sábado, 21 de maio de 2016

CAMPANHA CICLOVIAS JÁ !!

CONTINUIDADE DA CAMPANHA INSTITUCIONAL PELA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA REDE INTEGRADA DE CICLOVIAS PARA CABO FRIO.
COMO O ATUAL PREFEITO ALAIR CORREA GOSTA DE OBRAS FARAÔNICAS, ASFALTO E CONCRETO, QUE TAL UMA OBRA DESSA QUE VAI TRAZER BENEFÍCIOS PARA A CIDADE, REDUZIR A DEPENDÊNCIA DE CARROS E ÔNIBUS, HUMANIZAR O NOSSO JÁ CAÓTICO TRÂNSITO NO CENTRO E TORNÁ-LA AMBIENTALMENTE MAIS SUSTENTÁVEL.
SE VOCÊ APOIA, PARTICIPE!!

ESTAREMOS POSTANDO NOTÍCIAS, IDEIAS E AÇÕES REALIZADAS EM OUTRAS CIDADES DO BRASIL E DO MUNDO QUE MOSTRAM A IMPORTÂNCIA E A RELEVÂNCIA DE UM PROJETO COMO ESSE.
PORTANTO, VAMOS NESSA, CICLOVIAS JÁ!!

O papel social das bicicletas

O uso do veículo em Ubatuba promove uma atmosfera urbana educada e estimulante

O uso habitual e generalizado da bicicleta em uma cidade qualquer depende de alguns fatos essenciais. Num lugar prioritário entra a questão das características morfológicas do sítio urbano, onde a cidade estabeleceu sua estrutura de ruas, praças e tentáculos.

Cidades nascidas e crescidas em rasas planícies de restingas propiciam o uso mais amplo de bicicletas, engendrando um papel social que raramente tem sido registrado. Por sua vez, cidades implantadas em regiões acidentadas, desenvolvidas espacialmente em encostas de morros, morrotes e colinas, têm grandes limitações para o uso mais amplo de bicicletas.

É o caso dos organismos urbanos estendidos por colunas onduladas possuidoras de rampas e ladeiras como alguns dos pontos tradicionais que perderam a chance da utilização mais intensa dos biciclos.

Ainda que pudessem ter ciclovias de uso parcial, limitadas a setores mais planos de seu sítio urbano como planície e terraços fluviais. No caso, torna-se inoperante a pressão de pessoas simplórias e da mídia na defesa de um sistema urbano de ciclovias.

Tendo-se de considerar sempre para as grandes cidades o problema da intensidade do emaranhado de veículos de toda sorte. Não é preciso dizer que estamos pensando no caso da Grande São Paulo. Nessa conjuntura, o uso da bicicleta em redes mais amplas é praticamente impossível.

Bons exemplos de cidades situadas em planícies acontecem ao longo da costa brasileira, ao fundo das enseadas e de baías. Enquadram-se nesse tipo Recife, Aracaju, Ilhéus, Vitória e Campos.

Mais para o sul, há ainda Ubatuba, Bertioga, Praia Grande, Itanhaém, Peruíbe, Paranaguá e Itajaí. Bem mais para o sul, Tramandaí, Pelotas e Rio Grande. Por razões muito particulares, é digno de considerações mais específicas o caso mais impressionante do papel da bicicleta na região de Ubatuba.

Observações prolongadas sobre o uso da bicicleta na cidade de Ubatuba demonstram o extraordinário papel social que ela desenvolve em uma pequena cidade praiana no litoral norte de São Paulo.

Percebe-se de imediato que, independentemente do caráter sazonal que marca a dinâmica da vida urbana citadina, o uso dos biciclos é absolutamente permanente no cotidiano de Ubatuba. Os que vêm de fora são obrigados a usar automóveis para chegar, transitar e participar das oferendas paradisíacas da paisagem costeira.

A disputa por estacionamento nas avenidas praianas, no distrito central de comércio, ou nos supermercados e shopping centers documenta o uso dos espaços urbanos por aquela parte da população que vem de centenas de quilômetros de distância. Incluindo, no caso, as pessoas que possuem apartamentos ou moradias na cidade ou seus arredores.

O caráter principal do uso das bicicletas está relacionado com uma movimentação que envolve, sobretudo, os adolescentes de ambos os sexos. Rapazes e moçoilas de todos os quadrantes vêm para o centro da cidade e percorrem a beirada da praia, compram mercadorias singelas. Dirigem-se ao banco para pagar dívidas.

Tomam um café ou um suco barato em bares previamente conhecidos. Compram cadernos e materiais escolares em papelarias. E se encantam com as lojas de brinquedos e quinquilharias. Encostam as bicicletas nos raros bancos e nas calçadas.

São pequenos esforços e funcionam para guardar as bicicletas no centro da cidade. Falta dinheiro para pagar as contas, mas eles exibem saúde e alegria pelo exercício da pedalagem nos biciclos.

Ao cair da noite, as casas mais simples dos moradores de Ubatuba, no centro expandido, bairro do Perequê-Açu, permanecem escuras e com pouca presença humana. Muitas mães usam o ambiente das igrejas para passar algumas horas fora de casa.

Enquanto os jovens, moças e rapazes, circulam à noite como se fosse de dia. Não existe qualquer perigo de assalto ou agressão. Ao atravessar o movimentado calçadão do centro, educadamente todos descem do biciclo, empurrando calmamente o veículo até o reencontro de ruas e ciclovias. Assim, Ubatuba tornou-se uma cidade que não é só para homens. E sim um mundo urbano educado e estimulante para as mulheres.

É verdade que as pessoas de mais idade e as gordas e obesas  mal usam a bicicleta, mas predomina por todas as ruas, avenidas e setores de rodovia o uso estimulante e social do veículo. Para os jovens, incluindo rapazes e moças, cria condições saudáveis e de excelente uso da liberdade pessoal.


Aziz Nacib Ab`Sáber
Scientific American Brasil

6 comentários :

  1. Garanto que em Ubatuba não tem um prefeito cabeça dura como Alair Correa, heheheheh

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  2. Pra que ciclovia? Se na Avenida Julia Kubitschek tem uma ciclovia que começou no começo e acabou no fim, muitos preferem andar nas calçadas!
    Na Praia do Forte tem uma ciclovia que o fim está no começo e o começo está no fim. Cabo Frio é muito comédia!

    E o plano de lenda urbana, ops mobilidade urbana de Cabo Frio.
    Alguém sabe? Alguém viu?
    Também para ficar de caras e bocas só falando se vagas de estacionamentos para carros é melhor ficar igual a câmara de vereadores. Ou seja, no silêncio!

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  3. Qualquer plano de mobilidade urbana a ser desenvolvido em Cabo Frio mexerá com os interesses da Salineira de uma forma ou de outra, porque passa por reorganização da malha viária da cidade e tráfego de ônibus. Só que tem independência política em relação a ela terá coragem para fazer.

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    Respostas
    1. Como é bom debater transporte público com pessoas que têm plena autonomia para falar.
      Só levantei a bola e o Cláudio Leitão mandou para o gol. Foi diesel, Ih, foi gol!
      Nem foi preciso relatar o motivo que a mobilidade urbana da cidade sempre será uma lenda urbana e porque só falam em bagas para estacionamentos, que o colega fez com categoria.
      Esses caras só "enganam" grande parte da população, porque são desinformados e também estão " inseridos " na " cultura " da cidade. Falar de vagas para carros é mais confortável. E não inflamável.
      E muitos moradores da cidade estão também " interligados " de forma direta ou direta a "prefeitura/Salineira".



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