terça-feira, 30 de dezembro de 2014

NOTÍCIAS, OPINIÕES E FATOS




* O prefeito Alair Correa em sua entrevista de final de ano na mídia local proferiu uma frase emblemática e reveladora: "Nunca fui um jogador de futebol técnico. Sempre fui um trombador"
Pois é prefeito, talvez daí derive a dificuldade de dialogar com os sindicatos, os movimentos sociais e com quem discorda da forma como a cidade é administrada. Talvez explique a arrogância e a prepotência na tomada de decisões políticas sem ouvir a população.

* Já o ex-prefeito Marquinhos Mendes, segundo alguns, era um jogador muito técnico, daí a explicação de sua dissimulação e "esperteza política" quando promove também suas perseguições e usa aquele "sorriso fabricado" para enganar os incautos. São faces de uma mesma moeda com uma ligeira mudança de estilos.

* Já na análise em suas passagens pela prefeitura, ao longo dos últimos 20 anos, mostraram na verdade serem ambos "grandes caneleiros", tendo em vista o que a população sofre nos dias atuais, em todas as áreas essenciais de políticas públicas, principalmente, na saúde, educação, habitação popular, transporte e geração de empregos.


* Por falar em falta de diálogo e perseguição, a professora Denize Alvarenga discursa hoje na Câmara de Vereadores de Bùzios, usando a Tribuna Popular para falar de sua injusta exoneração. Após será realizado novo ato de protesto com a presença do Sepe, professores e alunos.

* Para que você entenda melhor o caso da professora Denize Alvarenga, diretora do SEPE LAGOS, ela foi demitida sob a alegação que ela acumulava três matrículas: Estado, Cabo Frio e Búzios. Ocorre que há vários meses a mesma pediu exoneração ao Estado que por “demência burocrática” ainda não publicou o ato no Diário Oficial. Mesmo diante da comprovação documental do pedido de exoneração o prefeito André Granado num gesto claro de perseguição política demitiu a professora.

* Este mesmo prefeito é alvo de vários processos tanto na sua administração atual quanto na época que era Secretário de Saúde do ex-prefeito de triste memória, Toninho Branco. É o caso clássico do político corrupto tentando evitar que o trabalhador faça seu trabalho docente e decente, além da necessária luta pela conscientização de classe.
Todo o nosso apoio a luta do SEPE e da professora Denize !!
Só a luta muda a vida !!


* RECADO DA CGU - Controladoria Geral da União:

Fique alerta. É dever da prefeitura informar aos cidadãos como é gasto o dinheiro público.
Sua participação faz a diferença. Baixe a cartilha da CGU sobre #ControleSocial e saiba como acompanhar a utilização dos recursos públicos em seu município: http://goo.gl/69dTX4

* Aqui em Cabo Frio, os dois últimos "probos" governantes, Marcos Mendes e Alair Correa, tem arrepios com a palavra "transparência". O Portal da Transparência Municipal jamais funcionou adequadamente. Vive fora do ar ou "em ajustes".
As licitações, contratos e inúmeros pagamentos efetuados pelo poder público que envolvem agentes privados são realizados sob o manto da obscuridade.
Por que será que ambos possuem uma quilométrica lista de processos ?
Por que será que ambos ostentam uma evolução patrimonial incompatível com os rendimentos auferidos na função pública ?
Por que será que ambos insistem nesta falsa polarização com provocações e discussões públicas, mas com meigos afagos no privado ?

* O dia em que a maioria da população quiser responder estas perguntas, certamente a realidade do município vai mudar !!


* Tem pessoas que postam direto nas redes sociais que tem que pegar os bandidos pobres, pretos e favelados e arrebentar, torturar e matar. Não postam em momento nenhum nada contra os políticos corruptos que causam um mal maior a sociedade. Alguns até votam nestes políticos com passiva naturalidade e cumplicidade. A valentia e a indignação é apenas para um lado da criminalidade: "o andar de baixo".


