sexta-feira, 5 de setembro de 2014

NOTÍCIAS E FATOS




* Tudo indica, segundo os bastidores da política, que esta foto tirada no dia da inauguração da Estrada da Integração vai se repetir no palanque da campanha eleitoral para governador em 2014. Alair está praticamente fechado com Pezão e Dornelles, dando uma pernada no candidato Garotinho que o apoiou na última campanha para prefeito de Cabo Frio. O seu partido, o PP de Dornelles, está firme na coligação com Pezão. Logo, os adversários de ocasião, mas aliados por seus interesse pessoais e de grupos da foto, estarão "unidos pelo Estado e por uma Cabo Frio melhor" (sic) !!
Quantas vezes você já viu este filme ?
Você ainda acredita neste embuste ?
Esta situação confirma a falsa polarização entre Alair e seu grupo e Marquinhos e seus aliados, inclusive o neo-aliado deputado estadual Jânio Mendes, que agora está cada vez mais "pragmático" para ser leve e delicado !!

* Continuo dizendo que se lá na frente, em 2016, eles perceberem que podem perder o poder que seguram com "mão de ferro" na cidade há quase 20 anos, farão qualquer negócio, inclusive se unirem novamente, usando hipocritamente o velho discurso que é para o "bem de Cabo Frio". As contas da prefeitura durante este período não resistem a uma auditoria séria, daí o medo. As contas públicas da cidade se parecem com um queijo, alimento preferido dos ratos, com furos para todos os lados !!


* Este último debate entre os presidenciáveis realizado pelo SBT na última segunda feira teve um clima mais "quente" que o da Band realizado anteriormente. Dilma e Marina protagonizaram o debate, tendo em vista as novas pesquisas que apontam o crescimento da candidata do PSB/REDE.

* Marina(PSB-REDE) continua não respondendo de forma direta nenhum questionamento ou tema. tergiversa, fala platitudes, buscando um "discurso amplo", genérico, tentando agradar a todos. Por incrível que pareça este "papo furado" segue agradando a todos, tanto setores progressistas quanto setores conservadores, daí a explicação, aliada a comoção da morte de Eduardo Campos, de sua subida repentina nas pesquisas. A pergunta que fica, bem ao gosto de Marina é : Será um crescimento sustentável ?
As próximas pesquisas vão dizer.

* Dilma(PT) tem sempre uma postura excessivamente técnica, citando vários números e estatísticas que só surtem efeitos no seu eleitorado consolidado, mas não impacta tanto os eleitores indecisos. Se mostra nervosa em algumas respostas, incomodada quando sofre críticas e ataques.

* Aécio (PSDB) está parecendo "aquele cara caiu de um caminhão andando". Perdeu o seu foco e mostra claro abatimento devido a queda nas pesquisas de intenção de votos. Está sentindo o peso da derrota iminente. Não está colando sua "postura de estadista" e a estratégia de tentar "vender" que é o candidato mais bem preparado e experiente "para mudar o Brasil".

* Eduardo Jorge(PV) repetiu as tiradas humorísticas do debate da Band e mostrou algumas afinidades com algumas posições de Aécio. Não é a toa, pois já foi secretário de meio ambiente de Serra e depois de Kassab. O alinhamento é claro.

* Luciana Genro(PSOL) melhorou seu desempenho em relação ao debate da Band, sendo mais incisiva nas críticas às semelhanças das propostas para a economia de Dilma, Marina e Aécio. Pontuou bem este tema, mas continua usando uma linguagem "muito clichê" na minha opinião. Marcou bem sua posição com relação a temas polêmicos como o fim do fator previdenciário, a necessária auditoria da dívida pública e a legalização da maconha. Fez uma fala final muito boa.

* O inenarrável Pastor Everaldo(PSC), "reaça e conservador de grosso coturno" segue dizendo defender o Estado Mínimo e o Dízimo Máximo. Suas falas são caricatas, recheadas de preconceito disfarçado, principalmente sobre questões de gênero e de orientação sexual. Acha que a família resolve tudo. Gosta tanto de família que já está no terceiro casamento !!

* Levi Fidelix(PRTB) está conseguindo nestes debates(Band e SBT) ser mais claro em suas falas, inclusive citando de forma correta dados sobre a dívida pública. Mas se atrapalha em vários outros assuntos, deixando claro suas limitação e a falta de uma assessoria adequada.

* Enfim, mais um debate em que não houve grande destaque. Nenhum candidato conseguiu se sobrepor aos outros de forma clara. Penso que não fez ninguém mudar de ideia com relação ao voto.


