"UMA IDEIA TORNA-SE UMA FORÇA MATERIAL QUANDO GANHA AS MASSAS ORGANIZADAS".
Karl Marx
sábado, 31 de maio de 2014
HORA DE ENSINAR BOAS MANEIRAS AOS "GRANDES" PODERES
A crise econômica mundial vai ganhando contornos de perenidade. As nações ricas apresentam desempenho pífio na retomada do crescimento, os conflitos internacionais se acirram (Síria, Ucrânia e Palestina)e os EUA já apresentam evidentes sinais de exaustão política.
Conhecer uma sociedade não significa apenas conhecer as suas regras explícitas. É preciso saber como aplicá-las: quando utilizá-las, quando violá-las, quando negar uma chance que nos é oferecida, e quando somos obrigados necessariamente a fazer algo enquanto pretendemos fazê-lo por livre e espontânea opção. Considere o paradoxo, no caso, das propostas feitas para que sejam recusadas. Quando sou convidado para jantar em um restaurante por um tio rico, ambos sabemos que é ele quem vai pagar a conta, embora eu deva insistir de leve que podemos dividir – imagine a minha surpresa caso meu tio de repente diga: “está bem, então, pague a conta você!”
Aconteceu um problema similar durante os caóticos anos pós-soviéticos sob governo Yeltsin na Rússia. Embora as regras legais fossem conhecidas e, em boa parte, idênticas às da União Soviética, uma complexa rede de regras implícitas, não-escritas – as que sustentavam todo o edifício social -, se desintegraram. Na União Soviética, se você precisasse de um tratamento hospitalar melhor, assim como um apartamento melhor, se tivesse alguma reclamação contra as autoridades, estivesse sendo processado ou quisesse seus filhos admitidos em uma escola de ponta, era preciso saber das regras implícitas.
Você precisava compreender a quem deveria se dirigir ou persuadir, e o quê deveria ou não fazer. Após o colapso do poder soviético, um dos maiores aspectos a mudar no cotidiano das pessoas comuns foi que estas regras não-ditas tornaram-se seriamente obscuras.
As pessoas simplesmente não sabiam como reagir, como se referir às regulamentações oficiais explícitas, o que deveria ser ignorado e até onde a persuasão funcionaria. (Uma das funções do crime organizado era prover um tipo de Ersatz – um substituto -, da legalidade. Se você fosse o dono de um pequeno negócio e um cliente lhe devesse dinheiro, você deveria procurar respaldo de um mafioso, que cuidaria do problema, já que o sistema legal do Estado era ineficiente.) A estabilização da sociedade sob o reinado de Putin só se deu, em grande parte, por causa da transparência no estabelecimento recente de regras não-escritas. Agora, novamente, a maioria das pessoas pode compreender a complexa teia de interações sociais.
Na política internacional, ainda não atingimos este estágio. Voltando aos anos 90, um pacto silencioso regulamentava as relações entre a Rússia e as grandes potências Ocidentais. Os Estados do Ocidente tratavam a Rússia como um grande poder, sob a condição de que ela não agisse enquanto tal. Mas o que acontece quando a pessoa a quem se fez uma proposta-feita-para-se-recusar, resolve aceitá-la? E se a Rússia começa a agir enquanto grande potência? Uma situação como esta é de fato catastrófica, por ameaçar toda a teia de relações existentes – assim como aconteceu há cinco anos, na Geórgia. Cansada de ser apenas tratada como superpotência, a Rússia passou a atuar enquanto uma.
Como isso aconteceu? O “Século Americano” acabou e nós entramos em um período em que passaram a se formar múltiplos centros no capitalismo global. Nos Estados Unidos, Europa, China e talvez América Latina, também, os sistemas capitalistas se desenvolveram com características específicas; os EUA defendem o capitalismo neoliberal, a Europa, o que restou do Estado de bem-estar social, a China, um capitalismo autoritário e a América Latina, o capitalismo populista. Desde que a tentativa dos Estados Unidos de se imporem enquanto superpotência hegemônica – polícia do mundo – faliu, existe a necessidade de se estabelecer novas regras para interação entre estes centros locais, conforme o que diz respeito a seus interesses divergentes.
É por isto que os nossos tempos são potencialmente mais perigosos do que parecem. Durante a Guerra Fria, as regras para o comportamento internacional eram claras, e garantidas pela loucura – da destruição mútua assegurada– pelas superpotências. Quando a União Soviética violou as tais regras não-escritas ao invadir o Afeganistão, ela pagou seriamente pela infração. A Guerra no Afeganistão foi o começo de seu próprio fim. Atualmente, velhas e novas superpotências estão se testando umas às outras, tentando impor suas próprias versões das regras globais, experimentando abordagens aos mais próximos – que, é claro, são outras, nações e estados menores.
Karl Popper certa vez defendeu o exame científico de hipóteses, afirmando que assim permitimos que nossas hipóteses morram, em vez de morrermos nós mesmos. Mas, nos testes realizados hoje em dia, as pequenas nações ganham mais mortos e feridos do que as grandes – primeiro foi a Geórgia, agora a Ucrânia. Embora os argumentos oficiais sejam altamente moralistas, defendam os direitos humanos e a liberdade, a natureza do jogo é clara. Os acontecimentos na Ucrânia parecem algo como a “Crise da Geórgia – Parte II” – o próximo estágio da luta por controle em um mundo não-regulamentado, multipolarizado.
Sem dúvida, é hora de ensinarmos a estas superpotências, velhas e os novas, algumas boas-maneiras [regras de conduta], mas quem fará isto? Obviamente, apenas uma entidade transnacional poderia mediar isto – há mais de 200 anos, Immanuel Kant enxergou a necessidade de uma ordem legal internacional que fosse capaz de permear o apogeu das sociedades globalizadas. Em seu projeto pela paz perpétua, escreveu: “Desde que uma comunidade mais estreita e mais ampla entre povos do mundo tenha se desenvolvido a ponto que a violação dos direitos em uma localidade do mundo seja sentido nas demais, a ideia de que exista uma lei mundial de cidadania não seria mero devaneio ou noção exagerada.”
Isto, no entanto, nos leva ao que é discutivelmente a “principal contradição” da nova ordem mundial (se ainda pudermos utilizar o velho termo maoísta): a impossibilidade de criarmos uma ordem política mundial que seja capaz de corresponder com a economia capitalista globalizada.
Mas e se, por razões estruturais, e não somente devido a limitações empíricas, não seja possível existir uma democracia amplamente difundida ou um governo representativo mundial? E se a economia do mercado global não puder ser organizada diretamente como uma democracia liberal, global com eleições em nível mundial?
Na era de globalização, estamos pagando o preço desta “principal contradição”. Na política, antigas fixações, em particular, questões substancialmente étnicas, religiosas e de identidade cultural voltaram como vingança. Nosso dilema é definido por sua tensão: à livre circulação global de commodities seguem crescentes separações na esfera social. Desde a queda do muro de Berlim e o apogeu do mercado global, novos muros começaram a emergir por todas as partes, segregando pessoas e suas culturas. Talvez a sobrevivência crucial da humanidade dependa da resolução desta tensão.
Por Slavoj Žižek em 27 de maio de 2014
sexta-feira, 30 de maio de 2014
RAPIDINHAS DA COPA
* O vídeo abaixo no blog, The Price of the World Cup, é um mini documentário dinamarquês que mostra com clareza o lado obscuro desta Copa. Vale a pena conferir !!
* A população brasileira segue sem nenhuma empolgação para enfeitar casas e ruas. O povo não é otário, ele ama o futebol, vai ver a Copa, mas sabe das maracutaias e roubalheiras acontecidas com o dinheiro público nas construções dos estádios e outras obras paralelas.
* Por falar em roubo e corrupção, vejam esta "pérola" proferida pela patricinha Joana Havelange, filha do ex-presidente da CBF e depois da FIFA, João Havelange:
" O que tinha que ser roubado já foi, então vamos torcer pelo Brasil"
A moça tem berço !!
* Tem muita gente dizendo, inclusive, que não vai torcer pelo Brasil por causa disso. As seleções africanas são as preferidas destes torcedores.
* A Austrália foi a primeira seleção a chegar ao Brasil. Chegou ontem e os jogadores foram logo para as praias. Australianos são bons mesmo em surfe, já em futebol.........vieram passear na Copa.
* A FIFA espera lucrar 10 bilhões de dólares com a Copa no Brasil e tem milhares de pessoas se habilitando a serem voluntárias. Trabalhar de graça para a rica e corrupta entidade.
Dá para entender um negócio deste !!
* Cerca de 200 mil pessoas foram removidas de suas casas e lugares comerciais para que fossem efetuadas as obras de estádios, estacionamentos e outras obras acessórias. Em muitos casos as indenizações pagas foram ridículas, patrocinadas por várias esferas de governo.
* O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo(PCdoB) se recusa a falar sobre estas remoções e sobre as indenizações.
* A presidente Dilma e o presidente da FIFA, Joseph Blatter, não farão nenhum discurso na abertura da Copa, no Itaquerão, em São Paulo, no dia 12 de junho, estreia do Brasil contra a Croácia. Estão morrendo de medo das vaias !!
* Por falar neste jogo, é bom a seleção brasileira "colocar as barbas de molho", pois o time croata tem bons jogadores, a maioria jogando em grandes times da Europa, como por exemplo, o meia Modric, titular do Real Madrid, campeão da Liga da UEFA.
* Outro cuidado é com o México, que vem dando uma sorte danada nos últimos jogos com a seleção brasileira e tem levado a melhor, embora dominados pela maior posse de bola da nossa seleção.
* Julio Cesar titular do gol da seleção. Hum, não sei não, hem !!
Abre o olho Felipão !
* O nome do mascote é Fuleco. O nome da Bola é Brazuca. E isso foi escolhido pelo povo.
Estão de sacanagem !!
* 600 mil estrangeiros são esperados para a Copa. Os norte-americanos lideram a lista. A surpresa são os colombianos em segundo. Será que venderam todo o "pó" do país ?