* Só para lembrar alguns incautos. Isso não seria o que Aécio faria se tivesse vencido a eleição ?
Foi o que Dilma falou durante a campanha. Confira matéria abaixo:

"Governo fará mudanças na concessão de benefícios e pensões, para reduzir gastos em R$ 18 bi.

BRASILIA - O corte nos gastos do governo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff vai começar pelos direitos trabalhistas, com restrições no acesso a seguro-desemprego, abono salarial (PIS) e auxílio-doença, além de uma minirreforma na Previdência Social, com mudanças nas regras das pensões. As medidas foram anunciadas ontem e serão incluídas em medida provisória a ser encaminhada hoje ao Congresso Nacional. Segundo cálculos do futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, o pacote vai gerar uma economia de R$ 18 bilhões por ano, a partir de 2015, equivalente a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).
Entre as medidas de maior impacto está a alteração no cálculo do valor da pensão da viúva ou do viúvo, que cairá pela metade, sendo acrescida de 10% por filhos dependentes, até o limite de 100%. Além disso, assim que os filhos forem completando a maioridade, as quotas relativas a eles serão suspensas, sem reverter para o pensionista. Atualmente, o benefício é integral, vitalício e independente do número de beneficiários.

CENTRAIS SINDICAIS CRITICAM

Com a mudança, acaba a pensão vitalícia para cônjuges considerados jovens (até 35 anos). A partir desta idade, a duração do auxílio dependerá da expectativa de sobrevida: entre 39 e 43 anos, por exemplo, o prazo será de 15 anos; entre 33 e 38 anos, de 12. Somente receberá a pensão vitalícia quem ficar viúvo a partir dos 44 anos. Além disso, será exigida carência de dois anos de contribuição ao INSS para poder requerer o benefício e tempo mínimo de casamento de dois anos. O objetivo é evitar que jovens se casem com idosos de olho na pensão. As medidas valerão também para os funcionários públicos.
Para reduzir as despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o governo vai restringir o acesso ao seguro-desemprego, ampliando o período aquisitivo de seis para 18 meses na primeira vez em que o trabalhador recorrer ao auxílio. O abono salarial (PIS), que hoje corresponde a um salário mínimo para quem tem renda de até dois salários, não será mais integral. Ele vai variar de acordo com o tempo de carteira assinada, que subirá de um mês para seis meses na mesma empresa, no mínimo.
As medidas vão atingir também os empregadores, que terão de arcar com os primeiros 30 dias de afastamento do trabalhador, em lugar dos 15 de hoje. O teto do auxílio-doença será equivalente à média dos últimos salários de contribuição, a fim de evitar que os trabalhadores recebam um benefício acima do último salário.

As medidas foram anunciadas pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, acompanhado dos futuros ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Previdência, Carlos Gabas, da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do ministro do Trabalho, Manoel Dias, depois de uma reunião marcada de última hora com representantes das centrais sindicais. Os presidentes das duas maiores centrais, Força Sindical e CUT, não compareceram. A Força não conseguiu mandar representante.
Procurado, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, criticou o anúncio no apagar das luzes, alegando que as medidas não foram negociadas com as centrais:
— As medidas são muito negativas e prejudicam os trabalhadores, principalmente quem fica desempregado e custou a conseguir o primeiro emprego.
Ele disse que até o fim de janeiro as centrais sindicais vão fechar uma pauta conjunta, prevendo, entre outros itens, o fim do fator previdenciário.
Para o ex-diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho Rodolfo Torelly, o governo escolheu o caminho mais fácil, sem enfrentar as falhas do sistema.
— O governo está metendo a mão no bolso do trabalhador — disse Torelly, que considera a mudança no valor do abono inconstitucional."

* Fonte: Jornal O Globo.
Está em todas as mídias, inclusive as alternativas, pois foram medidas anunciadas oficialmente pelo governo.