* Também na última terça, ocorreu o debate entre os candidatos ao governo do Estado do Rio de Janeiro promovido pela Rede TV.
Como no debate dos presidenciáveis no SBT um dia antes, a audiência foi muito pequena. Mas foi um debate mais dinâmico com ataques e enfrentamento mais diretos entre os candidatos.

* Pezão(PMDB) novamente virou o alvo da maioria, pois carrega nos ombros a rejeição e as lambanças do desgoverno Cabral. Apanha de todo mundo, menos do Crivella, que sempre faz pose de "bom moço". Não tem cacoete de debatedor, fica nervoso, tropeça nas palavras e tentar responder aos ataques mostrando dados estatísticos de forma confusa.

* Garotinho(PR) segue no seu estilo "comunicador de rádio". Mistura críticas sérias com ironias, principalmente em cima do Pezão. É rápido de raciocínio e coloca bem para o público as propostas mais fáceis de entendimento, como por exemplo a redução do IPVA para todos. Como tem um "telhadão de vidro" leva também suas bordoadas.

* Lindbergh(PT) estava visivelmente desanimado com as últimas pesquisas que mostram certa estagnação. Senti falta de mais vibração em suas falas. Chegou ao ponto de pedir votos para o Tarcísio e para o Crivella, pensando naqueles que querem mudanças e não votariam nele, pregando o não voto na velha política de Pezão e Garotinho.

* Tarcísio Motta(PSOL) reproduziu o ótimo desempenho que teve no debate da Band. Lúcido, inteligente, preciso e muito articulado em suas falas e críticas, principalmente em cima das contradições de Pezão e Garotinho. Ainda apresentou muito bem suas propostas de rupturas com esta velha forma de fazer política no Estado. Foi claramente o destaque do debate, apesar dos seus 3% nas pesquisas.

* Crivella(PRB) segue como disse anteriormente, mantendo aquela postura de "bom moço". Não faz ataques diretos a ninguém e busca fazer o papel "estilo Marina" na eleição estadual. Fala genericamente sobre projetos sem se comprometer com nenhum tipo de mudança estrutural. Sempre se irrita quando os jornalistas fazem perguntas sobre religião e homofobia. Reclama que antes de tudo é engenheiro e pode responder sobre qualquer outro tema. Tem razão nesta reclamação.

* Enfim, foi um debate mais dinâmico e menos "engessado" que o da Band. Está permitindo uma maior visibilidade ao Tarcísio, candidato do PSOL, que é desconhecido e tem pouco tempo de TV. Tem sido o mais citado no Twitter e nas redes sociais no pós debate. Os outros já são figuras bem manjadas da política fluminense. Conhecidos inclusive nos tribunais.


* Pesquisa de intenções de voto do IBOPE desta semana reafirma o crescimento da candidatura de Marina Silva(PSB-REDE), apesar da pequena recuperação de Dilma(PT). Quem agora só cai é o tucano Aécio Neves(PSDB). É um retrato do momento, mas faltando um mês para a eleição, este crescimento de Marina ameaça seriamente a reeleição da presidente Dilma e os 12 anos de hegemonia absoluta do PT. Confira os números:
Dilma - 37%
Marina - 33%
Aécio - 15%
Pastor Everaldo - 1%
Demais candidatos não chegaram a 1%.

* Num eventual segundo turno, Marina Silva derrotaria Dilma por 46% X 39%. A cúpula petista começa a ficar de "cabelos em pé", porque apesar das tentativas de "desconstrução" da candidatura Marina nos programas eleitorais e nas redes sociais, a ecocapitalista segue seu ritmo de crescimento. O PT está pagando um preço alto pelo abandono de "bandeiras históricas" da classe trabalhadora para fazer um governo de conciliação com o grande capital e o agronegócio.

* Marina encarna bem o papel do "Lula de saias" e com seu discurso estratégico e proposital cheios de frases de efeito, fugindo dos temas polêmicos, vem conquistando votos na faixa dos indecisos, brancos e nulos. Se não errar ou não acontecer nenhum fato novo é virtualmente a presidenta eleita. Acho Marina uma grande incógnita. Tanto pode fazer um bom governo, se romper com a velhas raposas da política salvas da extinção pelo PT, quanto pode fazer um governo ruim para os trabalhadores e confuso sob o ponto de vista institucional. Como disse, ela não é clara em suas propostas, algumas já começam a ser abandonadas pelo caminho para facilitar alianças duvidosas.

