ESPAÇO DO LEITOR

Há décadas a classe política brasileira "desce a ladeira". Salvo raras exceções, encontra-se hoje muito mal representada. A preocupação com resultados é inexistente e o "se dar bem a todo custo", principalmente do marketing, parece ser o objetivo norteador comum e único. O princípio que prevalece é o da "farinha pouca, meu pirão primeiro". Infelizmente, do ponto de vista de políticos movidos por ideais, estamos nivelados por baixo. Se o eleitor não tiver lucidez, clareza de propósito e não definir o que pretende com a reforma político-eleitoral em andamento, certamente, levaremos mais 50 anos "pastando e assistindo a este espetáculo circense". Já está mais que explicito que o interesse da nossa classe política não é o nosso, o do eleitor, cidadão comum. Vamos aproveitar a oportunidade para definirmos a reforma politico-eleitoral que venha ao encontro dos interesses da sociedade como um todo e que dê um basta ao favorecimento de uma classe política medíocre, corrupta e decadente. Precisamos criar disposições constitucionais (normas) claras, transparentes e objetivas que impeçam que a carreira política seja um meio de enriquecimento financeiro pessoal, que beneficia o político e o seu grupo. Ao contrário, precisamos de uma reforma que resgate a saga daqueles brasileiros que no passado se destacaram e que crie um novo cenário motivador e atraente apenas para o político que esteja predisposto a qualquer sacrifício em prol da sociedade. Tão importante quanto procurar votar certo é ser regido por um modelo político-eleitoral coerente, consequente e objetivo, que impossibilite a eleição do político pilantra, medíocre, fisiológico......A reforma política em andamento, dependendo de nossa atitude, brasileiros considerados pelo sistema como cidadãos de 2ª classe, poderá vir a ser o marco divisor da nossa historia republicana....Prioritário, as eleições de 2014, é a elaboração de um modelo político-eleitoral moderno e exemplar.

Eduardo T Dias - Cabo Frio - RJ