sexta-feira, 22 de agosto de 2014

NOTÍCIAS E FATOS




* Apesar de imenso "troca troca" de secretários, a área da Saúde em Cabo Frio ainda não produziu nenhuma mudança estrutural significativa. Continuam fazendo apenas as famosas "melhorazinhas" que não resolvem a situação caótica em que se encontra a saúde na cidade. Nenhum novo posto do Programa de Saúde da Família, as ESF's, foi construido. A atenção a saúde básica continua negligenciada. A questão da falta de remédios nos hospitais e na Farmácia Básica do Município também não foi solucionada. As terceirizações e privatizações de exames de baixa e média complexidade permanecem, sugando pesadas somas do orçamento municipal. O Centro Ortopédico Municipal continua como promessa não cumprida. Idem com relação ao Hospital de Tamoios. O HCE, o Hospital de Jardim Esperança e o São José Operário funcionam precariamente, com várias improvisações, levando a um atendimento deficiente à população. O corte das horas extras dos vários profissionais da saúde, diminuiu o quadro de pessoal, tornando o atendimento ainda mais demorado.

* Não há investimento, planejamento e nem gestão competente. Não há prioridades e as decisões são ao sabor do gestor de ocasião, que nas várias nomeações não eram do ramo. Após mais de 1 anos e meio de administração deste "novo" velho governo Alair não há avanços, permanece um quadro igual ao do governo anterior de triste memória do ex-prefeito Marcos Mendes. A Saúde para "estes caras" é vista apenas como gasto e prestação de serviços e não como investimento no cidadão e direito inalienável da população. Depois ainda querem fazer o discurso de "administradores experientes". Triste quadro para uma cidade rica em volume orçamentário, mas pobre em ideias e gestores públicos !!


* A campanha eleitoral vai avançando, assim também como vai aumentando a "suruba eleitoral" que tem caracterizado esta eleição no Estado. Daqui a pouco começarão os comícios e a gente vai ter que "engolir" situações como esta da foto. Se acotovelam num dia e se abraçam no outro. As alianças não são pautadas por projetos e propostas, mas em cima de cargos e de interesses pessoais ou de grupos. Prometem apoio a candidatos diferentes, com diferentes visões políticas e depois têm que promover uma "consertação" que é cada vez mais marcada pelas práticas da velha política.
Fica sempre aquela pergunta:
Até quando a população vai aturar esta esculhambação ?


* E segue a polêmica na cidade sobre a ação judicial do PR cabofriense contra o PCCR do funcionalismo público. O ato unificado dos sindicatos esta semana junto a Câmara de Vereadores surtiu um bom efeito de pressão sobre os "nobres edis". Se eles aprovaram a Lei que garante este direito ao funcionalismo não podem agora fugir da responsabilidade de defendê-la. Cabe ao PR local, seus membros eleitos e candidatos, assumirem suas posições com a transparência devida.
São a favor ou contra a Lei ?


* A Lei 13.022/14, que trata da Lei Geral das Guardas Municipais e prevê o uso de armas de fogo por parte dos guardas me parece um grande equívoco e promessa de tragédias anunciadas. Todo mundo sabe como são recrutados os guardas municipais neste país. A maioria sem concurso, sem qualificação e treinamento para desempenhar a função. Não se trata de preconceito contra a categoria, mas se estamos repensando hoje o papel da Polícia Militar que armada, tem cometidos vários atos de arbitrariedade, como controlar esta força auxiliar que não tem o mesmo tempo e conteúdo no treinamento. Temos que parar de pensar que a solução é armar a sociedade ou seus organismos repressores como forma de defender esta mesma sociedade. A criminalidade só faz aumentar nos dois lados, tanto na marginalidade como também no lado dos agentes repressores.

* Todo mundo sabe que para melhorar a sociedade e promover a tão desejada paz social, a solução passa por políticas públicas em várias outras áreas, como educação, cultura, lazer, esportes, qualificação profissional com geração de empregos, etc. Em vários países do mundo as polícias estão sendo desarmadas, como por exemplo, no Canadá, e nós aqui no Brasil, armando cada vez mais homens pobres para matar outros mais pobres ainda. Esta Lei tem o "tempero ideal" para aumentar ainda mais o nosso já famoso "caldo da violência urbana".