É brincadeirinha e não preconceito !!
* Os hermanos argentinos não estão acreditando no Messi ou então estão "durinhos" mesmo !!
* Ronaldo Fenômeno agora virou crítico da Copa. Se diz envergonhado com o atraso das obras.
Que rapaz inocente !!
* Dizem os bastidores políticos que ele foi sondado por Aécio, de quem é amigo, para ser seu vice. Daí a mudança de lado e posição.
Você acredita nisso ?
* Antes o Fenômeno disse aquela frase boçal: "Copa se faz com estádios e não com hospitais."
Fecha aspas e sem comentários !!
* Esta semana, direto de Genebra, o secretário geral da FIFA, Jerome Valcke, deu outra esculachada no governo brasileiro com relação aos atrasos nas obras de infraestrutura, como aeroportos, transporte e mobilidade e comunicações pela internet.
Mais uma vez ninguém do governo respondeu.
A FIFA tá podendo !!
* Fez até o parlamento brasileiro alterar várias leis que subordinaram nossa soberania em favor dos seus interesse comerciais. A famosa Lei Geral da Copa.
* A mais grave é a caracterização de terroristas para manifestantes que quiserem protestar contra a Copa. Outra dá a FIFA o direito de patentear uma série de marcas e impedir sua utilização por comerciantes brasileiros.
Deitaram e rolaram em cima da nossa Constituição !!
* A quantidade de ingressos nas mãos de cambistas não está no "gibi". Para o jogo final no Maracanã, só com eles e pelo preço que eles querem.
Alguém aí achou que ia ser diferente ?
* O governo do PT e da presidente Dilma vai gastar cerca de 2 bilhões de reais com a segurança da Copa e vai movimentar mais de 170 mil agentes públicos de segurança. A repressão aos protestos será gigantesca.
Você já imaginou esta grana toda investida em políticas de segurança pública beneficiando a população brasileira ?
Última pergunta: Será que vai ter Copa mesmo ?
quinta-feira, 29 de maio de 2014
NOTÍCIAS E FATOS
* Segundo matéria publicada no blog Iniciativa Popular Búzios, do Prof.Luiz, Cabo Frio é considerada a cidade mais violenta do Estado. Confira a matéria:
"Mapa da Violência 2014: Cabo Frio é cidade mais violenta do Estado do Rio de Janeiro
Ainda não é oficial mas já podemos adiantar que o município de Cabo Frio é a cidade mais violenta do estado do Rio de Janeiro. O Instituto Sangari que elabora o mapa para o Ministério da Justiça está na fase final de compilação os dados de 2012 para apresentar a versão 2014 do trabalho, que calcula uma taxa média com base nos dados dos anos de 2010, 2011 e 2012.
Segundo os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde tivemos neste último ano 123 óbitos em Cabo Frio por "causas externas de morbidade e mortalidade" (Capítulo CID-10: XX) (Grupo CID-10: Agressões). Considerando a população estimada em 195.197 pessoas obtemos uma taxa de 63,01 mortes por 100.000 habitantes, superior à taxa do Mapa de 2013 que foi de 54,0, quando Cabo Frio ficou como a 2ª cidade mais violenta do estado. Duque de Caxias, a mais violenta de 2013, conseguiu reduzir os óbitos de 403 em 2011 para 384 em 2012. Com isso sua taxa passou de 60,3 para 44,28 em 2012. Armação dos Búzios, que já foi a cidade mais violenta no Mapa de 2012, deverá passar a ocupar a 2ª colocação. Teve uma morte a mais do que as 15 de 2011 por "agressões". Sua taxa por 100.000 passou de 53,0 para 55,22 neste último estudo.
Vejam os dados da MORTALIDADE no estado do RIO DE JANEIRO dos últimos dois anos:
Vejam os dados da MORTALIDADE no estado do RIO DE JANEIRO dos últimos dois anos:
Óbitos p/Ocorrênc segundo Município
Microrregião: Lagos
Capítulo CID-10: XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
Grupo CID-10: Agressões
Causa - CID-BR-10: 104-113 CAUSAS EXTERNAS DE MORBIDADE E MORTALIDADE
Município Óbitos p/Ocorrênc
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
2012
Código - TOTAL 295
330020 Araruama 48
330023 Armação dos Búzios 16
330025 Arraial do Cabo 4
330070 Cabo Frio 123
330187 Iguaba Grande 5
330452 Rio das Ostras 52
330520 São Pedro da Aldeia 33
330550 Saquarema 14
2011
Código - TOTAL 243
330020 Araruama 44
330023 Armação dos Búzios 15
330025 Arraial do Cabo 4
330070 Cabo Frio 103
330187 Iguaba Grande 2
330452 Rio das Ostras 23
330520 São Pedro da Aldeia 37
330550 Saquarema 15
Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10rj.def
* É uma situação multifatorial, mas certamente o descaso de 18 anos da falta de políticas públicas direcionadas a esta periferia crescente na cidade, cuja maioria mora em condições precárias e esta´desempregada ou sub empregada, com jovens sem perspectivas, contribui e muito para estes dados alarmantes. Ainda dá tempo de começarmos a reverter este quadro, mas as providência são urgentes e para "ontem"!!!
* Uma auditoria "estranha" detectada no portal da "mini transparência" do "novo" velho governo Alair, mostra uma avaliação das contas do governo anterior do ex-prefeito Marcos Mendes. O interessante é que a auditoria abrange aos anos de 2008, 2010 e 2011, deixando e fora o ano de 2009.
Fica uma pergunta: Qual o objetivo desta auditoria?
* Uma das premissas da administração pública é a publicidade dos atos. O atual governo tem o dever de explicar para a população o porque desta auditoria que custou 48.000,00 reais de dinheiro público e os resultados apurados.
Ficam mais duas perguntas:
Será que não pode revelar estes dados por motivos inconfessáveis ?
Que empresa é essa que fez tal auditoria e qual o critério para contratá-la ?
1) Data: 17/01/2014 Empenho: 18/2014 UG: 0 Ato: Pagamento Credor: DOUTOR GESTOR AUDITORIA E CONSULTORIA LT processo: 2621/2013 Licitação: 459/2013 Valor: 25.000,00 Histórico: Importância referente a contratação de Empresa especializada em consultoria para elaboração de projeto, que identifique a situação do municipio de Cabo Frio dos exercicios de 2008,2010 e 2011.
2) Data: 29/01/2014 Empenho: 18/2014 UG: 0 Ato: Pagamento Credor: DOUTOR GESTOR AUDITORIA E CONSULTORIA LT Processo: 2621/2013 Licitação: 459/2013 Valor: 23.000,00 Histórico: Importância referente a contratação de Empresa especializada em consultoria para elaboração de projeto, que identifique a situação do municipio de Cabo Frio dos exercicios de 2008,2010 e 2011.
* Não custa nada lembrar que o atual governo "encheu a boca" ao assumir no ano passado, que detectou inúmeras irregularidades e desvios de dinheiro público na Secaf e que precisou fechá-la, tendo em vista a impossibilidade de saneá-la.
Também denunciou inúmeras fraudes de licitação com desvios de dinheiro público na Saúde e impediu que tudo fosse divulgado. Ficou trancado a "sete chaves".
* Um governo sério e transparente tem obrigação de denunciar os envolvidos, informar o montante de dinheiro público desviado e responsabilizar os agentes públicos corruptos através de uma ação civil pública.
Porque não fez?
Por conluio e "rabo preso" com o ex-prefeito. Esta falsa polarização é o maior embuste político de Cabo Frio !!
* Na outra ponta, A Câmara de Vereadores jamais cumpriu seu papel fiscalizador neste caso, mostrando sua total subalternidade ao executivo, sem exceção. São "vereadores do prefeito" e não representam a população, que vê dioturnamente seu dinheiro ser desviado sem nenhuma ação concreta em favor de quem os elegeu. Fatos como esses devem servir de lição para a população em 2016 !!
* Uma parte dos vereadores desconhece suas prerrogativas e suas funções. Se limitam a fazer ações assistencialistas usando a máquina pública e suas carências no atendimento a população. Muitos se elegem assim. A subserviência é tal que o atual presidente da Casa, Marcelo Correa, por coincidência filho do prefeito, chegou a declarar na mídia local que a Câmara era o segundo maior poder na cidade.
Depois disso, comentar o que ?
* Esta famigerada Central de Marcação de Consultas não tem jeito mesmo, apesar das inúmeras tentativas enganadoras do "novo" velho governo Alair de tentar maquiar. Ontem, uma conhecida minha me contou que está com uma úlcera gástrica, com dores abdominais, precisando consultar um gastroenterologista e fazer uma endoscopia digestiva. Ao procurar a Central para marcar foi informada que tem que ir domingo de madrugada para a fila(ontem foi quarta-feira)para tentar apanhar um senha para o clínico geral e depois o encaminhamento para o gastro, aí depois, tentar fazer o exame a partir do pedido deste médico. É quase inacreditável um "périplo" desta natureza.
Só com muita "dignidade" a população aceita isso !!
* Esta disputa pela previdência do PROS na cidade, envolvendo o vereador Emanoel Fernandes e o Secretário de Indústria e Comércio, José Martins, mostra de forma clara com se faz a "velha política". Um partido fundado sem nenhuma base militante, que não representa ninguém, apenas os políticos que o formaram, sem um espectro ideológico e programático definido, e que em cada lugar busca estar presente em algum governo, seja ele qual for. O cargo de presidente é importante para ter a força política necessária para "negociar" cargos e tempo de televisão.
Simples assim !!
* Em assembleia realizada na segunda feira, os funcionários públicos liderados pelo Sindicaf decidiram pela greve, tendo em vista o não atendimento da pauta de reivindicações enviada a Prefeitura. Segundo a assembleia, caso não aja acordo a greve será deflagrada na próxima segunda, 02 de junho. Abaixo a pauta:
- Verbas salariais não pagas.