* Esta "ressaca política" que estamos vivenciando ao final do ano, impactados por uma sucessão de escândalos de corrupção e declarações mentirosas de políticos dos mais diversos partidos, causam uma grande desilusão na população, que acena que não acredita em melhoras para o país pela via política. Tem relação também com a forma que o brasileiro faz a leitura política do país. É um sua maioria um povo conservador, teme as mudanças mais radicais. Foi "ensinado e aculturado" a ser assim, condicionado pelo processo midiático e também pelo processo educacional, que logicamente, reflete os valores e conceitos de uma elite dirigente que não quer que nada mude para que seus privilégios continuem intactos. O resultado é o reflexo de nossa democracia de massa, uma das maiores do mundo, que é acrítica e despolitizada, dominada fortemente pelo determinismo do poder econômico das forças políticas dominantes e que tolera os desmandos e a corrupção. Para uma grande parte da população este tema é secundário numa campanha eleitoral.

* É reflexo de um eleitor que não tem consciência de classe e nunca foi orientado pelo "Sistema" a ter. A maioria, trabalhadores simples com baixos salários e direitos sociais reduzidos, que votam num empresário rico na ilusão de que este vai representar seus interesses nas esferas legislativas e executivas. Não é a toa que a maioria do parlamento e os ocupantes de cargos executivos não são de iguais, de trabalhadores, pelo contrário, estas esferas de poder estão amplamente dominadas por estes empresários e latifundiários que tem interesses próprios e diversos dos anseios da classe trabalhadora que os elege. É isso que provoca esta profunda desilusão do eleitor com a política e distorce inteiramente a nossa representação política.

* A maior parte da população vota em "nomes" e tem profunda dificuldade em diferenciar projetos políticos de partidos. Aliás, os partidos contribuem para isso, visto que a maioria dos partidos pequenos se transformou em negócios e legendas de aluguel, sem qualquer ideologia ou projeto de país definido. Os grandes partidos "enfiados até o pescoço" nesta governabilidade viciada não conseguem propor uma nova pauta política afinada com os interesses coletivos e populares. A exceção são os partidos de esquerda, PSOL, PCB, PSTU e PCO, que possuem definição ideológica, mas não se entendem no sentido de formarem um frente, reforçando assim suas demandas, diminuindo suas dificuldades em dialogar com as massas.

* Qual a solução e a fórmula adequada para produzir avanços neste quadro ?
Sinceramente, não sei. Está em aberto. É preciso prosseguir na luta acreditando que durante o processo vamos encontrar soluções, que certamente só serão efetivas, transformadoras e duradouras se tiverem maciça participação popular.
Luta que segue !!


* Desabafo de fim de ano de uma internauta: Faço dela minhas palavras !!

"QUE PAÍS É ESTE?
O maior frigorífico do mundo pertence à burguesia de um país que não se importa que milhões de pessoas passem fome. O maior banco de fomento do mundo pertence a um país onde metade do orçamento público federal se destina ao pagamento da alta burguesia financeira. Algumas dentre as maiores construtoras do mundo fazem parte do bloco no poder de um país onde a classe trabalhadora, sem esgoto,saneamento e sem transporte coletivo de qualidade, despende até quatro horas diárias se deslocando entre o espaço de trabalho e de moradia em suas metrópoles."
Beth Monteiro


* O ministro Gilmar Mendes, "a direita de toga", segura no STF há 272 dias (um completo absurdo), a conclusão do julgamento da ADIN 4650, da OAB, que acolhida (já está decidida com 6 votos a favor,faltando o ministro Gilmar e mais três), proibirá o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. O art. 134 do Regimento Interno da Suprema Corte diz que o processo para o qual se pede vista deve ser devolvido em 2 sessões. Já se passaram dezenas, desde 2 de abril, quando o ministro paralisou o julgamento. A cada revelação sobre o esquemão das empreiteiras na Petrobras fica mais evidente que empresa bancando candidatos e partidos é porta aberta à corrupção.
É preciso insistir:
DESENGAVETA GILMAR !!