* Já na eleição estadual, a pesquisa reafirma a liderança de Garotinho(PR), o crescimento de Pezão(PMDB), mobilizado pelo "rolo compressor" da máquina peemedebista, uma certa de estagnação de Crivella(PRB), Lindbergh(PT) e Deyse(PSTU) e uma pequena subida de Tarcísio Motta(PSOL), mas ainda sem incomodar os líderes. Vejam os números:
Garotinho - 27%
Pezão - 19%
Crivella - 17%
Lindbergh - 11%
Tarcísio - 3%
Deyse(PSTU) - 1%

Bancos, nulos e indecisos somam 22%, o que pode ainda trazer mudanças no quadro na reta final. Garotinho está no virtualmente no segundo turno, mas como tem grande rejeição não tem sua vitória assegurada. No segundo turno podem ter composições contra a sua candidatura. Apesar de sua liderança neste momento, a eleição ainda está indefinida.


* Algumas considerações sobre o voto nulo:
O voto nulo, na maioria das vezes, vem acompanhado de um raciocínio generalizante que político é tudo igual e que partidos políticos representam a mesma coisa, o que não é verdade. Toda generalização em qualquer área, inclusive na política, é injusta e equivocada. As pesquisas mostram que a maioria dos que anula o voto são cidadãos com formação escolar e cidadania acima da média e com informações da atualidade.
Daí pode se concluir que com um pouco mais de critério e senso crítico, o voto consciente pode obter avanços na representação política, principalmente nos legislativos que são, em tese, as "Casas do Povo".
As últimas eleições que também foram recheadas de votos brancos e nulos, não produziram nenhuma mudança efetiva e nem podem ser encaradas como um protesto, porque não trouxeram resultados práticos. Muita gente "ruim" se elegeu na força do poder econômico em cima daqueles mais humildes e sem formação cidadã, que nesta época, são fortemente pressionados pelo jogo sujo da política.

* O deputado federal Chico Alencar(PSOL-RJ) também teceu considerações importantes sobre a questão do voto nulo, via face :

"Estamos a UM MÊS das eleições. Entendo quem pretenda anular o voto, embora considere que isso é, de certa maneira, se anular politicamente e desperdiçar a chance de colocar sua indignação também nas urnas. O efeito prático do voto nulo ou em branco é zero. A razão: uma eleição só será anulada quando 50% dos votos VÁLIDOS (onde não se incluem nulos e em branco!) for considerada fraudada ou resultante de falha mecânica, após processo judicial. Ou seja, quase nunca. O gesto de anular ou não votar em ninguém não tem qualquer influência nesse sentido. Melhor procurar bem e encontrar uma opção (elas existem). E não apenas votar, claro. É votar, acompanhar, cobrar, "marcar em cima", praticar cidadania em tempo integral e não só em período eleitoral."


* Os gastos com o serviço da dívida pública(pagamento de juros e amortizações) superam em 12 vezes os gastos com Educação no país. Esta análise fria dos números mostra que algo está errado neste modelo de desenvolvimento de 12 anos do PSDB e 12 anos do PT. Nisso se assemelharam. Priorizaram a dívida financeira em detrimento da dívida social. O PT afirma que investiu um pouco mais em educação do que o PSDB e isto está correto, mas também "cevou" como nunca na história deste país(como gosta de dizer o ex-presidente Lula)o "cesto" do banqueiros nacionais e transnacionais.
O texto abaixo da economista Maria Lucia Fatorelli e candidata a deputada federal pelo PSOL no DF, "ilumina" o tema:

"A frase “no nosso governo, a prioridade à educação é real”, dita pela presidente Dilma Rousseff, está longe de representar uma realidade. E não são poucos os exemplos que mostram essa contradição. Em 2014, a previsão de gastos com educação não chegará a 4% do orçamento do governo federal, doze vezes menor que o que está sendo destinado ao pagamento de juros e amortizações da dívida (42%).
Mesmo sendo citada como um dos pilares do governo, os investimentos destinados à pasta seguem insuficientes para melhorar a infraestrutura das escolas, a qualidade do ensino e remunerar mais dignamente os professores.
De acordo com a candidata Maria Lucia Fattorelli, que vem coordenando desde 2001 a associação “Auditoria Cidadã da Dívida” (atualmente licenciada para dedicar-se à campanha ao cargo de deputada federal pelo Partido Socialismo e Liberdade – PSOL/DF), o atual modelo de desenvolvimento econômico não trata a educação ainda como uma prioridade de fato. Fattorelli, que por 29 anos foi auditora fiscal da Receita Federal, lembra que sobrariam mais recursos para se investir nas futuras gerações se o governo esclarecesse fatos relativos ao endividamento do país, que hoje consome mais de um trilhão dos recursos públicos.