- Pagamento das horas extras feitas em maio, bem como dos plantões;
- Publicação da opção dos servidores da extinta Secaf para a Comsecaf, ainda não feita pelo governo;
- Elevação do auxílio alimentação dos atuais R$7,50 para R$12,00;
- Condições adequadas de trabalho: uniformes, equipamentos de proteção, vestiário e refeitório na Comsercaf.
- Aquisição de micro ônibus para limpeza no Pontal(2º Distrito).
* Todo o nosso apoio a greve dos funcionários públicos que lutam por seus direitos !!
* O Secretário Geral da FIFA, o alemão Jerome Valcke, voltou a esculachar o governo e o povo brasileiro, conforme mostra a matéria publicada no site UOL. Confia a notícia:
"GENEBRA - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, deu nova polêmica declaração sobre a organização da Copa do Mundo no Brasil. Em entrevista às agências internacionais, o dirigente alertou os torcedores estrangeiros que virão ao Mundial.
— Não apareça pensando que é a Alemanha, que é fácil se locomover pelo país. Na Alemanha, você pode dormir no seu carro, você não pode fazer isto (no Brasil) — declarou Valcke.
— Nós não temos o nível de compreensão de infraestrutura que desejávamos — disse o dirigente, em entrevista ao jornal suíço “Le Matin”."
* Mostra novamente a empáfia dos dirigentes desta entidade corrupta que prioriza sempre as possibilidades de ganhar cada vez mais dinheiro quando realiza um evento da magnitude de uma Copa do Mundo e que envolve vários interesses, inclusive governamentais.
O mais lastimável é que ninguém no governo brasileiro dá uma resposta a altura !!
* Mais tarde as rapidinhas ...................
terça-feira, 27 de maio de 2014
ALGUMAS IDEIAS SOBRE O CAPITAL DE PIKETTY, POR DAVID HARVEY
Algumas ideias sobre o Capital de Piketty, por David Harvey.
Thomas Piketty escreveu um livro chamado Capital que causou grande celeuma. Ele mostra estatisticamente (e estamos em dívida com ele e seus colegas por isso) que o capital tendeu, através da história, a produzir níveis cada vez maiores de desigualdade. Mas, a sua explicação de porque as tendências à desigualdade e à oligarquia surgem está seriamente comprometida. E ele certamente não produziu um modelo de trabalho para o capital do século 21.
Thomas Piketty escreveu um livro chamado Capital que causou grande celeuma. Ele defende a taxação progressiva e a tributação da riqueza global como único caminho para deter a tendência à criação de uma forma “patrimonial” de capitalismo, marcada pelo que chama de uma desigualdade “apavorante” de riqueza e rendimento. Também documenta com detalhes excruciantes, e difíceis de rebater, como a desigualdade social de ambos, riqueza e rendimento, evoluíram nos últimos dois séculos, com ênfase particular no papel da riqueza. Ele aniquila a visão, amplamente aceite, de que o capitalismo de livre mercado distribui riqueza e é o grande baluarte para a defesa das liberdades individuais. Piketty demonstra que o capitalismo de livre mercado, na ausência de uma grande intervenção redistributiva por parte do Estado, produz oligarquias antidemocráticas. Essa demonstração deu base à indignação liberal e levou o Wall Street Journal à apoplexia.
O livro tem sido frequentemente apresentado como substituto para o século 21 do trabalho de Marx sobre o século 19, que tem o mesmo título. Piketty nega que fosse essa a sua intenção, na verdade – o que parece certo, uma vez que seu livro não é, de modo algum, sobre o capital. Ele não nos conta por que razão ocorreu a catástrofe de 2008, e por que está a demorar tanto para tanta gente se levantar, sob o fardo do desemprego prolongado e da execução da hipoteca de milhões de casas. Ele não nos ajuda a entender por que o crescimento é tão medíocre hoje nos EUA, em oposição à China, e por que a Europa está travada sob uma política de austeridade e uma economia de estagnação.
O que Piketty mostra estatisticamente (e estamos em dívida com ele e seus colegas por isso) é que o capital tendeu, através da história, a produzir níveis cada vez maiores de desigualdade. Isso, para muitos de nós, não é novidade. Além disso, é exatamente a conclusão teórica de Marx, no primeiro volume da sua versão do Capital. Piketty fracassa em observar isso, o que não é surpresa, já que sempre clamou, diante das acusações dos média de direita de que é um marxista disfarçado, que não leu O Capital de Marx.
Piketty reúne uma grande quantidade de dados para sustentar a sua argumentação. A sua descrição das diferenças entre rendimento e riqueza é persuasiva e útil. E faz uma defesa cuidadosa da tributação sobre as heranças, do imposto progressivo e de um imposto sobre a riqueza global como possíveis (embora que certamente politicamente inviáveis) antídotos contra o avanço da concentração de riqueza e poder.
Mas, por que razão ocorre essa tendência para o crescimento da desigualdade? A partir dos seus dados (temperados com ótimas alusões literárias a Jane Austen e Balzac), ele deriva uma lei matemática para explicar o que acontece: o contínuo aumento da acumulação de riqueza por parte do famoso 1% (termo popularizado graças, claro, ao movimento Occupy) é devido ao simples facto de que a taxa de retorno sobre o capital (r) sempre excede a taxa de crescimento do rendimento (g). Isso, diz Piketty, é e sempre foi “a contradição central” do capital.
Mas esse tipo de regularidade estatística dificilmente alicerça uma explicação adequada, quanto mais uma lei. Então, que forças produzem e sustentam tal contradição? Piketty não diz. A lei é a lei e isso é tudo. Marx obviamente teria atribuído a existência de tal lei ao desequilíbrio de poder entre capital e trabalho. E essa explicação ainda é válida. A queda constante da participação do trabalho no rendimento nacional, desde os anos 1970, é decorrente do declínio do poder político e económico, à medida que o capital mobilizava tecnologia, desemprego, deslocalização de empresas e políticas anti-laborais (como as de Margaret Thatcher e Ronald Reagan) para destruir qualquer oposição.
Como Alan Budd, um conselheiro económico de Margaret Thatcher, confessou num momento de descuido: as políticas anti-inflação dos anos 1980 mostraram-se “uma maneira muito boa de aumentar o desemprego, e aumentar o desemprego era um modo extremamente desejável para reduzir a força das classes trabalhadoras… o que foi construído, em termos marxistas, como uma crise do capitalismo que recriava um exército de mão de obra de reserva, possibilitou que os capitalistas lucrassem mais do que nunca.” A disparidade entre a remuneração média dos trabalhadores e dos executivos-chefes era de cerca de trinta para um em 1970. Hoje está bem acima de trezentos para um e, no caso do MacDonalds, de cerca de 1200 para um.
Mas no segundo volume do Capital de Marx (que Piketty também não leu, como alegremente declara) Marx apontou que a tendência do capital de rebaixar os salários iria, em algum momento, restringir a capacidade do mercado de absorver os produtos do capital.
Henry Ford reconheceu esse dilema há muito tempo, quando determinou o salário de cinco dólares para o dia de oito horas dos trabalhadores – para aumentar a procura dos consumidores, disse.
Muitos pensavam que a falta de procura efetiva estava na base da Grande Depressão da década de 1930. Isso inspirou políticas expansionistas keynesianas depois da Segunda Guerra Mundial e resultou em alguma redução das desigualdades de rendimento (nem tanto da riqueza), no meio de uma forte procura que levou ao crescimento. Mas essa solução apoiava-se no relativo empoderamento do trabalho e na construção do “estado social” (termo de Piketty) financiado pela taxação progressiva. “Tudo dito”, escreve ele, “durante o período de 1932-1980, durante cerca de meio século, o imposto de rendimento federal mais alto, nos EUA, era em média 81%.” E isso de modo algum prejudicou o crescimento (outra parte das evidências de Piketty, que rebate os argumentos da direita).
Ali pelo final dos anos 1960, ficou claro para vários capitalistas que eles precisavam fazer alguma coisa a respeito do excessivo poder do trabalho. Por isso, Keynes foi excluído do panteão dos economistas respeitáveis, houve uma deslocação para o lado da oferta e para o pensamento de Milton Friedman, e teve início uma cruzada para estabilizar, se não para reduzir a tributação, desconstruir o Estado social e disciplinar as forças do trabalho. Depois de 1980, houve uma queda nas taxas mais altas de imposto e os ganhos do capital – uma grande fonte de rendimento dos ultra-ricos – passaram a ser tributados por taxas muito menores nos EUA, aumentando enormemente o fluxo de capital do 1% do topo da pirâmide.
Contudo, o impacto no crescimento era desprezível, mostra Piketty. Tal “efeito cascata” de benefícios dos ricos no restante da população (outra crença favorita da direita) não funcionou. Nada disso era ditado por leis matemáticas. Tudo era política.
Mas então a roda deu uma volta completa, e a pergunta mais importante tornou-se: e onde está a procura? Piketty ignora essa questão. Os anos 1990 encobriram essa resposta com vasta expansão do crédito, inclusive estendendo o financiamento hipotecário aos mercados subprime. Mas o resultado foi uma bolha de ativos fadada a estourar, como aconteceu em 2007-2008, levando consigo o banco de investimento Lehman Brothers, juntamente com o sistema de crédito. Entretanto, as taxas de lucro e a consequente concentração de riqueza privada recuperaram muito rapidamente depois de 2009, enquanto todos os outros continuavam muito mal. As taxas de lucro das empresas estão agora tão altas quanto sempre estiveram nos EUA. As empresas estão sentadas sobre grande quantidade de dinheiro e recusam-se a gastá-lo, porque as condições do mercado não estão robustas.
A formulação da lei matemática de Piketty camufla, mais do que revela sobre as políticas de classe que estão em jogo. Como notou Warren Buffett, “claro que há luta de classes, e é a minha classe, a dos ricos, que está a lutar, e estamos a vencer.” Uma medida-chave da sua vitória são as crescentes disparidades de riqueza e rendimento do 1% do topo em relação a todo o resto da população.
