o seu candidato escolhido não
vença agora, mas certamente seu voto vai fortalecer sua luta futura.
* A verdadeira pesquisa é você eleitor se manifestando na urna,
mostrando sua conformidade ou sua insatisfação com o que ocorre na
cidade. Não é difícil saber quem apoia o caos que está aí e quem luta
por mudanças. Basta um olhar atento ao presente e ao passado para que
você conclua quem está do seu lado e quem está te enganando com arroubos
neo-oposicionistas !!
* O clima das alianças políticas em Cabo Frio é de total "mistureba". Nas nominatas para a Câmara é cada candidato, já sendo vereador ou não, buscando um espaço político e trocando de partido sem nenhum critério, apenas visando o seu lado pessoal. Não se discute nenhum projeto para a cidade. Busca-se apenas qual a legenda que pode favorecer individualmente o candidato. Não importa mais nada, apenas a possibilidade de compor com outra candidatura qualquer, não importando quem são os membros do partido, se são fichas limpas ou não, ou até se defendem uma mesma visão de cidade.
* Nas alianças para a eleição majoritária, a prefeito da cidade, o quadro é ainda pior, pois a disputa é mais dura. O clima de vale tudo está imperando como sempre. Aí também não se discute a cidade. Combina-se a distribuição de cargos e benesses para compor alianças. Continua a velha prática do loteamento da máquina pública. Importa somente o projeto pessoal do candidato. A população é mero detalhe e para eles só serve para votar.
* Como mudar a política se você continua fazendo sempre a mesma coisa, votando em candidatos que são ora aliados e ora adversários, de acordo apenas com os interesses pessoais ou de grupos políticos ?
* Nós do PSOL estamos fora disso. Desde 2008 denunciamos este embuste. Não porque achamos que somos melhores que qualquer um, mas porque temos uma outra diretriz política e queremos um outro modelo de cidade, onde a transparência nas relações políticas sejam discutidas com a população. Não vamos compactuar com estas velhas práticas políticas que já mostraram seus efeitos nefastos para a cidade nas últimas duas décadas. O que acontece no plano federal, no governo Dilma e este embate com o PMDB, é outro exemplo que mostra o quanto isso é nocivo para a política e o quanto isso está afundando o município e o país.
* Coerência política e independência e ausência de rabo preso com a velhas amarras da política não são atitudes para qualquer um. A mudança tão esperada só virá com a ruptura deste quadro. Estamos nesta luta e já mostramos isso em campanhas anteriores. Anular o voto não vai resolver a questão. É preciso ousadia, coragem e assumir os riscos e a responsabilidade de buscar novas alternativas, fichas limpas e com pessoas preparadas, que queiram colocar a população como protagonista do processo político. É ela que decide e é ela, e somente ela, que pode mudar tudo isso.
* O ex-prefeito e agora deputado federal pelo PMDB( sic), Marquinhos
Mendes, faz parte de duas Comissões na Câmara dos Deputados:
Turismo e Transporte. Apesar de ele pouco comparecer a Casa será que ele vai aprender alguma coisa ?
* O turismo de massa implementado por ele e seu "mestre" Alair é uma
tragédia para a cidade.
* No transporte coletivo da cidade o seu legado é a
total submissão ao monopólio exercido pela Salineira, inclusive com
licitação fraudulenta contestada, mas que dorme nas gavetas da justiça.
Neste ponto também conta mais uma vez com a "solidariedade" do mestre
Alair Correa.
* E tem gente que continua acreditando que eles são "ferrenhos" adversários. É a tal piada pronta !!
* RECADO DO CNJ SOBRE NEPOTISMO.
Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
Nepotismo é um termo utilizado para designar o favorecimento de
parentes ou amigos próximos em detrimento de pessoas mais qualificadas,
geralmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. Em 18
de outubro de 2005, o CNJ editou a Resolução n. 7, que baniu
definitivamente as práticas de nepotismo do Poder Judiciário brasileiro.
A norma especifica os casos em que o favorecimento de parentes na
nomeação para cargos de provimento em comissão ou função gratificada
representam nepotismo, salvaguardando situações nas quais o exercício de
cargos públicos por servidores em situação de parentesco não viola a
impessoalidade administrativa, seja pela realização de concurso público,
seja pela configuração temporal das nomeações dos servidores. Cargo
público NÃO é um negócio de família!
Saiba mais no Portal CNJ: http://bit.ly/1FurGAO e confira o decreto: http://bit.ly/1tl2LcP.
* O nepotismo e as nomeações políticas de aliados pouco probos é um
traço comum nas administrações de Cabo Frio nos últimos 20 anos e também
nos quase 5.700 municípios do Brasil. Este atual "novo" velho governo
Alair Correa, de fato, é campeão neste assunto. Entretanto, os segmentos
políticos ligados ao ex-prefeito Marcos Mendes não tem nenhuma legitimidade para
contestar tais práticas, visto que elas se repetiam de igual forma. É só
lembrar e analisar a composição do governo anterior. A única vantagem
era que a família do ex-prefeito Marquinhos é bem menor do que a do
atual !!
