QUEM GANHA NA CONCILIAÇÃO DE
CLASSES ?
A história está repleta de exemplos. Quando os
trabalhadores optam por alianças com segmentos das classes dominantes, sem
levar em conta os limites históricos e materiais de concessões em tais
alianças, terminam por virarem bucha de canhão na recomposição das classes
dominantes.
Banqueiros, empreiteiros e latifundiários do
agronegócio brasileiros não traíram ninguém. Quem traiu foi quem achou que,
representando os trabalhadores, pensou em contar com a eterna cobertura desses
segmentos da classe dominante por conta de um pacto conservador que, mais dia
menos dia, chegaria a um ponto de contradição de interesses. E a saída não
poderia ser outra senão as reveladas nos exemplos anteriores.
Usam a forca, a guilhotina, o golpe militar ou o mais
suave, mas não menos cruel, golpe
institucional, como meio de reconduzir os setores oprimidos a seu devido lugar,
em maior grau de exploração do que o antes vivido.
Esse é o caso brasileiro, hoje escandalizado com
a ostensiva adesão dos "amigos", '"novos companheiros" e
"aliados" que Lula reverenciou durante sua trajetória palaciana ao
golpe que pode levá-lo à prisão.
E poderia não ser assim, como os defensores
incondicionais do lulopragmatismo insistem em questionar?
Claro que poderia, ou teríamos de concordar que a
história já chegou a seu fim com a vitória do "livre mercado"
predador, o que a vida real vem mostrando não ser verdade.
Primeiro, na América Latina, com os exemplos
consolidados de Evo Morales e Rafael Correa, a superar obstáculos insuperáveis
e não se submeter à lógica do lulopragmatismo e sua
"governabilidade".
Mas mais significativamente com a constatação de
uma nova consciência rebelde, até revolucionária, se manifestando nas potências
capitalistas, através de Jeremy Corbyn na liderança do Labour Party
inglês, e Bernie Sanders, nos Estados Unidos.
Ambos são socialistas declarados. Não só de
palavras, mas por programas governamentais ostensivamente anticapitalistas. O
êxito político e mobilizador de suas empreitadas quebra a arrogância e deixa os
operadores de Wall Street e da City londrina à beira de um estado de nervos.
Ou seja: é onde as lideranças da esquerda ousam
enfrentar a hegemonia do senso comum, que tenta impor o pensamento único da
inevitabilidade do liberalismo capitalista como alternativa, que a esperança de
vida mais justa e socialmente democrática se afirma sobre a perspectiva de
barbárie e autodestruição que a globalização financeirizada potencializa.
Luta que Segue !
Milton Temer é jornalista.
O Temer sempre preciso e brilhante. Nada mais a acrescentar neste artigo. Em poucos linhas resumiu essa triste epopeia petista.
ResponderExcluirPaulo Campos.
Preciso também o seu comentário meu caro.
ExcluirAbraço.
Esse cara é parente do michel temer ?
ResponderExcluirNinguém merece.
Não meu caro, nada a ver, apenas coincidência no sobrenome, rsrs !!
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