Há, contudo, uma dificuldade central no argumento de Piketty. Ele repousa sobre uma definição equivocada de capital. Capital é um processo, não uma coisa. É um processo de circulação no qual o dinheiro é usado para fazer mais dinheiro, frequentemente – mas não exclusivamente – por meio da exploração da força de trabalho. Piketty define capital como o stock de todos os ativos em mãos de particulares, empresas e governos que podem ser negociados no mercado – não importa se estão a ser usados ou não. Isso inclui terra, imóveis e direito de propriedade intelectual, assim como coleção de arte e de joias. Como determinar o valor de todas essas coisas é um problema técnico difícil, sem solução consensual. Para calcular uma taxa de retorno, r, significativa, temos de ter uma forma de avaliar o capital inicial. Não há como avaliá-lo independentemente do valor dos bens e serviços usados para produzi-lo, ou por quanto ele pode ser vendido no mercado. Todo o pensamento económico neoclássico (base do pensamento de Piketty) está fundado numa tautologia.
A taxa de retorno do capital depende essencialmente da taxa de crescimento, porque o capital se valoriza na base do que produz e não pelo que utilizou para a sua produção. O seu valor é fortemente influenciado por condições especulativas, e pode ser seriamente distorcido pela famosa “exuberância irracional” que Greenspan supôs detetar como característica dos mercados imobiliário e de ações. Se subtrairmos habitação e imóveis – para não falar do valor das coleções de arte dos hedge funders– a partir da definição de capital (e a razão para a sua inclusão é bastante débil), então a explicação de Piketty para o aumento das desigualdades de riqueza e rendimento desabaria, embora a sua descrição do estado das desigualdades passadas e presentes ainda ficassem de pé.
Dinheiro, terra, imóveis, fábricas e equipamentos que não estão a ser usados produtivamente não são capital. Se é alta a taxa de retorno sobre o capital que está a ser usado é porque uma parte do capital foi retirado de circulação e, de facto, está em greve. Restringir a oferta de capital para novos investimentos (fenómeno que estamos a testemunhar agora) garante uma alta taxa de retorno sobre o capital que está em circulação. A criação dessa escassez artificial não é só o que fazem as companhias de petróleo, para garantir a sua elevada taxa de lucro: é o que todo o capital faz quando tem oportunidade. É o que sustenta a tendência de a taxa de retorno sobre o capital (não importa como é definido ou medido) exceder sempre a taxa de crescimento do rendimento. Esta é a forma como o capital garante a sua própria reprodução, não importa quão desconfortáveis sejam as consequências para o resto de nós. E é assim que a classe capitalista vive.
Há muitas outras coisas valiosas nos dados coletados por Piketty. Mas, a sua explicação de porque as tendências à desigualdade e à oligarquia surgem está seriamente comprometida. As suas propostas de solução para a desigualdade são ingénuas, se não utópicas. E ele certamente não produziu um modelo de trabalho para o capital do século 21. Para isso, ainda precisamos de Marx ou de seus equivalentes para os dias atuais.
Artigo de David Harvey, disponível em davidharvey.org. Tradução de Inês Castilho para outraspalavras.net, revista por Carlos Santos para esquerda.net.
RAPIDINHAS........................
* Pois é, parece que a "Mangueira" vai entrar no nosso "Cofre". O "Fumo" já vem entrando há 18 anos. Mas tem gente que gosta, pois "os caras" estão aí, eleitos e "garbosos" !!
* Uma nova Caminhada pela Paz, desta vez promovida por setores organizados da sociedade civil, sem participação do governo, vai ocorrer no dia 29 de maio, com concentração a partir de 15 horas, na Praça Porto Rocha. O movimento de protesto é legítimo quando tem efetivamente a participação popular.
* A tal reforma política anunciada pelo "novo" velho governo com intenção de reduzir os gastos com a folha de pagamento "emperrou". Secretários, vereadores, candidatos na base, todos brigam para salvar seus "apadrinhados", que evidentemente serão cabos eleitorais pagos com dinheiro público. Só sai agora depois da eleição.
Nada muda, é sempre tudo igual !!!
* Cabo Frio amarga uma déficit habitacional há 20 anos e a Secretária de Habitação, após um ano e meio de governo não apresentou nenhum projeto. É a inércia total somada ao descaso com os mais carentes.
* A maior "caixa preta" da cidade chama-se Limpeza Urbana. É tudo muito bem "escondidinho".
Nenhuma transparência nos contratos e a nossa "vigilante" Câmara de Vereadores também não quer nem ver. O orçamento da Limpeza Urbana é quase igual ao da Educação.
Cidade Limpa é isso aí. O cofre sempre anda "limpinho" !!
* Uma pergunta inocente.
Porque uma autarquia responsável por alguns serviços públicos, principalmente a coleta de lixo na cidade, promove também shows e eventos ?
Assim faz a Consercaf no governo Alair e fazia a Secaf no governo Marquinhos.
* A Secaf, Alair mandou fechar alegando roubalheira e desvio de dinheiro público, mas não acusou ninguém, não propôs nenhuma ação civil publica e nem divulgou os nomes dos responsáveis.
Outra pergunta inocente.
Por que será ?
* Denúncias de assédio moral são comuns nesta cidade há muito tempo. Desde o advento do recebimento dos royalties que a "Mãe Prefeitura" se tornou a maior empregadora da cidade que os contratados recebem todo tipo de pressão e ameaças se não se enquadrarem "as normas da casa". Os concursados é que não podem ter medo de denunciar pois estão amparados legalmente e tem que reagir a este tipo de arbítrio.
* Isto não acontece apenas no governo Alair. Inúmeras casos de assédio moral aconteceram no governo do ex-prefeito Marcos Mendes. Mestre e pupilo são semelhantes também neste aspecto.
* Aliás, são semelhantes também na prática do nepotismo escrachado e escancarado.
Quero ver alguém negar !!
A diferença é que a "Família Alair" é bem mais numerosa e dá mais prejuízo aos cofres públicos.
* Em Iguaba Grande, a Secretária de Saúde foi convocada para ir a Câmara de Vereadores dar explicações sobre as várias denúncias de assédio moral a contratados e concursados, que chegaram aquela casa sobre esta prática em sua secretaria, cuja maior denunciada era ela própria.
Aqui em Cabo Frio a nossa Câmara finge que não vê e não sabe de nada !!
* O presidente do COI - Comitê Olímpico Internacional "engrossou" a voz com o prefeito Eduardo Paes sobre os atrasos nas obras para as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016. Ameaçou levar o evento para a cidade de Chicago, caso os prazos e planejamento não sejam cumpridos.
O COI não é a FIFA, que faz tudo por dinheiro !!
* Como de praxe, uma frase de reflexão para fechar as rapidinhas de hoje:
" É impossível progredir sem mudanças, e aqueles que não mudam suas mentes não podem mudar nada."
George Bernard Shaw
segunda-feira, 26 de maio de 2014
POESIA NUMA HORA DESSA !!
Havia um homem antes da farda:
depois, difícil dizer
visto deste ângulo
a vista turva de gás
confunde a espingarda às mãos, braços, corpo
cabeça.
Havia um homem antes da farda:
depois, difícil
o amor à ordem,
ainda que caduque e obrigue
a esquecer como basta
o menor dos impulsos para pedra, faca, estilhaço
rasgar-lhe a garganta.
Havia um homem antes da farda: depois,
caos, um nada, anterior talvez à farda
à espera que, de ordem, uma palavra
o preencha, havia um homem ––
esse verso impossível de lembrar,
se a hora não é de poemas, falhando a voz,
o coturno abafando a garganta, ódio
trêmulo na fumaça dos detritos.
Adriano Scandolara
NOTÍCIAS E FATOS
* Os "azulzinhos" voltaram e o estacionamento voltou a ser cobrado há vários meses atrás em Cabo Frio. Entretanto, a prefeitura ainda não explicou para que entidades filantrópicas estão sendo direcionados os recursos desta cobrança. A Lei Orgânica do município assim o determina. A falta de transparência no trato com a coisa pública é flagrante nesta cidade e vem sendo a marca das administrações de Alair e Marquinhos. Nos bastidores comenta-se que esta arrecadação está sendo alocada em outras áreas, contrariando o citado dispositivo legal. Aliás, ninguém sabe o montante arrecadado até agora. Ninguém sabe também como estão sendo feitas as contratações das pessoas que fazem a cobrança.
Aqui também os nossos "nobres edis" não fiscalizam nada !!
Em tempo, sou contra a cobrança, pois entendo que a utilização deste espaço público já é contemplada no pagamento de outros impostos. No governo anterior era pior ainda, porque as ruas foram privatizadas e exploradas por uma empresa pra lá de suspeita.
Quem lembra ?
* Aliás, é impressionante a capacidade de omissão desta Câmara de Vereadores. Os vereadores se elegem com o voto do povo, mas logo em seguida, a grande maioria se transforma em "vereadores do prefeito". Ganham para isso cargos e benesses no governo. Este modelo de dominação da Câmara, praticado tanto por Marquinhos quanto por Alair, o pupilo e seu mestre, inviabiliza a independência necessária que precisa ter o poder legislativo. Impede o seu poder de fiscalização das contas pública. Impede que as irregularidades e os desvios de dinheiro público, que acontecem rotineiramente nesta cidade, sejam denunciados e de conhecimento público.
O atual presidente da "casa do povo", Marcelo Correa(PP), filho do prefeito, declarou outro dia na mídia local, em alto e bom tom, que a Câmara dos Vereadores "era o segundo poder mais importante da cidade".
Depois disso, falar o que ?
* Recado dos companheiros do Sepe da rede estadual em luta:
Panfletagem hoje, dia 26 de maio, no Largo de São Francisco,centro de Cabo Frio, das 07 as 17 horas.
Necessidade de união da categoria e conscientização da população para a importância de lutar por uma educação de mais qualidade!!
