terça-feira, 26 de novembro de 2013

UMA BREVE ANÁLISE DA DÍVIDA PÚBLICA POR MILTON TEMER





A Dívida pública chega a R$ 2 tri após 10 anos de lulopragmatismo, e de uma herança de R$ 600 bi deixados pelo mandarinato FHC da privataria. Por que? Simples. Manutenção da mesma política macroeconômica neoliberal - superávit, câmbio flutuante e meta de inflação - e da manutenção dos privilégios da trinca maldita do grande capital - bancos, agronegócio e empreiteiras -.
Em que o lulopragmatismo se difere então do neoliberalismo fundamentalista do mandarinato FHC? Simples, também. Operou um reformismo de baixíssima intensidade, visto os baixos custos proporcionais, visando a desmobilização na luta contra o grande capital de boa parte da intelectualidade progressista e de segmentos outrora ativos da sociedade civil organizada, por conta da política assistencialista eficaz,e positiva, sobre as camadas miseráveis da população. Uma manobra tática competente, em substituição aos métodos toscos e ineficazes dos ACMs e assemelhados, que transferiu o controle eleitoral dos grotões que garantiam votos da direita mais reacionária, para o neoPT, o sucedâneo de um PT estiolado.
Para os que duvidam da coerência de tal formulação, recomendo "Os sentidos do lulismo", de André Singer, porta-voz do governo lula em seu primeiro mandato, editado pela Companhia das Letras. Livro fundamental para entender, por conta de pesquisas científicas de resultados em distintos processos, duas questões fundamentais. 1)- os segmentos mais desprovidos anseiam por quem lhes proporcione melhorias imediatas, mas sem recorrer a confrontos sociais; e 2)- perspectiva ideológica que Lula conhece de propria história para saber que o objetivo foi, com esse ˜distributivismo", produzir consumidores, sem se preocupar em gerar cidadãos.
Por conta disso que aposto minhas fichas no processo de chegada ao governo via campanha presidencial, em torno de um nome que, distintamente do de Lula, socialize o poder político ao mesmo tempo em que distribua renda, sem poupar o grande capital. As Repúblicas Bolivarianas vêm mostrando o caminho, na América Latina.
Luta que Segue!!

Milton Temer é jornalista e dirigente do PSOL.

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