* O inchaço da máquina pública é um dos entraves ao desenvolvimento do
município e também responsável pela precarização das condições de
trabalho dos verdadeiros funcionários públicos. Temos denunciado este
fato desde 2008, passando por 2012, e em todas as nossas participações em campanhas políticas
e espaços de entrevistas e debates. Isto só reforça o argumento de que
ambos são "farinhas do mesmo saco político" e as críticas pontuais de
lado a lado, apenas representam "picuinhas" e interesses pessoais
contrariados. Ninguém pode esquecer que caminharam juntos durante mais
de 10 anos.
* Na gravura acima falta a palavra GENRO. O atual governo tem o "primogenro" ou genro nº 1 e também o genro nº 2 !!
Já dizia o "velho" Jose Sarney (ex-tudo na política): "Parente em
governo sempre cria problema. Para o governo ou para o parente." Este
sabe tudo sobre nepotismo e apesar da frase nunca deixou de praticá-lo
com "maestria".
* Gramsci mais atual do que nunca:
"Em um certo ponto de sua vida histórica, os grupos
sociais se separam de seus partidos tradicionais, isto é, os partidos
tradicionais naquela dada forma organizativa, com aqueles determinados homens
que os constituem, representam e dirigem, não são mais reconhecidos como sua
expressão por sua classe ou fração de classe. Quando se verificam estas crises,
a situação imediata torna-se delicada e perigosa, pois abre-se o campo às soluções de força, à atividade de potências
ocultas, representadas pelos homens
providenciais ou carismáticos. Como se formam estas situações de contraste
entre representantes e representados que a partir do terreno dos partidos
(organizações de partido em sentido estrito, campo eleitoral-parlamentar,
organização jornalística), reflete-se em todo o organismo estatal, reforçando a
posição relativa do poder da burocracia (civil e militar), da alta finança, da
Igreja e em geral, de todos os organismos relativamente independentes das
flutuações da opinião pública. O processo é diferente em cada país, embora o
conteúdo seja o mesmo. E o conteúdo é a crise de hegemonia da classe dirigente
que ocorre ou porque a classe dirigente fracassou em algum grande
empreendimento político para o qual pediu ou impôs pela força o consenso das
grandes massas (como a guerra), ou porque amplas massas (sobretudo de
camponeses e de pequenos burgueses intelectuais) passaram subitamente da
passividade política para uma certa atividade e apresentam reivindicações que
em seu conjunto desorganizado, constituem uma revolução. Fala-se de “crise de
autoridade” e isso é precisamente a crise de hegemonia, ou crise do Estado em
seu conjunto."
Antonio Gramsci, Caderno 13
* Num momento de crise em que os governantes estaduais, o Rio de Janeiro é um exemplo disso, geram mal os recursos públicos, atrasam inclusive o salário dos servidores, é fundamental entender o papel da dívida e seus impactos no orçamento. Confira matéria abaixo do site www.auditoriacidada.org.br:
POR UM BRASIL COM FUTURO - NÃO AO PL 257/16
O mais alto grau de exploração do povo somente pode ser praticado com o uso do
Estado. Assim, dirigindo toda atenção ao sistema financeiro, em 2015, o País
destinou mais de meio trilhão de reais ao pagamento de juros da dívida pública
federal. Enquanto isso as políticas sociais e de investimentos são duramente
atingidas.
A verdadeira extorsão praticada sobre Estados e Municípios Brasileiros com a
Federalização de suas dívidas em 1998 (com correção pelo IGP-DI mais juros de
6%, 7,5% e até 9,0%), aliada a uma política recessiva, a tributação regressiva
e concentradora de receitas na União, levou à deterioração das finanças de
todos os entes federados.
O PLP nº 257/2016, que pretende refinanciar a dívida com os estados em troca de
enormes prejuízos aos servidores, vai aprofundar a crise econômica que o país
atravessa. Com sua implantação, o Governo Federal trará prejuízos incontestes à
prestação de serviços públicos e ausência de futuro para Estados e Municípios.
Privatizações. Congelamento salarial. Suspensão de concursos. Demissão de
servidores. Imposição de previdência complementar. Elevação da contribuição
previdenciária. Limitação de progressões funcionais. Redução de indenizações.
Suspensão da política de aumento real do salário mínimo. Essas medidas
oportunistas, negociadas (ou impostas) pelo governo federal com estados e
municípios, em busca de sustentação política – apesar do rótulo de “ajuste
fiscal” –, são o retrato de um governo agonizante e desnorteado que, no momento
em que mais precisa da classe trabalhadora, repete os mesmos erros do passado:
afagar o mercado financeiro, buscar apoio de caciques partidários e virar as
costas aos movimentos sociais.
Causa indignação o envio açodado ao Congresso, o fato de o Projeto não
enfrentar o maior problema das contas públicas, a saber, a dívida interna e os
elevados juros praticados no Brasil.
Nossa resposta é a derrubada do veto da Presidente Dilma à Auditoria da Dívida
Pública.