* Em assembleia, os professores decidiram cobrar uma posição política em torno da greve da educação dos Deputados Janio Mendes e Dr. Paulo Cesar. Quando se trata de manifestação dos trabalhadores, principalmente funcionários públicos ligados ao Estado, ambos parlamentares costumam se omitir. Janio Mendes por ser da base do governo estdual e em ocasiões passadas já votou contra os professores e bombeiros, provavelmente não se manifestará. Dr. Paulo Cesar por sua própria característica, não fala nada. Trabalha em silêncio em suas bases. É um parlamentar que nunca torna clara sua posição sobre nenhum tema.
* O estranho é que esta "cobrança de posicionamento", segundo a assembleia, deveria ir para o site do Sindicato, mas parece que há um "mal estar" na direção em fazer esta publicação.
Por que será ?
* Abaixo a pauta de reivindicações do Sepe:
Pauta unificada da educação:
1) Plano de carreira unificado;
2) Reajuste linear de 20% com paridade para os aposentados;
3) Contra a meritocracia e pela autonomia pedagógica;
4) Não à privatização da educação;
5) Contra o repasse das verbas para empresas, bancos, Organizações Sociais, fundações;
6) Fim da terceirização;
7) Cumprimento de 1/3 de planejamento extraclasse Já!
8) 30 horas para os funcionários administrativos, já!
9) Eleição direta para diretores;
10) Uma matrícula uma escola;
11) Equiparação salarial entre PEI, PI e PII;
12) Reconhecimento do cargo de cozinheira (o) Escolar;
13)15% de reajuste entre níveis;
14) Convocação dos concursados de 40 horas.
* Os professores como agentes de transformação social são vistos, muitas vezes, como "inimigos" pelos maus governantes. A Educação quando é crítica e libertadora faz os alunos questionarem o status quo e os interesses das classes dominantes, como antevia Paulo Freire, e muito antes dele, Karl Marx.
O Estado brasileiro, desde a sua formação, jamais investiu adequadamente em Educação. Sempre representou a "ilusão" de que pertence a toda população. Hoje,no Brasil, investindo menos de 5% do PIB e apenas 3,9% do Orçamento Geral da União em educação pública, moldou o caos que vivemos na atualidade. Por sua vez, estados e municípios, por falta de um projeto universalizante são faces desta mesma moeda.
Parte do nosso atraso político e sócio-econômico são explicados pela falha e pela falta de investimento na educação. A falta de um novo e motivador projeto educacional para o país, a inadequação atual da formação escolar e da cidadania são fatores que ajudam a explicar a péssima representação política que temos no executivo e no parlamento em todas as esferas de poder.
* Recado dos companheiros do Sindicaf também em luta pelos seus direitos:
ATENÇÃO SERVIDOR MUNICIPAL FILIADO
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
Dia 26/05 (Segunda-feira) as 17:30hs no PROGRESSO FUTEBOL CLUBE
(Av. Joaquim Nogueira nº 1.172 – São Cristóvão, Cabo Frio)
TÓPICOS:
►Não pagamento de Horas Extras, Dobras, Gratificação de Plantão e outras verbas salariais;
►Coação e Assédio Moral nos setores de trabalho;
►Falta de condições de trabalho e EPIs;
►Indicação e eleição de Representantes Sindicais de Base – RSB;
►Revisão do Auxílio-Alimentação e extensão para todos servidores;
►Autorização para Substituição Processual em ações judiciais.
Lute por seus direitos!
SINDICAF
* A coisa realmente está muito feia no ambiente político do país. Alguns partidos conservadores, inclusive o PT, estão apelando para tudo na questão conseguir puxadores de votos para a legenda. É um quadro de total despolitização. É o tal "vale tudo". Confira o post do jornalista Ilmar Franco em seu blog:
"Os puxadores:
Em São Paulo, estão praticamente definidos os puxadores de votos à Câmara este ano: No PT, será o ex-presidente do Corinthians André Sanchez; no PRB, Celso Russomano e Doctor Ray; no PSC, Marcos Feliciano; e no PR, Tiririca."
No Rio, o PCdoB vai com o cantor de pagode Belo.
* A sociedade brasileira precisa cada vez mais compreender a importância e a função da participação e da mobilização popular como forma de reivindicar seus direitos. Não temos ainda, infelizmente, este "cacoete". Precisa ser trabalhado e incentivado. Tem muitos que vão dizer que não vai dar certo. São aqueles que não querem que nada mude. Estão firmes em suas mamatas. A grande maioria dos governantes não estimula e nem "convidam" a população a tomarem parte das decisões políticas que impactam seu cotidiano e o futuro de suas vidas. Governam sempre de forma autocrática, de "cima para baixo" e sem quase nenhuma consulta popular.
Este é um outro campo de mudanças que precisamos estar atentos na hora do voto. O político tem que nos "representar" e não nos "substituir". Parece uma tênue diferença, mas não é, pois a maioria, após investida no cargo público se afasta das demandas populares e do trabalhador para defender interesses dos grandes empresários e donos do capital que financiaram suas campanhas políticas.
Tenho certeza que cada um de nós reconhece vários políticos que fazem isso e que tem este perfil. Daí a pergunta:
Porque então reelegê-los para mandatos sucessivos?
* Pior do que estes só aqueles contumazes ladrões do dinheiro público, que também por inércia e cumplicidade de certos segmentos da população, ingênua ou não, também vêm sendo eleitos e reeleitos.
* Mais tarde, humor, poesia e as rapidinhas com notícias locais..............
domingo, 25 de maio de 2014
A COPA DE 2014 A CRISE BRASILEIRA
As grandes manifestações que tomaram as ruas do Brasil em junho de 2013 subverteram o lugar reservado na história para o ano de 2014 no país. Em 2007 quando o Brasil foi oficialmente confirmado como país-sede da Copa do Mundo de Futebol da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado), as promessas de que o megavento deixaria um grande legado de desenvolvimento urbano e social com pesados investimentos privados e sem desembolso de verbas públicas parecia apontar para a coroação do discurso que previa uma década de vigoroso crescimento econômico de um país protegido da imensa crise que naquele ano já começava a assombrar Estados Unidos e Europa.
Hoje, a menos de dois meses do início dos jogos, o cenário do “país do futebol” é de profunda instabilidade social e política com reflexo em uma enorme e em certa medida inesperada crítica negativa à realização da Copa do Mundo. À rejeição popular aos gastos estratosféricos com obras atrasadas, superfaturadas e ineficazes, à ausência quase absoluta do legado social prometido, às mortes de operários nos estádios e à ingerência completa da FIFA na política nacional, soma-se a realidade de cidades conflagradas, alta no custo de vida e serviços públicos sucateados. Desde junho de 2013 eclodem diariamente manifestações populares das mais diversas, de ocupações de imóveis urbanos, a atos de contra a Copa e inúmeras greves. As Jornadas de Junho não só demoliram a aura de estabilidade social, política e econômica dos edifícios teóricos forjados pelos governos Lula e Dilma para sustentar o chamado neodesenvolvimentismo brasileiro. Elas também explicitaram o esgotamento de um projeto que, longe de romper com as estruturas do modelo neoliberal que cresceu no país na década anterior, reforçou seus principais pilares, propagando a falsa ideia de que seria possível blindar o Brasil contra a crise econômica internacional a partir de um pacto conservador de classes amparado por um lado na tentativa de apaziguar os conflitos sociais e combater a pobreza extrema a partir de políticas compensatórias e incentivo ao consumo e ao crédito e, por outro lado, no fortalecimento da ortodoxia econômica que permitiu a lucros recordes para bancos, agronegócio e setor imobiliário nacionais.
A realização da Copa do Mundo tem exposto as fraturas mais profundas do “modelo brasileiro” e evidenciado uma crise já instalada que tende a avançar. As obras da Copa, inscritas como parte do segundo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – eixo dos últimos dois governos brasileiros – revelam que o estímulo fetichista ao crescimento econômico a todo custo ao invés de ser o oposto da crise econômica é parte fundamental de seu desenvolvimento por outros meios, aprofundando um processo de acumulação baseado principalmente no aumento a espoliação urbanai. Combinada a isso, ainda que não estejamos na mesma situação econômica de países onde a crise provocou austeros ajustes contra sua população, a dinâmica da economia não só não está imune como já apresenta elementos da estagnação e os megaeventos têm sido importantes vetores de “importação” desse estado crítico dos países centrais.
O Brasil da Copa, a crise que já existe e a que pode vir.
Pensando no conjunto dessa análise não podemos deixar de encontrar similaridades com o desenvolvimento da formação social brasileira. Credenciado pelo forte padrão exportador de produtos primários, pelos índices de consumo interno baseados em largo estímulo ao crédito e pela ortodoxia da política econômica o país tornou-se importante referência para investimentos na economia mundial em crise e atraente para que se efetivasse o pleito de sede para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Ao mesmo tempo, grandes projetos de reestruturação do território referentes às obras urbanas e de infraestrutura – como a transposição do Rio São Francisco, as usinas hidrelétricas Girau, Santo Antônio e Belo Monte e o Programa Minha Casa, Minha Vida – feitos em geral com parcerias público-privadas ou mesmo privatizações e concessões foram colocados em curso com os PACs.
Se tal cenário permitiu por um lado a ascensão de um discurso apologético do neodesenvolvimentismo brasileiro legitimado internacionalmente, por outro também se baseou na completa incapacidade de oferecer alternativas de transformação mais profundas, resumindo a ascensão social dos mais pobres à ampliação do consumo e de alguns programas sociais parciais e deixando de lado qualquer mudança mais estrutural no trágico quadro dos serviços públicos. Dessa forma, o aumento real do salário proporcionado por uma mão era retirado por outra, especialmente a partir da precária condição de vida nas grandes metrópoles nacionais que viram o boom imobiliário multiplicar o preço dos aluguéis, aumentar a segregação urbana por meio da expulsão dos pobres para as periferias e gerar maior pressão nos já precários serviços de transportes, saneamento básico, segurança, saúde e educação.