“É importante ressaltar que o gasto com juros e amortizações da dívida tem sido improdutivo, já que não gera qualquer contrapartida à população, seja na forma de serviços públicos seja na redução das desigualdades sociais”, explica a candidata.

A responsabilidade com a educação:

A Constituição Federal definiu as responsabilidades e a Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional (LDB), estabeleceu algumas regras para organizar o sistema educacional de forma colaborativa entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. À União cabe coordenar o sistema e regular o ensino superior; aos estados fica o compromisso de priorizar o ensino médio, podendo atuar em parceria com municípios na oferta de ensino fundamental; e aos municípios resta a função principal de oferecer vagas em creches, pré-escolas e ensino fundamental. Mas algumas questões importantes têm impedido que os entes federativos deem avanços e ingressem num projeto real de desenvolvimento tanto na educação, quanto demais áreas.

A primeira diz respeito à dívida dos Estados e Municípios com a União. “Esse endividamento decorre do refinanciamento feito pela União a partir de 1997, em bases extremamente onerosas. Os juros cobrados pela União são tão elevados que Estados e Municípios estão contraindo empréstimos externos para pagar juros à União; um verdadeiro absurdo”, declara Fattorelli. Outra questão problemática é a concentração da arrecadação tributária na União, deixando Estados e Municípios com dificuldades para cumprir com suas atribuições constitucionais.

“A Lei de Responsabilidade Fiscal de 2001, que muita gente crê ser uma lei que garante moralidade aos gastos públicos, não trata disso. Na realidade, É uma lei que exige que o gestor público priorize o pagamento das dívidas financeiras, em detrimento de qualquer outro gasto social. Dessa forma, um prefeito ou governador pode deixar crianças fora da escola e isso não é considerado crime. Mas se deixar de pagar religiosamente a dívida financeira, é aplicado o Código Penal”, denuncia Fattorelli.

A porcentagem destinada à transferência de recursos federais a Estados e Municípios é também um outro fator que sufoca ainda mais o orçamento desses entes. Atualmente, menos de 10% de tudo que o país arrecada sob a forma de tributos, receitas patrimoniais e financeiras, é transferido aos Estados e Municípios. Essa transferência deveria ser muito maior, a fim de que os entes federados pudessem cumprir suas atribuições e investir em políticas públicas em todos os campos, do saneamento básico à saúde; do transporte à infraestrutura; da educação à segurança.

“Mais uma vez retornamos à questão central de todos os problemas relacionados a carências de recursos nas diversas áreas: o modelo econômico atual que prioriza o pagamento da dívida pública sobre todos os outros setores. Não é mais aceitável que continuemos a sacrificar futuras gerações em função de uma dívida nunca auditada conforme prevê a Constituição Federal”, defendeu Fattorelli."

* É por estas e por outras que o país precisa de um novo modelo de gestão e um novo modelo de investimento que atenda as necessidades da classe trabalhadora. E só quem não tem ligações e ou é patrocinado pelos "mentores" destes modelos tem condições de romper e mudar. Nem Dilma, nem Marina e nem Aécio tem independência para fazer estas necessárias transformações.
Fica a dica !!

3 comentários :

  1. Eu não sei como e nem sei de onde o Cláudio Leitão tira essa tamanha certeza que o "curto circuito" entre o prefeito e o ex-prefeito,não passa de um grande "encenação".Ou seja,um grande teatro rural. A mesma forma de administração? Sei não! Conta aí,pra gente de onde vem essa convicção? Agora que os dois tem o mesmo "patrocinador" , isso tenho lá as "minhas duvidas",

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  2. Várias situações, um exemplo recente é o papo que tiveram num escritório de um advogado a sós. A advogado saiu para tomar um café. E por aí vai......

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    1. Pois é. Mas talvez esse encontro no "escritório de um advogado ao sós" , foi um caso do destino. Como dizem os árabes: foi um haram?

      Mas mudando de assunto: Há tempo não vejo, nos momento comentarista esportivo. Quando o Flamengo perde ou está em situação complicada, eu vejo um monte de comentários irônicos no blog e agora, nem um linha, sobre a queda de cinco e o passa-fora da Copa do Brasil no se time de coração.

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