* Existe também tramitando no Congresso Nacional um projeto de lei do PSOL que pede um plebiscito popular para definir uma reforma política que atenda aos interesses da população, que esteve nas ruas em junho do ano passado, pedindo estas mudanças. A luta contra o conservadorismo do Congresso é dura, mas precisa ser travada com coragem e independência. O PSOL foi o único partido com representação parlamentar que não teve nenhum envolvimento com as doações oriundas da corrupção na Petrobras.


* Em 2015, ao analisarmos o discurso e as últimas medidas do governo Dilma(PT), a classe trabalhadora passará grandes apertos. O ajuste fiscal e o corte de gastos públicos vão atingir em cheio direitos e expectativas do trabalhador brasileiro. Certamente, será um ano de lutas contra os opressores de sempre. O engraçado é que durante a campanha Dilma disse que "nem que a vaca tussa vou tomar medidas que retirem qualquer direito já adquirido pelos trabalhadores". Parece que a vaca tossiu e muito !!

* Deixo como homenagem as lutas que serão travadas em 2015 a letra da Internacional Socialista, símbolo do sentimento da união e da luta, ainda não internacionalizadas, dos trabalhadores em todo o mundo.
A Internacional (em francês: L'Internationale) é um hino internacionalista, sendo também uma das canções mais conhecidas de todo o mundo. A letra original da canção foi escrita em francês em 1871 por Eugène Pottier (1816-1887), que havia sido um dos membros da Comuna de Paris. A intenção de Pottier era a de que o poema fosse cantado ao ritmo da Marselhesa. Em 1888, Pierre De Geyter (1848–1932) transformou o poema em música.

De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, ó produtores

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Senhores, Patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum
Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

O crime de rico, a lei o cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ela o restitua
O povo só quer o que é seu

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Nós fomos de fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos, trabalhadores
Se a raça vil, cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a Terra aos produtivos
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Bem unidos façamos

Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional


* Alguém por aí discorda desta frase ?

4 comentários :

  1. Fechou bem o ano Leitão. Seu comentário na comparação entre Alair e Marquinhos levando em conta o futebol foi muito bom. Os dois não jogam nada, mas dominam bem o meio de campo da política. Melhorei a ironia para voce.
    Paulo Furlan.

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    1. Correto Paulo, não há nada que não possa ser melhorado, assim como também no caso deles, não possa ser piorado.

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  2. Caro Leitão, essa discórdia entre os dois grupos políticos é coisa mas absurda do universo, tem que ser realmente muito incauto para acreditar. Onde se viu adversários políticos serem defendidos pelo mesmo adversário e o pior é que esses grupos se ofendem utilizando sempre palavras de baixo calão que me causam um sentimento revolta. No meu entender enquanto nossa política seja ela (Federal, Estadual ou Municipal) for regida em cima de ataques pessoais, ofensivos e quase sempre pejorativos estaremos ajudando a manter no poder as mesmas figuras nefastas que nos acompanham a séculos, só conseguiremos mudar essa realidade através de uma reforma em nossa sociedade onde o bem comum seja o objetivo maior a ser alcançado em detrimento a vantagens pessoais por apoiar este ou aquele candidato e só conseguiremos fazer isso através do diálogo realizado de forma educada e principalmente no campo das idéias.

    obs - Gostaria que soubesse que apesar de discordar de suas opiniões em diversos pontos (Principalmente em relação ao empreendimento das Dunas do Peró), admiro a você como um excelente ser humano e forma imparcial e sobre tudo educada pela escreve suas opiniões

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  3. Obrigado por suas palavras. É assim mesmo, é sempre muito difícil concordarmos com alguém em tudo. O importante é como você diz, fazer o debate com argumentos, sem agressões pessoais e respeitando o contraditório. Feliz 2015 !!

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