A Copa do Mundo intensifica a espoliação com dezenas de milhares de famílias removidas de suas casas, gastos públicos astronômicos e incentivo a obras atrasadas e que aprofundam a segregação urbana nas cidades-sede e indícios de pesados superfaturamentos e corrupção. Esse quadro se agrava pelo aparato jurídico de exceção imposto pela FIFA que envolve a criação de normas que garantem imunidade jurídica e ingerência da entidade no território, apropriação privada de espaços públicos por meio de zonas de exclusão, regime de contratação que facilita o superfaturamento, tribunais de exceção e mais recentemente estão em discussão leis antiprotestos combinadas à aquisição de enorme aparato de segurança mobilizado para os jogos.
Na contramão das promessas, é possível que o legado da Copa seja fundamentalmente essa combinação da espoliação e da exceção nas cidades. Mas não “só” isso. Como parte dos mecanismos de exceção está também a possibilidade de ampliação do endividamento dos municípios, o que já tem ocorrido nos últimos dois anos quando o aumento médio da dívida pública das cidades-sede é superior ao dobro daquele das capitais sem Copa. Somados aos outros gastos com estruturas temporárias e permanentes e pensando em um cenário de queda no crescimento econômico, retração industrial e diminuição da confiança do mercado financeiro com queda no grau de investimento do país, há uma tendência evidente à importação da crise dos países centrais para o Brasil. Cabe especialmente às ruas encontrar novamente uma alternativa a esse caminho.
Maurício Costa de Carvalho é geógrafo e pós-graduando em Geografia Humana na Universidade de São Paulo onde estuda os impactos da Copa na regulação do território brasileiro e as normas de exceção.
sábado, 24 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
RAPIDINHAS........................
* Acho engraçado determinadas pessoas nas redes sociais ficarem cobrando do PSOL providências e posicionamentos sobre vários desmandos que ocorrem na cidade.
Onde estavam estas pessoas quando nas eleições municipais em 2008 e 2012 denunciamos e avisamos que tudo isso iria acontecer?
Tá lá, tudo gravado, nas campanhas políticas, nos debates, nas entrevistas, no nosso Programa Cidadania e Socialismo que ficou no ar de 2009 a 2013, e neste atual blog.
* Onde estavam quando fomos o único partido a ter a coragem de enfrentar com candidatura independente essas "tralhas políticas" que (des)governam Cabo Frio há quase vinte anos, mesmo com pouquíssima estrutura partidária e sem recursos contra estruturas de campanhas milionárias financiadas pelos "de sempre".
Estas pessoas estavam onde estão. Criticando atrás da tela do computador ou sentadas nas macias poltronas da sala de estar !!
* O PSOL não é Ministério Público e nem a "palmatória do mundo" !
O nosso imenso agradecimento aos 5.300 eleitores que confiaram que a mudança é possível.
Por eles e até pelos que não votaram que a nossa luta vai continuar.
Independente da difícil conjuntura política que enfrentamos, onde o poder econômico quer "comprar" a eleição para "os de sempre", independente das poucas "armas" e "ferramentas" que possuímos, não fugiremos do "campo de batalhas", das ruas.
* Gostaríamos de fazer mais, ter uma estrutura maior, mas não somos carreiristas e nem políticos profissionais. Aqui em Cabo Frio somos um partido formado por trabalhadores e estudantes. Estaremos novamente nas disputas para felicidade de uns e desgosto de outros !
* Mentiras e calúnias não nos afetarão, ainda mais quando proferidas por pessoas sem credibilidade e que ora "rezam para um santo" e ora "rezam para o outro".
Nossa coerência está sendo mantida e nosso posicionamento político também. O nosso lado é claro: o lado do trabalhador, dos setores médios da sociedade e dos excluídos. Quem lê este blog e acompanhou com mais atenção as campanhas eleitorais citadas não tem como negar isso, até porque como disse, tá lá, tudo gravado na recente história política da cidade.
* Por falar no PSOL, tem muita gente preocupada com a grande votação que vai ter o Deputado Estadual Marcelo Freixo. As pesquisas indicam que o PSOL terá uma das maiores bancadas da ALERJ. Daí o "pau cantando" em cima de todos no partido.
* E o caso Bené ? Até agora nada. Os sindicatos precisam apertar esta causa na justiça e buscar estabelecer a verdade que parece ser sombria e escabrosa !
Por aqui não vamos esquecer !
* O "Caso Fundeb", "grana carimbada" desviada de função, divulgado em primeira mão pelo nosso blog, terá desdobramentos importantes. Tem muita gente não acreditando. Aguardem.
Também não vamos esquecer !
* Janio e Marquinhos já confirmaram presença no palanque do candidato Pezão aqui em Cabo Frio. O interessante é que com a adesão do PP a campanha do Mãozão, ou quer dizer, Pezão, este palanque também pode ter a presença do prefeito Alair. Vai ser lindo, todos abraçados, esquecendo as "pequenas divergências" e se unindo apenas porque pensam na população em primeiro lugar.
Você já ouviu falar em contos de fada?
Claro que ouviu, né !!
* Outra coisa: Mostra mais uma vez aquilo que estamos repetindo a muitos anos. Estes "caras" são ora aliados, ora adversários, dependendo da ocasião, dependendo de seus interesses pessoais e conveniência política de grupos. Política não é isso. Isso tem outro nome que não preciso citar. Os interesses da população "passam longe" destes acordos.
Informação e renovação serão palavras chaves para 2014 e 2016 !
Só se engana quem quer !!!
* A enquete do blog zerou sozinha por um problema no blogspot.
Ela perguntava: COMO VOCÊ VAI VOTAR EM 2014 ?
O resultado foi uma ampla maioria para os que vão buscar um voto renovador.
Isso reflete o que vemos nas ruas. Vamos ver se este "sentimento" se projeta nas eleições ou será novamente derrotado pela força esmagadora do poder econômico !!
* Em breve divulgaremos uma nova enquete.
* Rolam boatos nos bastidores políticos que a prefeitura vai patrocinar um enredo falando de nossa cidade numa escola de samba do Rio de Janeiro como estratégia de marketing turístico. Sinceramente, se for verdade neste momento que a cidade vive, tem que mandar "internar" o prefeito. Só pode ser brincadeira de algum gaiato !!
* Esta situação política de Búzios do "toma posse o vice ou não" virou piada nacional.
Hoje de manhã, o vice prefeito Carlos Alberto Muniz assumiu amparado por uma segunda liminar(a primeira foi cassada), entrou no gabinete e quando perguntado qual seria seu primeiro ato, disse que seria exonerar o procurador do município que defendia o "prefeito viajante em Cannes". Não durou um dia. A tardinha esta sua segunda liminar foi cassada novamente por obra do tal procurador. O "prefeito viajante" está novamente no cargo.
Até quando ?
* Esta justiça brasileira também, vou te contar, parece brincadeira !!
* 600 mil estrangeiros são esperados para a Copa do Mundo. A maioria será de turistas
norte-americanos. Parece que nossos hermanos argentinos andam "meio duros" !!
* Vejam esta: Em Cabrobó, Pernambuco, um empresário do ramos das biritas criou uma cachaça de maconha. Isso mesmo. Tem até nome: Pituconha. Já é sucesso de vendas.
Como o cara cultiva a erva se no momento é considerado como ilegal?
Coisas do nordeste do Brasil !!
* Emito aqui minhas opiniões, mas gosto de usar visões de outras pessoas para não dar um caráter personalista ao blog. Participe com comentários, aqui sua opinião será livre e não será censurada, mesmo que seja divergente das emitidas pelo blog.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
NOTÍCIAS E FATOS
* A Saúde Pública em Cabo Frio está pedindo socorro há praticamente 18 anos. Já foi gerida por médicos e hoje é gerida por um empresário. Ambos os governos (MM e AC) entendem a saúde como prestação de serviços e não como um direito inalienável da população. Quase todos os serviços de exames são privatizados e terceirizados, drenando todo ano uma parcela significativa de dinheiro público para os empresários privados, e nem por isso o serviço melhorou. Como já disse aqui num post anterior, a saúde da cidade continua enriquecendo muita gente e elegendo também muita gente. Apenas a população perde. O problema é que perde calada e conformada, pois apesar deste descaso, eles se elegem e reelegem com facilidade.
* A notícia divulgada ontem pela INTERTV, da dificuldade de transferência para fora de Cabo Frio de um criança em estado grave que precisava de uma UTI Pediátrica, nos faz ver a carência e a falta de compromisso com a população. Não estamos falando de um município pobre, que tem dificuldades e limitações orçamentárias, mas sim de um município que arrecada quase 1 bilhão por ano. Cabo Frio não tem só uma UTI Pediátrica pública, não tem UTI nenhuma, nem Neo-Natal, nem Cardiológica. Está tudo na rede privada.
* Falta também compromisso com a Saúde de Base. ESF's equipados e funcionando para atender e controlar as doenças crônicas ou de base para desafogar as estruturas de emergência, que são muito mais caras e se veem obrigadas a atender vários casos que são ambulatoriais e não emergências. A famigerada e imoral Central de Marcação de Consultas é um erro de planejamento e jamais resolverá a questão. A marcação de exames e consultas mais especializadas tem que ser feitas nos postos. Isto é tão óbvio que só a falta de vontade política ou interesses que favorecem quem se aproveita disso para buscar votos entre os desassistidos fingem não ver.
* A Secretaria de Transportes continua devendo a população duas explicações:
1 - Quando será criada a Comissão Popular (prometida de forma solene pelo prefeito numa reunião no Clube Tamoios e vergonhosamente não cumprida)para avaliar as condições do transporte coletivo na cidade, que por sinal, continua deficiente e agora mais caro com o recente aumento. A licitação fraudulenta feita no governo anterior de Marcos Mendes (outro serviçal da Salineira) e endossada e defendida judicialmente por este "novo" velho governo, dorme em "berço esplêndido" nas gavetas da justiça, após a contestação do Movimento Ecoar. Enquanto isso, nenhuma auditoria na planilha de custos da empresa concessionária e milhões em subvenção e "festa de retorno" nos bastidores.