A ACD apresenta irrestrita solidariedade aos servidores públicos ativos,
aposentados e seus pensionistas, dos Poderes e Órgãos do Executivo, Legislativo
e Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunais de Contas, das
esferas Federal, Estadual, Municipal e do Distrito Federal. Manifesta seu
veemente repúdio ao violento ataque contra os trabalhadores do setor público
promovido por meio do PLP nº 257/2016.
A destruição das condições de prestação de serviço pelo Estado ao povo
Brasileiro condenará o BRASIL a não ter futuro.
Senhores, não votem o PLP nº 257/2016.
Auditoria Cidadã da Dívida,
Brasília, 28 de março de 2016
SESSÃO DESABAFO
* Será sempre um post de desabafo sobre qualquer assunto publicado pelos
internautas através das redes sociais. Nesta oportunidade, uma postagem
na página do facebook do ambientalista Elísio Gomes Filho:
"PEDESTRES,
SEGURANÇA E A QUALIDADE DE VIDA NOS CENTROS URBANOS.Criar um ambiente mais
favorável e seguro para os pedestres é um dos maiores desafios para as cidades
brasileiras. O que tem que ser feito? Os gestores municipais devem sancionar
planos diretores que prevêm a criação de um “Plano de Pedestrianização”. As
medidas de implantação desse plano é relativamente simples e de baixo custo,
onde entre outros, se prevê a criação de padrões de calçadas e a ampliação da
rede de calçadas e de espaços públicos voltados para a circulação de pedestres
– em especial no entorno dos equipamentos públicos e nas rotas que conectam os
equipamentos uns aos outros ou com os terminais de transporte público. Em suma,
com essas e outras medidas, diminuem os atropelamentos, mortes, lesões,
principalmente quando se estabelece a redução de velocidade nas vias urbanas.
Vale lembrar que em sociedades como a japonesa, há um respeito
mútuo (motorista-pedestre), e é mais fácil ter um trânsito mais dócil, menos
agressivo para o pedestre."
UMA PITADA DE MARX
* Continuidade também do espaço destinado a aqueles que acreditam no
socialismo. Sempre buscando uma forma resumida de explicar sua teoria,
lembrando sempre aos "apressados" que devem considerar o "homem no seu
tempo" !
Karl Marx nasceu em 5 de Maio de 1818 em Trier, (Prússia renana). O pai,
advogado israelita, converteu-se em 1824 ao protestantismo. A família,
abastada e culta, não era revolucionária. Depois de ter terminado os
seus estudos no liceu de Trier, Marx entrou na Universidade de Bonn e
depois na de Berlim, ali estudou direito, e sobretudo, história e
filosofia. Marx desenvolveu numa série de trabalhos históricos a sua
teoria materialista, dedicando-se sobretudo, ao estudo da economia
política. Revolucionou esta ciência nas suas obras Contribuição para a
Crítica da Economia Política (1859) e O Capital (1867). Em 14 de Março
de 1883, Marx adormecia pacificamente na sua poltrona para o último
sono.
A PRÁXIS REVOLUCIONÁRIA
Radicalmente crítico da práxis
liberal e da concepção protestante do trabalho, marcado pelo esforço e pela
disciplina, objetivando o controle moral dos indivíduos, Marx define o homem
como ser de práxis social e histórica. Na atuação histórica o ser humano se
constrói. A subjetividade humana, o sujeito ao trabalhar, se produz no ato da
criação. Em todo fazer há fazer-se. O objeto criado será expressão do criador.
Considerando a realidade de luta
de classes, a divisão social do trabalho, a práxis humana se dará em condições
históricas dadas. E considerando que a consciência é determinada pelas
condições materiais em que vive, é preciso discernir a realidade para perceber
se as ideias veiculadas são representação da realidade ou ideologia.
Considerando que o capitalismo
gerou o "trabalhador livre", livre de todas as posses e propriedades,
transformando-o em "livre vendedor de sua força de trabalho",
expropriado, submetido às regras do modelo capitalista de exploração, a única
saída para os trabalhadores conquistar a sua dignidade humana fundamental será
a revolução, uma vez que a burguesia detém todos os recursos materiais e intelectuais, jurídicos, políticos e militares para a manutenção dessa estrutura econômica a
seu serviço. A emancipação histórica dos trabalhadores será tarefa e realização
dos próprios trabalhadores. Será a práxis revolucionária da atual classe
trabalhadora que criará a sociedade comunista, sem propriedade privada dos
meios de produção, sem poder estatal, verdadeiramente livre e igualitária. Com
esse projeto, Marx resgata o valor do trabalho humano, como práxis humana
criadora da dignidade pessoal e coletiva.
"Não é a consciência dos homens que determina o seu ser,
mas, ao contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência"
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por Celito Meier
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16/03/2009 |
E
HUMOR DA HORA
* Sempre uma "tirada" bem humorada e inteligente satirizando o cotidiano, a política e a sociedade.
Na continuidade, mais uma do impagável José Simão :