* Pesquisa recente promovida pelo CNT/MDA indica que 58,2% da população, neste momento, tem pouco ou nenhum interesse pela eleição. Isto é fruto do grande desencanto com a política que grande parte da população expressa, inclusive hostilizando vários candidatos nas ruas. As matérias exibidas pela mídia e as notícias postadas nas redes sociais, diariamente, que tratam das inúmeras "mutretas" protagonizadas por vários agentes políticos "fertilizam" este quadro.

* A mesma pesquisa mostra, entretanto, que 7 em cada 10 eleitores querem mudanças no cenário político. Falta a população definir que tipo e qual a profundidade da mudança pretendida. É neste ponto que reside a dificuldade de unir interesses populares. Alguns setores da classe média não querem uma mudança radical, temem perder privilégios. A palavra radical é usada no sentido pejorativo e não na sua raiz etimológica, que é "mudar pela raiz". Os setores mais pobres e excluídos querem uma mudança maior, mas pela falta de formação escolar e de cidadania, tem grande dificuldade de "separar o joio do trigo". São enganados e manipulados por discursos e práticas assistencialistas, dada a carência de políticas públicas de que são vítimas.

* A mudança só virá se tivermos a coragem necessária e a ousadia de assumirmos os riscos e as responsabilidades que o momento impõe. Não adianta votar numa "cara nova" ligada a velhos caciques políticos. Mudará o nome, mas permanecerão as velhas práticas políticas. O trabalhador humilde não pode votar num empresário rico e achar que ele vai "representar" suas demandas no parlamento ou num cargo executivo. A luta e os interesses de classes ainda estão aí, apesar do avanços conquistados num mundo dominado pela ideologia capitalista e neoliberal. Este empresário rico no poder não defenderá, por exemplo, a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário, uma reforma tributária mais justa e progressiva, além de outras demandas favoráveis ao trabalhador.

* Este tipo de voto permeado pelo poder econômico destas campanhas, torna ainda mais anacrônica a nossa "democracia representativa", onde uma minoria de empresários ricos domina o parlamento e os cargos executivos no país em detrimento de uma maioria absoluta de trabalhadores. Empresários e latifundiários representam 80% dos cargos públicos eletivos no Brasil, enquanto apenas 20% destes mesmos cargos são ocupados por trabalhadores e profissionais liberais. Esta lógica precisa ser mudada e invertida. É preciso refletir sobre isso na hora do voto. O momento é agora, caso contrário, continuaremos no nosso cada vez maior "Muro das Lamentações Políticas" !!


* Este sentimento de mudança é o norte da campanha do PSOL no Rio de Janeiro. Tarcísio Motta, um nome novo, professor de história, comprometido com a causa da educação, trabalhador como a maioria da população fluminense, que quer governar ouvindo a população em todas as suas esferas de representação. Não está ligado a nenhum cacique da velha política. Não está ligado a nenhum esquema fraudulento de financiamento de campanha, pelo contrário, faz uma campanha modesta, presente nas ruas ouvindo o eleitor e suas demandas. Uma pessoa preparada sob o ponto de vista da formação acadêmica como também sob o ponto de vista da luta pelas causas populares.
Porque repetir velhas figuras que já provaram que não ouvem a voz das ruas ?
Porque repetir velhas figuras envolvidas nas mais diversas formas de "mutretas políticas" ?
Porque repetir velhas figuras com vários processos em sua "folha corrida" ?

* Porque o medo da mudança e da renovação ?
Como disse Chico Buarque de Holanda, "Eu tenho medo é de que as coisas nunca mudem" !!


* Conversas reservadas nos bastidores do marketing político dizem que as novas pesquisas de intenção de voto nas eleições presidenciais que serão apresentadas pelo Ibope e CNT/Sensus na próximo semana, trazem um quadro de crescimento ainda maior da candidatura de Marina Silva(PSB-REDE), se distanciando ainda mais de Aécio(PSDB) e se aproximando perigosamente de Dilma(PT). Tanto a cúpula tucana quanto a petista estão bastante preocupadas. Já preparam o contra golpe no horário eleitoral e vão abrir suas "artilharias" para cima da ecocapitalista pentecostal.
Como diz um amigo meu: "O quadro vai ficar tenso" !!

* Teremos alguns dias de folga no blog por motivo de viagem. Na volta, mais um Papo Reto !

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