2 - Quando será retomada a emissão do tal "cartão dignidade", cortado sem dar nenhuma explicação razoável para a população. O secretário da pasta parece que é mudo, pois nada fala. Aliás, dar explicações a sociedade dos atos e destino dos gastos com o dinheiro público nunca foi o forte "destes caras ".
A população reclama, mas não se importa tanto, na hora da eleição tem um "cascalhinho" ali, outro tijolinho aqui, uma cesta básica lá, e vamos indo.............
* A população de Tamoios segue reclamando do abandono de parte da rodovia próxima a ponte que divide o município com Barra de São João, devido aos constantes buracos feitos pelos pesados caminhões que saem do areal de um "velho amigo dos governos". O estado da ponte também preocupa como mostra a foto enviada por um morador. A prefeitura e o DER estadual precisam definir suas responsabilidades e agir em prol da população.
Aliás, as reclamações dos moradores, principalmente pelas redes sociais, cobrando as promessas feitas pelo governo em várias áreas de políticas públicas no distrito e não atendidas, tem sido constantes e impressiona pela quantidade. Até agora, apenas algumas ruas calçadas.
* A Lei de Responsabilidade Fiscal não pode ser analisada como uma "panacéia salvadora" de regularização das contas públicas, apenas por alguns aspectos positivos que tem, como por exemplo, impede que um governo deixe despesas impagáveis para o governo que vai lhe suceder, entre outras. Foi elaborada e votada no governo neoliberal de FHC, contestada pelo PT em vários itens( inclusive este limite de 54%, numa época que o PT pensava na valorização do funcionalismo público) enquanto oposição, e que garante inúmeros privilégios para pagamento das dívidas de estados e municípios ( sempre a dívida na frente dos interesses populares). Confira um ponto:
"§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do SERVIÇO DA DÍVIDA, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. Ver tópico (235 documentos)". O aumento da letra é grifo nosso. Para o pagamento de dívidas não tem limite, mas para remunerar melhor o funcionalismo tem). Cada um que faça sua própria análise !
* O limite de 54% foi feito com um viés de que todo prefeito vai agir de forma equivocada e entulhar o município de empregados contratados. Na verdade, quando o prefeito quer ele o faz de qualquer maneira, através da terceirização. Se tornou inócuo e muitas vezes impede o prefeito de valorizar de forma adequada o salário do funcionalismo público, principalmente aquele que não quer terceirizar e precarizar o direito do trabalhador, o que quase sempre ocorre com o terceirizado. Aqui em Cabo Frio, Alair cita isso, usa como desculpa. Diz que tem dinheiro para pagar,transferindo de outra área, mas não pode ultrapassar este limite. Tira o poder de decisão do prefeito.
* Os municípios no Brasil tem realidades orçamentárias diferentes e também modos de gestão do dinheiro público diferentes. O exame da LRF é um tema complexo que divide vários economistas, dependendo de sua formação acadêmica e visão da administração pública.
É muito precipitado e reducionista fazer avaliações gerais, principalmente quando não se é do ramo. Em questões econômicas e fiscais não existem verdades absolutas. Depende das prioridades escolhidas por cada governo. Não tem fórmulas mágicas que esta vai dar certo e esta vai dar errado. Eu tenho várias dúvidas da real aplicabilidade sobre muitos aspectos desta Lei. Infelizmente, não se debate esta lei para que ela possa ficar mais clara para a população.
* No caso do Prefeito de Itaocara, Gelsimar Gonzaga(PSOL), que concedeu um aumento de 8% ao funcionalismo, acima do índice de inflação e que arrisca a romper a barreira dos 54%, novamente peitando o "sistema", são totalmente injustas as críticas de que é uma atitude demagógica. O prefeito disse no seu discurso de posse que não assinaria nada que prejudicasse o funcionário público e apenas está cumprindo sua palavra, mesmo colocando sua "cabeça em risco". Não foi uma decisão de ocasião. Aliás, suas constantes divergências com os vereadores que perderam as benesses que tinham no governo é outra prova da coragem com que enfrenta o "modus operandi" desta governabilidade viciada.
Se aqui em Cabo Frio nossos governantes cumprissem com sua palavra ..................
* Pesquisarei mais adequadamente a Lei e trarei novas informações posteriormente.
* Quero aqui reafirmar nosso apoio a greve dos professores das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro, replicando um post do Blog Pó de Giz, especializado nas questões ligadas a Educação e que acho extremamente pertinente neste momento:
"Alguns colegas, que não aderiram à greve, querem garantias.
Para quem NÃO está fazendo a greve, fica garantido que:
1. Você continuará reclamando na sala dos professores e demais dependências da escola e não terá suas reivindicações atendidas. Mas você não terá seu ponto cortado.
2. Seu salário continuará defasado.
4. Seu vale coxinha e vale carroça continuaram essa miséria por dia que trabalhar, enquanto outras categorias por todos os dias do mês, trabalhando ou não.
5. Você continuará regendo turmas super lotadas.
6. Caso receba gratificação, perderá no caso de licença de qualquer natureza... salvo se for função gratificada.
7. O plano de carreira que você tem direito continuará sem reajuste, e funcionários administrativos continuam de fora...
8.A Veja continuará dizendo que ao invés de pedir salários justos, você precisa correr atrás de formação, pois suas aulas são medíocres e o que você faz em sala qualquer um pode fazer. (Alguns bem que merecem mesmo ouvir isso.)
9. Você continuará aplicando SAERJ, e corrigindo, mesmo quando uma instituição foi paga pra fazer isso
10. Os equipamentos da escola continuarão sendo alugados e precários.
11. A diretoria da sua escola continuará sendo indicada pelo governo, garantindo assim que faça o trabalho de "capitão do mato"...
12. A implementação de projetos como Autonomia, da fundação Roberto Marinho, continua garantida em sua escola...
13. Você irá ajudar o governo a "medir seu nível de criatividade" entre outras coisas, pra provar que sabe dar aula (CERTIFICAÇÃO, publicada no DO de 12/05/2014, pag. 16 e 17)
Vamos parar por aqui... é garantia demais para quem não está em greve.
Para quem ESTÁ FAZENDO GREVE fica garantido que:
1. Sim, você corre o risco de ter o ponto cortado, pois uma vez que a adesão é baixa, aqueles que aderem ficam vulneráveis e o governo nem "tchum" para negociar.
2. Você até terá medo, mas a sensação de estar fazendo a sua parte é gratificante.
3. Você tem a chance de denunciar os desmandos do governo e a despeito da mídia, pode mostrar para a sociedade a sua verdade.
4. O governo pode sentar para negociar com você e então há possibilidade de mudanças até para aquele que não está em greve, mas fica esperando o que pode ter de retorno dela.
5. Você tem o meu respeito e o de muitos colegas que estão do seu lado. Você não está sozinho.
6. Seus alunos vão aprender a ser críticos, com base no seu exemplo.
Pronto! Olha quantas garantias!!!!"
* ADAPTADO de "Luciana Britto"
* É claro que respeitamos democraticamente o direito daqueles que são contra a greve.
* A decisão do STF devolvendo as prerrogativas do Ministério Público de investigar irregularidades em campanhas eleitorais é um ganho para a sociedade. Confira abaixo a matéria do O Globo que dá detalhes sobre o caso:
"O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quarta-feira resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que limitava o poder de investigação do Ministério Público diante de fraudes eleitorais. A regra condicionava a investigação de suspeita de ilegalidade à autorização prévia de um juiz eleitoral.
Agora, fica valendo a norma anterior, que dá autonomia a procuradores e promotores de todo o Brasil para apurar esses casos e, se for detectado crime, é aberto processo na Justiça. Com a decisão da mais alta corte do país, o Ministério Público poderá fiscalizar livremente as campanhas deste ano."
* No primeiro debate do ano entre os candidatos a Governador do Estado do Rio de Janeiro, promovido pelo Jornal O Dia, o grande destaque foi o candidato do PSOL, o Professor Tarcísio Motta, conforme mostra a matéria do próprio jornal. A lamentar, a não presença de Pezão, Lindberg e Crivella.
"DESTAQUE NO DEBATE ENTRE PRÉ-CANDIDATOS!
Nesta segunda, participamos do primeiro debate entre pré-candidatos a governador do Rio de Janeiro. De acordo com o Jornal O Dia, nossa participação foi um dos destaques, por conta da clareza e firmeza nos discursos. Entre as respostas dadas, o Jornal destacou a discussão sobre segurança e a crítica pela ausência dos candidatos governistas no debate:
“O policial não pode ter o povo como inimigo. Precisamos de um estado que garanta direitos a todos. E repensar essa guerra às drogas, que é uma guerra aos pobres e que não deu certo em lugar nenhum. Mas, é uma pena que os candidatos da aliança PT-PMDB não tenham vindo debater este tema”, alfinetou Tarcísio.
Leia a matéria completa no link do jornal."
* O caminho da renovação verdadeira passa pela escolha de quem não está atrelado a este velho "jogo de poder". E tem candidatos em todas as esferas que não estão.
* É sempre assim, tem candidatos que não se furtam a debater e candidatos que tem dificuldades de debater porque querem fugir de questões que possam deixá-los de "saia justa". Quem deve, teme !!
* As convenções eleitorais se aproximam e a discussão para alianças começam a avançar.
No caso da eleição presidencial, o quadro que se apresenta é o de sempre: fisiologismo barato, alianças sem critério programático, apenas em busca de um tempo de TV maior, que é fundamental num processo eleitoral marcado por uma democracia de massas como é o caso do Brasil. É o script do continuismo, da mesmice política e da negação da política como elemento transformador. Estes dois posts no blog do jornalista Ilmar Franco dá uma dica do funcionamento do esquemão:
"Detentor de um minuto e 56 segundos na TV, o PR é disputado pelos principais candidatos ao Planalto. O partido já esteve nas mãos da presidente Dilma. Hoje reina a divisão. E cresce a turma do desembarque. Seu presidente, o senador Alfredo Nascimento, prefere Dilma (PT). O líder na Câmara, Bernardo Santana (MG), fechou com Aécio Neves (PSDB). E Anthony Garotinho (RJ) defende o apoio a Eduardo Campos (PSB)."
"Na telinha da TV
Cálculos preliminares revelam que a presidente Dilma (PT) terá cerca de 17 minutos de propaganda na TV. O candidato do PSDB, Aécio Neves, deve ter seis minutos e meio. Eduardo Campos (PSB) pode ter dois minutos e meio"
* Será que é só isso que podemos esperar da política. Repetindo: O caminho da renovação verdadeira passa pela escolha de quem não está atrelado a este velho "jogo de poder". E tem candidatos em todas as esferas que não estão.
* O voto nulo não anula a eleição e favorece sempre os candidatos de maior poder econômico que usam do poderio da grana para comprar votos e consciências e se perpetuarem no poder.
Você não pode se deixar convencer que político é tudo igual, que só tem ladrão disputando cargo público e que é impossível melhorarmos nossa representação política, principalmente nos legislativos. Toda generalização é injusta, inclusive na política.
Me perdoem a repetição, mas o caminho da renovação verdadeira passa pela escolha de quem não está atrelado a este velho "jogo de poder". E tem candidatos em todas as esferas que estão lutando ao seu lado para tentar mudar estas regras. É um processo difícil, lento e gradual, mas possível de ser alcançado pela via democrática do voto.
Bertolt Brecht já dizia isso no século passado:
Que continuemos a nos omitir na política é tudo que os malfeitores da vida pública mais querem".
* Fica a reflexão !!
quarta-feira, 21 de maio de 2014
A CORAGEM DE ESTAR AO LADO DOS TRABALHADORES !!
Reajuste de 8% para os servidores municipais.
“Coloco minha cabeça a prêmio para garantir o reajuste aos servidores”
O Sindicato dos Servidores Municipais de Itaocara convocou seus sindicalizados para assembleia sobre o aumento salarial. Nos últimos meses, o sindicato pressionou a prefeitura para que apresentasse uma proposta à categoria.
Durante todo o tempo a Prefeitura levou em consideração as perdas inflacionárias e a situação financeira do Município. Na assembleia, após a abertura dos trabalhos pelo presidente do sindicato, o Prefeito Gelsimar Gonzaga foi chamado para apresentar e explicar a proposta da Prefeitura.
Primeiro o Prefeito fez um histórico do aumento salarial da categoria. Demonstrou em 12 anos, o aumento da categoria foi irrisório, e que apenas em dezembro de 2012, último mês do governo anterior, é que houve a aprovação do Plano de Carreira: “para nós sermos sinceros, o aumento de dezembro de 2012 só foi dado porque nós ganhamos a eleição. Fizeram isso por dois motivos: para eu não dar o aumento, pois sabiam que eu ia dar, e para eu entrar na justiça contra esse aumento, o que jamais eu faria. Ou seja, a nossa vitória representou, no pior dos casos, 32% de aumento no piso salarial dos servidores, tendo casos onde se ultrapassou 70%. Essa foi uma vitória nossa!”
Além disso, o Prefeito lembrou que este ano o servidor ganhou pela primeira vez, em janeiro deste ano, um vale alimentação, no valor de 107 reais mensais. Por fim, Gelsimar explicou que a proposta do governo era conceder 8%, e que os trabalhadores deveriam ter consciência do que isso significaria:
“Sabemos que não é muito, queríamos poder conceder muito mais. Mas saibam que estamos acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é uma lei injusta, porque limita o salário só dos trabalhadores. Mas mesmo assim, vamos conceder o aumento. Garanto a vocês que nenhum prefeito do país faria isso, outro em nosso lugar não daria nada. O Brasil está explodindo em greves. Os trabalhadores lutam contra o arrocho dos governos federal, estadual e dos patrões. Aqui em Itaocara, em um governo popular, nós não vamos arrochar, nós somos parte dos grevistas. Não sou Prefeito, estou prefeito. Sou mesmo é sindicalista. Entre ficar ao lado da categoria ou de uma lei injusta, eu prefiro ficar ao lado da categoria. Coloco minha cabeça a prêmio para garantir esse reajuste aos servidores”.
O reajuste foi uma vitória dos servidores. Caso nossa cidade tenha a mesma unidade para lutar pelos nossos direitos, podemos ter mais conquistas para Itaocara. O Projeto de Lei seguiu para a Câmara de Vereadores e a Prefeitura aguarda a sua aprovação para efetuar o reajuste ainda neste salário de maio.
Os municípios brasileiros estão se mobilizando
No mês de abril houve vários protestos encabeçados pelos municípios. No Piauí, foram 150 Prefeituras que fecharam suas portas por 24 horas. Em Minas e na Bahia, os municípios redifiram cartas e manifestos cobrando mudanças. Na Marcha Nacional dos Prefeitos em Brasília, todos cobraram o aumento do FPM e mudanças na legislação. O fato é que o pacto federativo brasileiro empurra cada vez mais serviços para os municípios, com um corte de verbas cada vez maior, ou seja, menor repasse dos governos federal e estadual. No caso de Itaocara, a política econômica de desonerar setores produtivos, faz com que o Fundo de Participação dos Municípios tenha tido uma queda vertiginosa. É por isso que os municípios tem total dificuldade de cumprirem a LRF, pois tem que fazer a escolha entre prestar bons serviços ou se adequar a Lei, tendo como única alternativa no meio do caminho a privatização de serviços. Aqui em Itaocara a Prefeitura fez a escolha de não “quebrar” a cidade para cumprir uma lei.
Gelsimar Gonzaga(PSOL) é Prefeito de Itaocara.
RAPIDINHAS................
* A prefeitura de Cabo Frio precisa tomar providências com relação ao que acontece diariamente na Rodoviária. Pequena e com pouco estrutura, virou um "grande hotel" para os moradores de ruas, que se amontoam para dormir a noite, alguns armados com faca e que ficam constrangendo funcionários e usuários. A Secretaria de Ação Social precisa fazer uma visita no local.
* A Hemolagos precisa com urgência de doadores de sangue para repor os baixos estoques.
Vou dar uma passada por lá para dar a minha contribuição.
Vamos lá galera, vamos ajudar !!
* Amanhã, dia 22 de maio, no Clube Hebraica, as 17 horas, será realizada uma nova assembleia unificada dos professores das redes estadual e municipal. Na pauta a continuidade ou não da greve.
Todo apoio a luta dos profissionais da Educação do Estado e do município do Rio de Janeiro !
* Aliás, pipocam greves em todo país. Mais de 20 categorias profissionais, neste momento, estão em greve. A mais recente é greve nacional da Polícia Civil.
As conquistas obtidas pelos trabalhadores sempre são fruto de muita luta e perseverança.
Toda força aos trabalhadores. Não há vitória sem luta !!
* Esta história do prefeito de Búzios André Granado de viajar para a Europa e não permitir a posse do seu vice é absurda e reflete o tipo de aliança que é formada para se chegar ao poder. É o "vale tudo" da pequena política. Cabe a população ficar atenta a isso e evitar com o seu voto que o seu município vire motivo de chacota no estado e no país.
* A prefeitura de Itaocara, pequena cidade do noroeste fluminense, a primeira administrada pelo PSOL "ensina" como se dialoga de forma aberta e transparente com o sindicato. Confira abaixo:
"Enquanto justas greves de servidores municipais se espalham pelo país, em Itaocara, em assembleia dos trabalhadores, junto com o prefeito Gelsimar Gonzaga (PSOL), foi decidido o valor do reajuste dos servidores. Acima do índice da inflação e a despeito das dificuldades orçamentárias e da famigerada Lei de Responsabilidade Fiscal, que arrocha salários dos servidores em todo o país e inviabiliza concursos públicos, enquanto empreiteiras e prestadoras de serviços faturam alto.
Em Itaocara, o povo decidiu e o prefeito cumpriu. Esse é o exemplo!"
* O ministro do STF, Teori Zavascki, num "ataque de bom senso" voltou a atrás e revogou a liminar que mandava soltar os pilantras da Operação Lava Jato da Polícia Federal, principalmente o doleiro Alberto Youssef. Mas por razões e motivos suspeitos, que apontam para influências políticas, manteve solto um dos cabeças da maracutaia, o ex- diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa.
Estranho, muito estranho !!!
* José Serra anuncia que vai ser candidato a deputado federal. O que quer dizer isso ?
Sobrevida política !
* Vejam com é a justiça neste país. O Governador do Estado de Mato Grosso, Silval Barbosa, foi preso em flagrante com a posse de uma pistola top de linha. Foi detido, mas não ficou 2 horas na delegacia. Pagou uma fiança de 100 mil reais e foi liberado.
Imagina se fosse um cidadão comum, principalmente um cidadão pobre e morador de uma comunidade carente. Estava em cana até agora !!
* Vai ter Copa?
A farta propaganda da mídia e do governo faz festa e diz que sim. Mas a população está sem nenhuma motivação para comemorar esta Copa, pois sabe das roubalheias, das remoções violentas e injustas, do alto custo dos ingressos, e por isso, não enfeita e nem estiliza suas casas e ruas.
* Provavelmente você percebeu a falta de notícias locais, mas convenhamos, com esta mesmice política, este governo inerte, uma "dita oposição" que praticava os mesmos métodos políticos, tem hora que não adianta ficar repetindo de forma enfadonha a mesma coisa. Tem hora que "dá no saco" !!
* As notícias locais voltam no próximo NOTÍCIAS E FATOS, mas deixo uma frase parodiando Marx:
" A história se repete. A primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Mas aqui em Cabo Frio ela se repete há 20 anos como "pornochançada política" !!
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